06 de agosto, de 2020 | 16:06

Projetos de Lei para enfrentamento da covid-19 são rejeitados na Câmara de Mesquita

Divulgação
Projetos visavam garantir R$ 321 mil, oriundos do Ministério da Saúde, para combate ao novo coronavírus no municípioProjetos visavam garantir R$ 321 mil, oriundos do Ministério da Saúde, para combate ao novo coronavírus no município

Os Projetos de Lei que garantiriam ao município de Mesquita recursos da ordem de R$ 321 mil, oriundos do Ministério da Saúde, exclusivamente para combate à covid-19, foram rejeitados em reunião nessa semana, pelos vereadores, por 5 votos a 4.

No dia 3 de agosto, data da reunião na Câmara Municipal, a secretária de Saúde de Mesquita, Romilda Duarte, foi ao plenário explicar a importância dos projetos, a fim de resguardar a população de um aumento no número de contaminações pelo novo coronavírus, além da compra de materiais de proteção individual.

Com a rejeição dos projetos, o município corre o risco de ter de devolver o recurso do auxílio financeiro ao Governo federal, informou Romilda: “Essa verba poderia ser utilizada para pagamento dos profissionais da saúde do município, o que iria gerar economia para a compra de medicamentos e exames. No outro projeto, abriria a possibilidade para a contratação de uma equipe de saúde formada por médico, enfermeiro e técnicos de enfermagem, para implantação do Centro de Atendimento para Enfrentamento da Covid-19”.

Para Romilda Duarte, não é hora de brincar com a saúde da população. “A gente que está na linha frente dessa luta, junto com os profissionais da saúde que estão se arriscando diariamente, ficamos pasmos com essa decisão. Quem sai mais prejudicado com tudo isso é a população de Mesquita. Em nenhum lugar do Brasil se viu uma Câmara votar contra um Projeto de Lei em favor da população. O recurso nem sairia dos cofres do município e sim do Governo Federal. É lamentável”, pontuou.

Já o prefeito Ronaldo de Oliveira taxou a votação como uma covardia com a população. “A oposição está achando que estão votando contra mim, que isso irá me prejudicar politicamente. Se enganaram. Isso é uma covardia com a população e com os eleitores que os elegeram. Saúde é coisa séria e não deveria se transformar em um jogo político. Parece que esse grupo só está pensando na eleição que irá acontecer em novembro. O momento agora é de cuidar do povo, para depois pensar em política”, desabafou.

Saiba como votou cada vereador

Os vereadores que votaram contra foram Agnaldo Soares Anício (PL), Eugênio Bonifácio de Oliveira (Genin - PL), Márcio Campos de Carvalho (PSD), Válter Alves de Oliveira (Vavá - PL) e o presidente da Câmara, Edvaldo Aparecido de Araújo (PSD). Os vereadores Valder Dias Duarte (Biscoito do Caetano - PTB), Matos Moreira (PDT), Mário Venâncio (PTB) e Sebastião Geraldo de Oliveira (Deco do Sobrado - PL) votaram a favor do projeto.
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