06 de agosto, de 2020 | 09:00

Trabalhadores da Ricardo Eletro aguardam acerto trabalhista

Lojas fecharam as portas em Ipatinga e Coronel Fabriciano comerciários estão apreensivos com acerto trabalhista

Bruna Lage
Com fechamento de lojas, 26 pessoas teriam ficado desempregadas, somando as duas unidades Com fechamento de lojas, 26 pessoas teriam ficado desempregadas, somando as duas unidades

As lojas Ricardo Eletro em Ipatinga e Coronel Fabriciano tiveram suas atividades encerradas. A informação foi repassada por ex-funcionários, que aguardam o pagamento de seus direitos.

Em Ipatinga o fechamento teria ocorrido em 10 de julho, já em Fabriciano a loja baixou as portas no dia 22 do mesmo mês, deixando 26 pessoas sem emprego, somando as duas unidades, localizadas no Centro das respectivas cidades. Uma das pessoas que entrou em contato com o Diário do Aço, e que preferiu não se identificar, relatou ter trabalhado na loja de Ipatinga por diversos anos, que resumiu como sendo de dedicação.

“Agora fomos demitidos e a empresa não tem um pingo de consideração por nós, funcionários que nos dedicamos a ela. Estamos já há 19 dias sem a nossa rescisão contratual e nem sabemos se vamos ter. Fizemos contato com a sede de Belo Horizonte e a pessoa responsável pela área diz que não sabe quando será nossa homologação. Sem contar que nosso FGTS já faz mais de dois anos que não é depositado. Estamos muito preocupados e pedindo ajuda a quem puder, pois as contas estão chegando e não temos como pagar, pois fomos demitidos. Que alguém tenha piedade de nós, que temos família para sustentar e queremos só o que nos é de direito”, frisou.

Procurada, a assessoria de Comunicação da empresa Ricardo Eletro informou, por meio de nota, que, em virtude dos decretos estaduais e municipais que determinaram o fechamento dos estabelecimentos comerciais de vendas no país, como medida de evitar a contaminação do vírus da covid-19, gerando prejuízo de vendas e faturamento para grande parte do setor varejista, a empresa precisou encerrar as operações em lojas físicas, com o fechamento de todos os seus estabelecimentos comerciais.

“Esta medida foi essencial para que a companhia consiga equacionar toda a sua estrutura para honrar com todas as obrigações legais e tentar se manter ativa no mercado, com um novo modelo de negócios. A Ricardo Eletro esclarece, também, que todas as mudanças estão sendo informadas aos sindicatos aos quais os trabalhadores estão vinculados”, destacou.

Já publicado:
Operação Direto com o Dono prende o fundador da rede Ricardo Eletro
 
Sindicato

O Diário do Aço também pediu posicionamento ao Sindicato dos Empregados no Comércio de Ipatinga (Seci). A assessoria assegurou que sempre esteve e estará à disposição dos comerciários e comerciárias da loja Ricardo Eletro. Conforme a nota, no dia 10 de julho de 2020, quando a empresa encerrou as atividades no Centro de Ipatinga, a diretoria esteve na loja e reuniu-se com os empregados no local, orientando-os sobre seus direitos.

No dia 15 de julho, houve outra reunião na sede do Seci, com alguns trabalhadores da Ricardo Eletro. Nessa ocasião, a diretoria do sindicato tirou dúvidas, falou sobre os caminhos possíveis e fez encaminhamentos ao setor jurídico. Ainda segundo a nota, o Seci tem apoiado os empregados desde o início, além de oferecer assessoria jurídica e orientações gratuitas.

“A partir deste encaminhamento, a tomada de qualquer providência depende do aval de cada trabalhador. Aqueles que precisam de mais orientações, sabem que podem contatar o Seci, pelo telefone (31) 3822-1240 ou pessoalmente na sede, localizada na avenida 28 de abril, 621, sala 302, no Centro de Ipatinga. Mesmo com a pandemia, por representar setores de atividades essenciais, o sindicato continua funcionando de segunda a sexta-feira. Também há os canais de comunicação pelo site www.seci.com.br, Instagram @secicomerciariosipatinga ou Facebook seci.comerciarios. O Seci está à disposição dos seus representados”, reforçou, em nota.
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Comentários

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Jairo Mendes da Silva

06 de agosto, 2020 | 23:28

“eu era vendedor da Ricardo eletro e vi cada semana fechar uma loja e tralharmos quase um ano com uma pressão muito grande, pois ficávamos imaginando quando seria nos últimos dia pois a proprietária do imóvel estava brigado na justiça pra receber então não são só os vendedores que não tiveram seus direitos garantidos, e acordos quebrados.”

Empregado

06 de agosto, 2020 | 17:04

“Peão também parece que gosta de sofrer. Se você está fichado numa empresa que não está pagando seu FGTS, você tem que procurar um emprego já naquele mesmo mês e rachar fora de lá, meu amigo. Se ela não paga seu FGTS, pode ter certeza de que ela não vai pagar outras coisas também. Empresas honestas pagam FGTS, pois, se não pagarem o FGTS e outros tributos, ficam em dívida com a União, Estados ou Municípios e sofrem execuções judiciais, que podem liquidar parte de seu patrimônio, e também ficam com diversas questões limitadas pois não conseguirão emitir certidões. Então, se você está empregado e vê que a empresa não deposita seu FGTS, o melhor que você faz é procurar um outro emprego e sair de lá. Viu que o FGTS não era depositado por 2 anos e mesmo assim não fez nada? Difícil, hein amigo”

Lu

06 de agosto, 2020 | 16:37

“Fui demitida em novembro , fizeram acordo mas não pagaram, o fgts também não depositaram
tem nada aver co pandemia , já não estava pagando mesmo”

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