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04 de agosto, de 2020 | 16:30

Ameaçado por clube árabe, Cruzeiro aliena imóvel para pagar dívidas

Igor Sales
Em reunião do Conselho Deliberativo, presidente Sérgio Santos Rodrigues explicou situação do clubeEm reunião do Conselho Deliberativo, presidente Sérgio Santos Rodrigues explicou situação do clube

Os conselheiros do Cruzeiro aprovaram, por unanimidade, na noite de segunda-feira (3), a alienação de um imóvel do clube para quitar compromissos financeiros junto à Fifa. Entre eles, uma dívida com o Al-Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, que cobra o pagamento de R$ 5,3 milhões pelo empréstimo do volante Denílson, em 2016. O não pagamento, que custou seis pontos à equipe mineira na Série B como punição, pode acarretar no rebaixamento da Raposa à terceira divisão do Campeonato Brasileiro.

O imóvel alienado, de nome "Sede Campestre 2" é usado atualmente como estacionamento. O terreno fica na Rua das Canárias, no bairro Santa Branca, em Belo Horizonte, conforme descrito pelo presidente Sérgio Santos Rodrigues na reunião do Conselho Deliberativo, que reuniu 233 integrantes do órgão. O imóvel está avaliado entre R$ 13,7 milhões e R$ 15,2 milhões.

"O Al-Wahda está pedindo a execução do não pagamento. A única punição que pode ter [agora] é isso [rebaixamento], mas, nem é preciso a explicação da gravidade", disse Rodrigues durante a sessão, que foi transmitida pelo canal oficial do Cruzeiro no Youtube.

"A maioria das dívidas na Fifa a gente não consegue dizer quando ela vai vencer, porque ela [dívida] pode estar consolidada, mas a gente recebe uma carta e pode ser daqui a 30 dias ou daqui a 90 [dias]. Nosso grande objetivo é não ter que fazer loucura ou correria se recebermos essa carta, que pode causar a pior punição", completou o dirigente, eleito para o cargo no último dia 21 de maio.

A pendência com o time árabe integra a estimativa de R$ 70 milhões em dívidas do Cruzeiro na Fifa, referente ao último dia 31 de maio. De lá para cá, segundo o presidente, a Raposa quitou ou acertou forma de pagamento de R$ 30 milhões do montante. Um dos débitos já resolvidos foi com o Zorya, da Ucrânia, pela contratação do atacante William, em 2014, por R$ 4,4 milhões. O jogador, atualmente, está no Palmeiras.

Ainda de acordo com Rodrigues, o clube estima o gasto de mais R$ 30 milhões em 2020, também quitando dívidas com a Fifa. A venda do terreno, portanto, pode viabilizar metade do montante. "Esse valor pode variar. Podemos conseguir um parcelamento, como foi [na negociação] com o Independiente Del Valle [do Equador, pela aquisição do zagueiro Luís Caicedo, em 2017]. Eles acreditaram na credibilidade, viram que estamos pagando. Mas é correto contarmos com isso? Acredito que não", concluiu o dirigente. (Agência Brasil)
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