02 de agosto, de 2020 | 09:00

Cleide Dutra celebra a vitória sobre a covid-19

Moradora do bairro Cariru ficou internada por 34 dias e chegou a ser entubada

Divulgação
Mulher faz parte da lista de pessoas que escaparam da doença Mulher faz parte da lista de pessoas que escaparam da doença

O número de contaminados pelo novo coronavírus (covid-19) não para de crescer, assim como os casos de superação daqueles que venceram a doença. Prova de que há esperança mesmo diante de um cenário de epidemia, a moradora do bairro Cariru, Cleide Dutra das Mercês Eler, de 52 anos, superou os 34 dias de internação, 14 deles na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Cleide, que recebeu alta médica do Hospital Márcio Cunha (HMC) no dia 31 de julho, quando sentiu um misto de emoções, relata ao Diário do Aço. “Tive medo e não tive, senti muitas coisas ao mesmo tempo. O que me deu forças foi a fé em Deus, e todas as pessoas que estavam rezando e orando pela minha recuperação. Tive forças pela minha filha, Bárbara. Ela inclusive pegou a doença, já agora no fim da minha internação”, relata.

Ela recorda que quando recebeu a notícia da contaminação, a sensação foi terrível e que ficou sem chão. “No início apresentei tosse, coriza e diarreia. Somente após a internação e com o passar dos dias é que comecei a sentir cansaço e falta de ar. Os sintomas surgiram no dia 20 e no dia 24 fui para Unidade de Pronto Atendimento (UPA). No dia 28 fomos ao hospital Márcio Cunha, por recomendação medica, para olhar a saturação. Cheguei na triagem saturando 83% e com a pressão em 80/50. As pessoas não dão atenção que essa doença precisa, não acreditam que ela existe, só quem vive é que sabe”, alerta.

Arquivo Pessoal
Mãe e filha podem sorrir aliviadas após vitória sobre a doençaMãe e filha podem sorrir aliviadas após vitória sobre a doença
Por ter pressão alta, Cleide não estava saindo de casa e tomava os devidos cuidados, mas mesmo assim foi contaminada. Sua filha, Bárbara Dutra, conta que até os sapatos eram deixados do lado de fora, assim como a lavagem das roupas estava sendo feita de forma separada, para reduzir os riscos. “Tive muito medo de perdê-la. Durante os 14 dias em que ela ficou na UTI, eu nunca fiquei um dia sem contato, mesmo quando viajo. Sou filha única e sou muito agarrada à ela, Deus me deu forças e sustentou até o último minuto. Entreguei nas mãos d’Ele e descansei. É um alívio por ela estar em casa de volta, mas ainda temos muito pela frente. Meu pai, toda minha família e amigos me deram forças pra continuar lutando, sempre com fé em Deus”, destaca.

Por ter sido entubada por 11 dias e ter ficado muitos dias deitada, Cleide terá de fazer fisioterapia.

Realização

A enfermeira supervisora da Internação I do HMC, Patrícia Andrade, relembra que a então paciente, Cleide, esteve internada por 34 dias, com evolução grave da doença e recuperação gradativa. “Recebeu alta hospitalar no dia 31, estava estável hemodinamicamente e orientada. Para nós do HMC, que acompanhamos os momentos mais difíceis que esta família vivenciou na luta contra a covid-19, o sentimento é de realização e orgulho, por fazer parte de um momento tão singular. Ver a senhora Cleide receber alta e retornar para o aconchego familiar, faz todo o trabalho da nossa equipe valer a pena. Desejamos sua completa recuperação e esperamos ter mais histórias de sucesso em nossa trajetória profissional”, vislumbrou.
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