22 de julho, de 2020 | 15:30

A Satisfação dos desejos no mundo relativista

Wanderson R. Monteiro *

Quanto mais o tempo passa, fica mais claro para enxergarmos que nossa sociedade caminha a passos largos rumo ao relativismo ético e moral, buscando somente a satisfação de seus desejos, por mais imorais, sujos, antiéticos, vergonhosos, e desrespeitosos que eles sejam.

Grande parte de nossa sociedade busca realizar todos os seus desejos, sem se importar com as consequências que isso tenha: sem se importar em passar por cima das outras pessoas; por cima da lei; sem se importar em roubar, explorar, corromper, - até mesmo matar -, tudo isso na tentativa de ver seus desejos realizados, seu prazer satisfeito.

Nessa busca descontrolada para a realização de seus prazeres e desejos ínfimos e passageiros, tais pessoas têm abandonado todo o bom princípio que rege a conduta humana, de forma que, para muitos, é normal a ideia de se passar por cima de tudo e de todos para realizar seus desejos e vontades, não medindo as consequências, nem se importando com as pessoas ao seu redor.

De certa forma, tal maneira de pensar e agir tem sido grandemente propagada pelos grandes veículos de mídia e, pela falta de princípios fixos demonstrada por nossa sociedade atual, muitos têm se deixado levar por tais ideais.
Em questão de princípios voláteis e contraditórios o “alto escalão” da mídia brasileira é imbatível! Não negando a alcunha que lhe foi dada de “Quarto Poder”, ela detém em suas mãos o poder de exaltar ou rebaixar àquilo que ela quer, quem ela quer, o que lhe convém ou, quem lhe paga mais, onde, na grande maioria das vezes o “compromisso” com a verdade é deixado de lado. É essa mídia o maior símbolo de contradição, corrupção, e falta de princípios, e são seus ideais líquidos que têm norteado todas as decisões, maneiras de pensar, ser e agir da grande maioria das pessoas de nossa sociedade.

Se realmente queremos e almejamos uma mudança significativa em nossa sociedade, devemos começar fortalecendo e restaurando os nossos bons princípios.

Sem a delineação e restauração de princípios fortes e duradouros, estaremos sempre a mercê de todo e qualquer outro “princípio” que queiram nos implantar, tendo aí o início de nossa corrupção, que desencadeará e refletirá na corrupção de toda a sociedade. Sem princípios individuais estabelecidos não passamos de massa de manobra na mão da mídia e do governo, servindo aos interesses de terceiros, sem nem mesmo desconfiar disso.

Que venhamos a refletir sobre isso; estamos conservando princípios invioláveis, dos quais não abrimos mão e que nos faz ser quem somos, demonstrando nossa personalidade e individualidade, ou já abrimos mão de todas nossas bases delineadoras, norteadoras, em prol da ideologia relativista imposta e propagada pela pós-modernidade, representada pela grande mídia e, até mesmo, por projetos elaborados pelo governo?

* Bacharel em Teologia pelo ICP - Instituto Cristão de Pesquisas. São Sebastião do Anta–MG.
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