14 de julho, de 2020 | 14:23

Pediatra esclarece dúvidas sobre a visitação a recém-nascidos na pandemia

Divulgação
A pediatra e médica cooperada da Unimed Vale do Aço, Naiara Ferreira, alertou os pais sobre os cuidados com os bebês neste momentoA pediatra e médica cooperada da Unimed Vale do Aço, Naiara Ferreira, alertou os pais sobre os cuidados com os bebês neste momento

A chegada de um bebê ao mundo traz alegria aos pais e a toda família, porém, em decorrência da pandemia de covid-19, nem todos podem conhecer a criança. Se os cuidados com os recém-nascidos já são muitos, durante a pandemia eles devem ser redobrados. É o que explicou a pediatra e médica cooperada da Unimed Vale do Aço, Naiara Ferreira.

Pouco se sabe sobre os mecanismos pelos quais as crianças são menos afetadas, apresentam sintomas mais leves ou são assintomáticas quando falamos do novo coronavírus. Porém, alguns cuidados não mudaram. “Mesmo antes da pandemia, é recomendado que os bebês menores de três meses não sejam visitados, considerando que eles não receberam o primeiro ciclo de vacinação completo, o que facilita a infecção por germes já comuns no nosso dia a dia. No entanto, poucas são as famílias que seguem essa recomendação”, aponta a médica. “Agora, considerando a pandemia, isso se faz mais importante porque apesar de não haver na literatura muitos casos de gravidade em relação aos bebês, a gente sabe que eles são mais vulneráveis em relação a doenças em um contexto maior. Sendo assim, as visitas ficam limitadas ao núcleo familiar mais próximo, deixando a dos demais após as vacinas do terceiro mês. Caso essas elas ocorram, é importante que essa pessoa faça a higienização das mãos e use máscaras, não apenas diante do bebê, mas de toda a família”, esclareceu a pediatra.

Segundo Naiara Ferreira, os pais também devem ser cautelosos em relação às saídas com os bebês, que precisam ser mantidas apenas em casos excepcionais. “Da mesma forma como as visitas devem ser postergadas, as saídas também devem. A exceção se faz com relação à vacinação e consultas de rotina. É importante que esse bebê seja monitorado porque ele é um grupo de risco para eventuais casos de dificuldade de crescimento e desenvolvimento, por exemplo. Por essa razão, é fundamental que haja um acompanhamento com um profissional habilitado por meio das consultas e exames de rotina e a própria Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que essas consultas de rotina e as vacinações sejam mantidas”, explicou a pediatra. “Portanto, mamães e papais, não deixem de levar os bebês ao pediatra, seguindo todos os cuidados, com a higienização das mãos e o uso da máscara, bem como as condições do médico e do local da consulta”.

A pediatra ainda falou de alguns sinais que devem ser observados pelos pais em recém-nascidos. “É possível que os bebês se infectem pelo novo coronavírus e os sintomas são semelhantes ao dos resfriados, com a coriza, que é o nariz escorrendo, a febre, uma dificuldade na amamentação, uma tosse carregada, cansaço. Esses sinais podem ser de qualquer vírus respiratório, no entanto, como estamos em um período de pandemia, faz-se necessário pensar na covid-19. Não é porque essa criança está em casa que ela não tem risco de contrair a doença, levando em conta que um dos pais esta saindo para trabalhar ou que eventuais visitas ocorram, criando uma fonte de transmissão possível”, reforça a médica, acrescentando que “os pais devem ficar atentos aos sinais. Caso a criança tenha menos de três meses e apresente qualquer um dos sintomas, é importante que essa família entre em contato com o pediatra. As primeiras recomendações podem ser feitas via telefone, porém, caso essa criança apresente prostração intensa, tosse constante, cansaço, redução nas mamadas, é necessário que a avaliação ocorra presencialmente. O local dessa consulta, seja no consultório ou no hospital, dependerá da orientação do pediatra”.
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