11 de julho, de 2020 | 09:00

Vale do Aço sem risco de ficar sem medicamentos para pacientes covid-19

Superintendência de Saúde descarta desabastecimento de medicamentos para tratar pacientes com quadro de saúde agravado pelo novo coronavírus

Gil Leonardi/Imprensa MG
O uso de medicamentos como sedativos, analgésicos e relaxantes é primordial para a internação de pacientes com covid-19O uso de medicamentos como sedativos, analgésicos e relaxantes é primordial para a internação de pacientes com covid-19

Com o aumento do número de pacientes hospitalizados com o agravamento do quadro de saúde novo coronavírus (covid-19) nesses últimos meses no país, tem crescido a procura por medicamentos para o tratamento da doença, como sedativos, analgésicos e relaxantes musculares. Todos são considerados fundamentais no processo de internação dos pacientes com covid, principalmente aqueles que estão em uma situação mais grave da doença.

No Vale do Aço não é diferente o cenário. A procura por esses medicamentos utilizados na internação também tem aumentado, o que dificulta o acesso a eles.

Em nota enviada ao Diário do Aço, a Superintendência Regional de Saúde (SRS), em Coronel Fabriciano, confirmou tal dificuldade e informou que como regra geral, cabe às instituições prestadoras de serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) fazer aquisições de insumos para uso em suas unidades, por meio da remuneração aos serviços que são prestados.

“Porém, dado o caráter excepcional do contexto da pandemia por covid-19, a SES [Secretaria de Estado de Saúde] tem buscado, juntamente com outras Secretarias Estaduais, soluções junto ao Ministério da Saúde que deu indicativo de que fará negociações e aquisição no mercado doméstico”.

“Sem desabastecimento”

Conforme a nota, outra iniciativa da SES tem sido manter diálogo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), buscando cooperação internacional para a compra de medicamentos. “É importante ressaltar que em alguns casos, pode haver necessidade de substituição terapêutica por outros similares, prevista nos Protocolos Clínicos, caso não tenha o item momentaneamente no estoque regular. Apesar da dificuldade encontrada em algumas entregas pontuais, até o momento, não houve desabastecimento desses medicamentos nas unidades”.

Providências necessárias

No dia 9 de junho, o superintendente regional de Saúde, Ernany de Oliveira, já havia confirmado, em entrevista ao Diário do Aço, a dificuldade para encontrar medicamentos importantes para a intubação e sedação de pacientes com covid-19. “Isso é uma situação que está ocorrendo no Brasil e no mundo, não é algo específico da nossa região, mas o governo do Estado, por meio da superintendência e Secretaria de Saúde, está tomando todas as providências necessárias junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Foi passado aos municípios um passo a passo de quais prestadores podem encontrar os medicamentos, mas ocorre a falta, e quando há isso, fica difícil para todo mundo. No entanto, estamos buscando aproximar os prestadores hospitalares e municípios das empresas para que possam fazer essa compra e adquirir o medicamento”, informou à época.

Aumento da demanda

A administração de Ipatinga também fez um alerta, no dia 6 de junho, acerca da falta de medicamentos essenciais naquele mês, como sedativos, analgésicos e relaxantes musculares. O uso desses medicamentos é primordial para estabilização e adaptação desses pacientes aos aparelhos de ventilação mecânica, os respiradores.

Conforme o Executivo, a demanda por medicamentos hospitalares para o tratamento da covid-19 teve um crescimento sem precedentes em um curto espaço de tempo. Para ilustrar a realidade, no Hospital Municipal de Ipatinga, o consumo de dois dos sedativos e analgésicos mais utilizados – midazolam e fentanila – saltou de cerca de 1.200 para 7.000 ampolas por mês, segundo foi informado pelo próprio governo municipal em junho.

Apesar do desafio, o governo municipal ressaltou, à época, que há uma parceria de ajuda mútua entre os hospitais do Vale do Aço, funcionando como uma rede de urgência e emergência.
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Comentários

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José de Souza

11 de julho, 2020 | 11:49

“Não precisa chegar a esse ponto, ou seja, deixar o paciente piorar para ser internado e entubado, vamos olhar para quem está vencendo a doença, como é o caso exemplar de Porto Seguro na Bahia que adotou o protocolo de uso precoce de Hidroxicloroquina, Azitromicina e Zinco, nos primeiros sintomas da doença; assim estão conseguindo sanar a propagação do Covid e evitar a internação dos doentes. Em Ipatinga, mesmo com receita médica, não se encontra a Hidroxicloroquina nas farmácias e até mesmo a Ivermectina, usada tanto na fase profilática quanto no início da doença, também já está em falta.”

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