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11 de julho, de 2020 | 13:00

Fortes emoções

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
A situação financeira caótica do Cruzeiro teria mais um capítulo dramático esta semana, por conta de uma dívida aproximada de R$ 12 milhões, referente à contratação de Rafael Sóbis, em 2016, e que teria de ser paga na Fifa até a próxima quarta-feira (15).

Mas o presidente Sérgio Santos Rodrigues agiu rápido e conseguiu fechar um acordo com o credor, o Tigres, do México, que prevê o pagamento parcelado, o que anula a ação na Fifa.

Agora a preocupação é com outra dívida, também em última fase de execução pela Fifa, custando um valor próximo de R$ 2,5 milhões, pelo empréstimo de Pedro Rocha, no início do ano passado, junto ao Spartak Moscou, e que vencerá no dia 6 de agosto.

A dívida total do Cruzeiro na Fifa é de aproximadamente R$ 102,26 milhões, sendo metade com vencimento ainda para este ano. E são valores que superam em mais de 20% o orçamento total do clube previsto para a temporada atual, que é de R$ 80 milhões.

Outro lado
Por outro lado, o torcedor atleticano vive uma fase de lua de mel com a diretoria, ao ver as obras de construção do seu estádio andando a pleno vapor e contratações milionárias sendo feitas para a montagem de um time forte para esta temporada.

Se quiser, o técnico argentino, Jorge Sampaoli, pode escalar hoje o Atlético só com as contratações feitas este ano e ainda teria três opções para deixar no banco. Até agora foram confirmadas 14 contratações para todos os setores: cinco jogadores de defesa, cinco para o meio-campo e quatro para o ataque. Falta apenas um centroavante.

Com o apoio do ‘mecenas’ Rubens Menin, um dos mais importantes empresários do país, que já teria emprestado ao clube, sem cobrar juros, cerca de R$ 80 milhões gastos com as contratações, o Atlético mudou completamente a sua política. Agora, ao contrário de anos anteriores, quando visava atletas experientes, rodados e caros, o alvinegro tem contratado jovens, na maioria, que, além de retorno técnico, poderão dar lucro ao clube em uma revenda futura.

FIM DE PAPO
• Do total de contratações, seis foram feitas a pedido do treinador Sampaoli: Junior Alonso, Bueno, Léo Sena, Alan Franco, Marrony e Keno. Anteriormente à sua chegada vieram o goleiro Rafael, Mailton, Guilherme Arana, Allan, Dylan Borrero, Hyoran, Savarino e Diego Tardelli.

O goleiro foi anunciado depois da chegada do técnico, mas já vinha negociando com o clube. A mais cara contratação foi o lateral Arana, que custou cerca de R$ 23 milhões. Em seguida o atacante Marrony, adquirido por cerca de R$ 20 milhões. O terceiro nesta lista é o zagueiro paraguaio Junior Alonso, que pertencia ao Lille, da França, e estava emprestado ao Boca Juniors, que custou cerca de R$ 18 milhões.

• A proliferação dos canais de clubes transmitindo jogos, por conta da “MP do Flamengo”, já produz efeitos maléficos para o exercício do bom jornalismo. Apesar de a TV Globo às vezes exagerar, tal como fez ao colocar o ex-lateral e hoje comentarista Júnior para fazer reportagens num jogo do rubro-negro, ainda é muito melhor para quem assiste se comparada com essas transmissões barangas do tipo Fla TV ou Flu TV.

• O brasileiro ama o futebol, e talvez por isso não dê conta de perceber o que anda acontecendo, porque valoriza a ideia de que o seu clube estaria levando alguma vantagem. Então, de maneira equivocada, nem liga ou acha engraçadas estas transmissões pelos canais dos clubes de sua preferência, coisas horríveis, com poucas câmeras, sem citar o nome dos jogadores do adversário. Enfim, o genuíno jornalismo ao contrário.

• Mesmo assim, na última quarta-feira a Flu TV teve 3,6 milhões de acessos, batendo a maior live sertaneja feita até agora pela “rainha da sofrência”, Marília Mendonça. A realidade, porém, é bem outra, e serve para explicar porque essa “MP do Flamengo” ainda não pegou no restante do país: se o jogo fosse mostrado na TV Globo teria obtido, por baixo, 30 pontos de audiência, o que representaria 21 milhões de pessoas assistindo. A pergunta é óbvia: qual a opinião dos patrocinadores que investem, por exemplo, na camisa do clube, visando exposição durante a transmissão da TV, sabendo que atingiram apenas 17% do público possível? (Fecha o pano!)
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