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06 de julho, de 2020 | 17:18

Empresa demite mulher que desrespeitou fiscais no Rio de Janeiro

Reprodução de vídeo
Mulher abordada por fiscal: 'Cidadão não, engenheiro civil formado, melhor do que você', disse a mulher a fiscais que coibiam aglomeração de pessoas Mulher abordada por fiscal: 'Cidadão não, engenheiro civil formado, melhor do que você', disse a mulher a fiscais que coibiam aglomeração de pessoas

A distribuidora de energia Taesa informou, por meio de nota nessa segunda-feira (6), que demitiu uma funcionária que desrespeitou as regras de prevenção à covid-19.

A empresa não citou o nome da funcionária na nota, mas a imprensa do Rio de Janeiro apurou que se trata da mulher flagrada em reportagem do Fantástico, exibida na noite de domingo, desrespeitando fiscais em um bar no Rio de Janeiro. Conforme o jornal Extra, trata-se de uma engenheira química com especialização em administração de empresas.

O caso ganhou repercussão após a mulher aparecer na reportagem dizendo: “cidadão não, engenheiro civil formado, melhor do que você” para um profissional que fiscalizava o cumprimento das medidas de segurança contra a covid-19 em bares cariocas.

“A Taesa tomou conhecimento do envolvimento de uma de suas empregadas em um caso de desrespeito às leis que visam reduzir o risco de contágio pelo novo coronavírus e compartilha a indignação da sociedade em relação a este lamentável episódio, sobretudo em um momento no qual o número de casos da doença segue em alta no Brasil e no mundo”, diz a nota da empresa.
Reprodução
Nota oficial publicada na página da Taesa Nota oficial publicada na página da Taesa

A Taesa disse ainda que adotou “inúmeras iniciativas para proteger a saúde de seus profissionais e familiares”, e que a funcionária foi demitida por desrespeitar a “política vigente na empresa”.

“A Taesa ressalta que segue respeitando o isolamento [social] e as mais rigorosas regras de prevenção ao coronavírus e que a empregada em questão desrespeitou a política vigente na empresa. Diante dos fatos expostos, a Taesa decidiu por sua imediata demissão”, afirma a nota.

A decisão da empresa também gerou repercussão. “Parabéns pela postura idônea da empresa. A cidadã em questão não tem o mínimo de empatia e respeito ao próximo, não dá a mínima para quem se expõe nessa pandemia para garantir a saúde de quem tem o privilégio de permanecer em isolamento, home office, etc”, escreveu uma das leitoras da publicação no site da Taesa.

Entenda o que houve

O episódio que foi gravado e exibido no programa Fantástico, domingo à noite, mostra um fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro, integrante de uma equipe que foi verificar denúncia de aglomeração de pessoas em bares.

O fiscal tenta explicar ao casal que existiam diversas irregularidades no espaço e que os frequentadores não poderiam ficar aglomerados para evitar uma contaminação em massa.

Pelo decreto da Prefeitura, cada mesa com as cadeiras deve ficar com pelo menos dois metros de distância umas das outras. Ao informar a determinação, o cliente, marido da engenheira, alterado, disse:

"Cadê a sua trena? Eu quero saber como você mediu as pessoas".

Por fim, quando o fiscal chamou o homem de cidadão, veio o ataque por parte da mulher:

"Cidadão, não. Engenheiro civil formado e melhor que você", afirmou a mulher que ainda completou: " A gente paga você, filho".

No fim da operação, o espaço onde o casal estava foi multado, e o dono teve que fechar o bar. O servidor atacado verbalmente pelo casal é o superintendente de educação e projetos da Vigilância Sanitária do Rio de Janeiro. Flávio Graça, mestre e doutor pela Universidade Federal Rural do Rio (UFRRJ).

Delegado

A operação teve outros episódios marcantes. Na segunda-feira, procurado para falar sobre o assunto, o superintendente Flávio Graça explicou que, durante a fiscalização, um jovem aproximou-se e disse que era um dos advogados que representam os proprietários do bar e determinou que fosse parada a inspeção.

A fiscalização informou que a operação não iria parar. Então esse jovem dirigiu-se aos Policiais Militares que amparavam os fiscais, identificou-se como "Delegado" e pediu prendessem o responsável pela operação e o levasse para a Delegacia de Polícia.

O comandante da equipe militar informou que a Vigilância Sanitária só estava cumprindo a legislação e se recusou a efetuar a condução do fiscal.

Indagado se ficou ofendido com os ataques e toda a situação, o superintendente resumiu: "Não cabe mais no Brasil o 'Você sabe com quem está falando?'. Isso está ficando cada vez mais banido".
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Comentários

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Ze de Minas

07 de julho, 2020 | 13:13

“Estas reações que massacram o cidadão comum BRASILEIRO vêm desde o Império,está no sangue dos descendentes,quem conhece a nossa a colonização sabe que tudo de ruim veio para BRASIL pelos portugueses.Leiam os livros: 1808 e 1822 que verão a verdade. Mas .... é o BRASIL.”

Geovani Araujo

07 de julho, 2020 | 10:41

“Está faltando humildade e sobrando arrogância. Calma, gente!”

Cidadão Honesto

07 de julho, 2020 | 10:20

“Agora quero ver a arrogância dela pagar as contas e a pergunta que eu faço é: que tá melhor agora? E no final toda arrogância será castigada e parabéns á empresa pela atitude.”

Cristina

07 de julho, 2020 | 07:53

“O Brasil está lotado de gente assim, que humilha o garçom, a secretária doméstica, o subordinado e tantos outros. Muitas vezes por posição social ou financeira superior. Triste realidade!”

Monica Cristina Elias Silva

07 de julho, 2020 | 00:44

“Parabéns à empresa!
Bem feito para essa jumenta!
Ridícula arrogante!”

Cidadão

06 de julho, 2020 | 21:01

“É por essas e outras que esse país não vai pra frente. Incrível como qualquer zé mané se acha o melhor do mundo porque tem um diploma qualquer.”

Gil

06 de julho, 2020 | 19:44

“Se o cara for empregado tem que demitir tbm,se não boicotar seus serviços, agora o fiscal tá melhor do que vc sua imbecil!!”

Paulo Silvio Silva de Faria

06 de julho, 2020 | 19:40

“Foi abordado o desrespeito às normas de vigilância sanitária,mas esqueceram de mencionar a atitude preconceituosa ,além do desrespeito à uma autoridade revestida da função fiscalizadora.
Além da demissão por justa causa,deveria ser indiciada .”

Antonio Dimas Guedes Otoni

06 de julho, 2020 | 18:41

“Demissão mais que justa. Em terra de cego quem tem um olho não é rei, tem é mais responsabilidade. Não é porque você tem diploma, você é melhor.”

Jaime

06 de julho, 2020 | 18:31

“Parabens para esta empresa que demitiu esta desqualificada alem de irresponsavel e arrogante humilhado as pessoas .so porque engenheira pensa que esta com o rei na barriga agora e uma desempregada como muitos neste pais e o pior a sua arroganca dificultura para entrar no mercado de trabalho.”

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