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28 de junho, de 2020 | 18:00

Homem tenta matar familiar da ex-mulher por vingança

Um homem de 56 anos, que não aceita o fim do casamento, persegue a ex-esposa e, neste domingo, cometeu uma tentativa de homicídio contra a madrasta dela

Uma tentativa de homicídio ocorrida na manhã deste domingo (28), na rua Caruaru, no bairro Caravelas, em Ipatinga, foi registrada pela Polícia Militar. Um homem que não aceita o fim do relacionamento ameaça frequentemente a ex-mulher e, neste domingo, trancou a irmã da ex-esposa no quarto e tentou matar a madrasta dela.

Conforme o boletim de ocorrências, J.A.S.F. acionou a PM informando que o ex-cunhado dele havia trancado a irmã dentro de um quarto e agredido a mãe dela.

Quando os policiais chegaram na casa indicada, se depararam com I.S.A.A., caída e bastante ensanguentada. Ao fazer a varredura na casa, o autor do crime não foi encontrado. Ainda no interior da residência, os policiais ouviram gritos de uma mulher, vindos de um quarto. Tratava-se de R.A.S.A.L., irmã do homem que acionou a polícia. Ela estava trancada no quarto e, como a chave não foi localizada, os policias arrombaram a porta e encontraram a vítima ilesa.

I.S.A.A., estava com um corte grande e profundo no pescoço. A equipe do SAMU foi acionada e levou a mulher para o Hospital Márcio Cunha. Ela foi encaminhada ao bloco cirúrgico.

Procura pelo autor

A partir daí a PM começou a procurar pelo autor da tentativa de homicídio, C.J.T., de 56 anos. Ao fazer contato com trabalhadores de um moto táxi na rua Campo Grande, descobriu-se que um dos motociclistas havia levado o autor do crime até o bairro Parque Caravelas e o deixando próximo ao Sest Senat.

Em diligências pelo local, a PM localizou um homem com características semelhantes à do acusado do crime. Os policiais imobilizaram o homem, que teria dito, conforme registrado no boletim de ocorrências: "Eu tive um desentendimento familiar e realmente cometi o crime". Nada de ilícito foi encontrado de posse de C.J.T.

Durante o trabalho da polícia, o homem dizia: “Vocês não querem atirar em mim não? Me matem de uma vez. Podem me matar. Pode falar que foi troca de tiro, porque se vocês não me matarem eu vou fazer de novo e enquanto eu não conseguir eu não vou parar. Eu só vou parar no dia que eu morrer e todos lá já estão avisados, principalmente a Ruth”. A mulher citada pelo autor trata-se da sua ex-esposa, irmã da mulher que estava presa no quarto, enteada da mulher ferida no pescoço e irmã do homem que acionou a polícia.

O autor da tentativa de homicídio foi conduzido à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro Canaã. Enquanto esperava atendimento, o autor disse a um dos policiais o seguinte: “A Ruth está achando que com minha prisão ela está segura? Enganada. De dentro da cadeia eu vou dar um telefonema e vou resolver isso tudo”. Em seguida ele foi liberado e conduzido para a delegacia.

Histórico de ameaças

Testemunhas e familiares informam que o homem preso foi casado com uma integrante da família mas, que ele a maltratava, agredia e ameaçava. E que, por causa desse comportamento, Ruth se separou do homem e foi morar no Estado do Rio de Janeiro, com medo de que ele tentasse contra sua vida.

Porém, ele foi atrás de Ruth e decidiram reatar o relacionamento. Nessa época Ruth voltou para Minas Gerais, mas, como o companheiro continuou a maltratá-la, ela decidiu encerrar novamente o casamento.

Ainda conforme uma das testemunhas, o autor da tentativa de homicídio estava preso e foi solto no mês de abril. No boletim de ocorrências não fica claro o motivo da prisão, mas o autor tem uma ficha criminal extensa, com passagens por assalto, lesão corporal, ameaça e furto.

A tentativa de homicídio

Nesta semana, o homem foi na porta da casa da irmã de Ruth, no bairro Caravelas, à procura da ex-mulher dele. Quando a mãe de Ruth disse que ela não estava em casa, ele ameaçou, dizendo que tinha quatro amigos do Rio de Janeiro e que iria acertar as contas com a ex-mulher de um jeito ou de outro. Por causa dessa ameaça, Ruth se escondeu em um sítio, em outra cidade.

No dia do crime, domingo (28), segundo a testemunha R.A.S.A., o autor entrou em seu quarto e mandou que ela desse a ele o aparelho celular e reforçou que todos na casa estavam rendidos. Depois de pegar o celular, ele trancou a mulher no quarto.

Ao olhar pela greta da porta, a mulher avistou sua mãe com a mão no pescoço e viu que o autor tinha um objeto em mãos, aparentemente um estilete. Ao ver a mãe naquela situação, a mulher começou a gritar pedindo socorro. Uma vizinha ouviu os gritos e ligou para o marido da mulher, que, alertado, telefonou para a PM.

Ameaça a familiares

Os policias conseguiram falar com Ruth por telefone. Ela confirmou que foi casada com o autor do crime, mas por causa dos maus tratos, resolveu dar fim ao relacionamento, porém, ele nunca aceitou o término.

A vítima relatou que ela e sua família são constantemente ameaçadas e que se mudou para outro estado para fugir do ex-marido. Ela reforçou que o homem é muito violento e que já ameaçou fazer algo com alguém da família dela, para ela entender que ele realmente tem coragem.
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