Expo Usipa 2024 02 - 728x90

20 de junho, de 2020 | 08:00

Luz no fim do túnel

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Enfim surge uma luz no fim do túnel em relação a uma possível volta do Campeonato Mineiro, que poderá acontecer a partir do dia 26 de julho, segundo ficou encaminhado numa reunião entre o presidente da Federação Mineira de Futebol, Adriano Aro, com autoridades estaduais da saúde que atuam no combate à pandemia da Covid-19 no estado.

Faltam duas rodadas para definir os quatro classificados à fase semifinal. As equipes do América (1º, 21 pontos) e Tombense (2º, 20 pontos) já estão garantidas. O Atlético (3º, 18 pontos) está virtualmente classificado, e deixa a disputa pela última vaga para Caldense e Cruzeiro.

O alviverde do sul do estado leva boa vantagem sobre o time da capital e ocupa a 4ª posição, com 17 pontos, cinco vitórias e seis gols de saldo, e o Cruzeiro é o 5º, com 14 pontos, quatro vitórias e dois gols de saldo.

A “Veterana” joga fora contra o time lanterna e eventual rebaixado, o Tupynambás, para na última rodada decidir a sua classificação em casa, em um confronto direto com o Cruzeiro, que antes enfrenta a URT de Patos de Minas na capital, precisando vencer os dois jogos, além de torcer por um tropeço da Caldense em Juiz de Fora.

Na luta contra o rebaixamento, Tupynambás, Villa Nova de Nova Lima e Coimbra de Contagem, últimos colocados com três, quatro e sete pontos ganhos, respectivamente, são os mais cotados para o descenso, mas tudo depende dos resultados nas duas últimas rodadas que faltam.

Sem precipitação
Seja pela falta de prestígio ou incompetência da diretoria, a Federação Mineira de Futebol demorou muito a se mexer, no sentido de estabelecer um parâmetro ou uma indicação segura para a volta do futebol no estado.

Por outro lado, ao menos não agiu de forma açodada ou irresponsável, respeitou até agora as normas e determinações das autoridades de saúde com base na ciência, usando o discurso correto de priorizar as vidas humanas, diante dos riscos impostos pela pandemia do coronavírus. O presidente da FMF, Adriano Aro, justiça seja feita, em todas as suas poucas entrevistas, em nenhum momento disse que desejaria a volta do futebol sem o aval das autoridades de saúde, como ocorreu no Rio de Janeiro.

Na última quinta-feira, de acordo com dados oficiais, o estado vizinho atingiu 87.317 casos confirmados de Covid-19 e 274 mortes, sendo duas no hospital instalado na área externa do Maracanã, onde, sem a torcida, Bangu e Flamengo jogaram em total desrespeito às vidas humanas perdidas. O futebol não merece nada disso.

FIM DE PAPO
• Muita gente, inclusive este colunista, se perguntava há vários dias por que o clube de maior torcida e poder econômico no país, o Flamengo, estava se aproximando tanto do governo federal. A máscara caiu na última quinta-feira (18), quando foi publicada a Medida Provisória que garante aos mandantes os direitos de comercialização das transmissões pela TV. A chamada “MP do Flamengo” é mais um absurdo que, se aprovada pela Câmara dos Deputados, e eu duvido muito que aconteça, vai significar um tiro de morte nos clubes médios e pequenos do Brasil.

• Trata-se de uma medida sem nenhum caráter emergencial, ao contrário do que deveria ser, por exemplo, o combate à pandemia da Covid-19, que já ceifou a vida de centenas de milhares de pessoas, na maior mortandade já vista na história do país e do continente. Não há dúvida de que neste caso se juntou a fome com a vontade de comer, a do governo federal, que elegeu a Globo como sua maior inimiga, e do presidente rubro-negro, que busca formas de atingir a emissora, em face do desacerto pelos valores das quotas de transmissão aos quais julga ter direito pelos seus jogos.

• Ao invés de se unir aos demais clubes para fundar uma liga independente, capaz de administrar o futebol e seus lucros milionários, deixando a CBF no seu quadrado com a seleção brasileira, os presidentes de Flamengo e Vasco da Gama, que também participa desse conluio, chutam literalmente o balde com visão apenas até o seu próprio umbigo.

• Não acredito no sucesso dessa cartada esdrúxula, que, se não cair na Câmara dos Deputados, deverá ser barrada na justiça pela TV Globo, pois os campeonatos previstos na atual temporada e nas próximas, até 2024, já tiveram seus direitos legalmente vendidos e uma grande parte dos clubes, incluindo Cruzeiro e Atlético, aqui nos nossos grotões, já receberam adiantado grande parte do que tinham direito. Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos. (Fecha o pano!)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
MAK SOLUTIONS MAK 02 - 728-90

Comentários

Aviso - Os comentários não representam a opinião do Portal Diário do Aço e são de responsabilidade de seus autores. Não serão aprovados comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes. O Diário do Aço modera todas as mensagens e resguarda o direito de reprovar textos ofensivos que não respeitem os critérios estabelecidos.

Tião Aranha

20 de junho, 2020 | 00:22

“Neste imbróglio da "MP do Flamengo" o monopólio da entrega de conteúdo muda o direito de arena (lei pelé, art. 42). Mandante do Jogo (Flamengo). Pelo visto, vamos ter muita briga pela frente-, briga de cachorro grande.”

Envie seu Comentário