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18 de junho, de 2020 | 16:46

Coronavírus, e-commerce, novo normal

Waner Penna e as novidades do mundo fashion

Divulgação/Reprodução
Chanel 2020: simplicidadeChanel 2020: simplicidade
NOVO CLIENTE
O varejo fashion anda discutindo seu futuro, em várias ‘lives’ com as entidades ligadas ao setor. Além do e-commerce que cresce, também há outras novidades das quais o setor padece.

A começar pela relação com a clientela, que mudou na pandemia do covid-19 e, ao que tudo indica, terá um novo formato quando o vírus for dominado. O resumo disso é ‘menos lucro e mais interação’, ou seja, a conversa e aproximação com a cliente será mais importante que a venda em si.

Outro ponto mencionado nos debates é que o aumento do trabalho em casa (home Office) vai diminuir a presença das pessoas nas ruas e nas lojas também. A saída, dizem os entendidos, seria transformar a loja numa grande vitrine para o cliente ter uma experiência sedutora, mas receber a roupa em casa. Como se vê, um mundo novo com problemas antigos.

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SUCESSO VIRTUAL
O e-commerce teve um crescimento de 70% após o inicio da covid-19 (dados colhidos no Brasil), revelando o novo rumo para o varejo no país. Entre os segmentos pesquisados, o quesito que mais cresceu foi o da moda, que veio em primeiro lugar, com folga.

Em abril o segmento de beleza cresceu 130%, enquanto o vestuário alcançou incríveis 118%. Esses números dizem muito a respeito do futuro próximo nas vendas. Para começar, o formato mostra que o comércio virtual veio para ficar. Entre outras coisas, isso representará menos lojas abertas, menos aluguéis pagos, menos crescimento imobiliário etc. etc. etc.

Mas, acima de tudo, quer dizer que quem trabalha com moda terá que se adaptar à nova maneira de mostrar, vender e receber pelo seu produto. Aí o gargalo é enorme, pois a infraestrutura para consolidar esse novo meio de compra e venda está longe de ser perfeito. Traduzindo: o crescimento do varejo virtual é inevitável, mas sua plenitude ainda demora algum tempo.

Divulgação/Reprodução
O floral da CondottiO floral da Condotti
VAIVÉM
* A nova tendência de varejo, com vendas pulverizadas e presença física concentrada, pode ser medida por um gigante do setor. A Zara vai fechar 1.200 lojas em todo o mundo e reabrir um número bem menor, e só em grandes superfícies. Traduzindo: vitrines concentradas, vendas espalhadas. ***

* Depois de muito disse-me-disse, parece que a turma da pronta-entrega (moda por atacado) em Beagá definiu o período de lançamentos das coleções de verão 2020/2021: dia 15 de agosto. Embora muita gente vá se adiantar e outro tanto atrasar, é uma data referência para recomeçar o trabalho. Se o coronavírus deixar, claro. ***

* Após a ‘dormência’ por causa do coronavírus, a moda europeia voltou a se movimentar na semana passada, por conta da coleção Cruise da Chanel, feita através das redes sociais. O ponto de destaque foi a simplicidade mostrada nas roupas. São os novos tempos. ***

* O circuito do empresariado fashion respira, após o alívio da liberação do comércio em São Paulo. Maior centro consumidor do país (somando capital e interior, é gigantesco), o varejo de moda paulista e paulistano compra mais de 50% da produção nacional. Daí... ***

* Os organizadores do Salão Casamoda, feira realizada em São Paulo, não brincam em serviço. Além de confirmar a edição - entre 7 a 10 de julho no Hotel Unique, - com lançamentos para o próximo verão, estão abrindo um campo novo com um Salão Especial em Brasília, no fim de julho. ***


* A curiosidade dos fashionistas e de quem gravita o setor de moda está maior em junho, quando começam as ‘fashion weeks’ europeias realizadas só pela internet - efeito coronavírus - com as marcas masculinas. Depois vem a temporada de alta-costura internacional. Em setembro, alguns desfiles do prêt-à-porter poderão voltar ao formato habitual. No Oriente, o assunto começou em Xangai, China. ***

PONTO FINAL - com os protestos em todo o mundo após o episódio George Floyd, a justa valorização da contribuição de profissionais negros na moda dos Estados Unidos também ganhou destaque. E vieram à tona os nomes das modelos Alek Wek (desde os anos 1980 nas passarelas) e da brasileira Luana, que nos anos 1960 desfilou para Dior, Yves Saint-Laurent, Paco Rabane e Courrèges e, depois, tornou-se condessa ao casar com o conde de Noialles, na França.
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