17 de junho, de 2020 | 14:15

Minas Gerais: cultura e turismo

José Fernando Aparecido de Oliveira *

“Estamos comemorando neste ano os 300 anos da criação do Estado das Minas Gerais”

Minas Gerais é reconhecido nacionalmente como o Estado da Arte, da Cultura e da História. Aqui temos mais de 50% de todo o patrimônio artístico e arquitetônico tombados no Brasil e quatro patrimônios culturais da Humanidade tombados pela Unesco, sendo eles o Conjunto Arquitetônico da Lagoa da Pampulha, os centros históricos de Diamantina e Ouro Preto, o Santuário do Bom Jesus de Matozinhos, em Congonhas, além do único Patrimônio Agrícola Mundial no Brasil, também tombado pela Unesco, que são os Povos Tradicionais da Serra do Espinhaço, em Diamantina.

É importante lembrar que o último patrimônio cultural brasileiro tombado pela Unesco foi o Conjunto Arquitetônico da Pampulha, referência mundial na arquitetura modernista de Oscar Niemeyer. Vale destacar que o tombamento da Pampulha teve como idealizador e seu principal coordenador o arquiteto e então Presidente da Fundação Municipal de Cultura de BH Leônidas Oliveira, no ano de 2016.

Minas Gerais, com o seu extraordinário potencial turístico, fundamentado em sua história, tem agora na Secretaria de Estado de Cultura e Turismo um nome quem vem ao encontro da união desses dois patrimônios: a cultura e o turismo; em sua dimensão completa. É necessário que a Secretaria de Estado integre, de forma permanente, os patrimônios cultural, artístico, natural, gastronômico, paisagístico, religioso e histórico existentes no Estado. É preciso uni-los em destinos turísticos juntamente com o ecoturismo, com os muitos festivais espalhados por todo o Estado, como os festivais de inverno, literários e culturais.

Nesse momento é fundamental pensar em uma política que dê visibilidade a todo esse potencial que está guardado por nossas montanhas, pois é consenso mundial que o período pós pandemia será de valorização do turismo interno, dos povos reconhecendo suas muitas belezas e riquezas. Minas tem papel fundamental nessa retomada do turismo nacional, com seus múltiplos destinos, e se faz necessário implementar um calendário conjunto para todo o Estado, integrado com o Ministério do Turismo e a Embratur, tendo ampla divulgação nacional e internacional.

A cultura e o turismo estão irmanados em Minas Gerais de forma natural, está presente nas cidades históricas e em toda Estrada Real, e se redimensiona em seus circuitos turísticos. É bom lembrar que se soma a tudo isso o fato que estamos comemorando neste ano os 300 anos da criação do Estado das Minas Gerais.

É com sensibilidade, criatividade, dedicação e conhecimento técnico que teremos uma Secretaria de Estado de Cultura e Turismo atuando e ampliando suas ações, valorizando e reconhecendo o patrimônio tombado e incentivando a preservação permanente dos sítios históricos, como está em curso o projeto de cabeamento subterrâneo dos centros preservados das cidades históricas, idealizado pelo IEPHA e a Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais. Se Minas são várias, na cultura e no turismo ela se faz única.

* Prefeito de Conceição do Mato Dentro
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