12 de junho, de 2020 | 17:00

Lideranças debatem ações conjuntas para combate à covid-19

Reunião da Assembleia Metropolitana foi realizada na sede da Fiemg

Wôlmer Ezequiel
Encontro foi realizado na tarde de sexta-feira, na sede da Fiemg Regional Vale do AçoEncontro foi realizado na tarde de sexta-feira, na sede da Fiemg Regional Vale do Aço

A tarde desta sexta-feira (12) foi de debate sobre a ações de combate ao novo coronavírus (covid-19). Em encontro da Assembleia Metropolitana, na sede da Fiemg Regional Vale do Aço, em Ipatinga, estiveram reunidos os prefeitos das quatro cidades da região, Nardyello Rocha (Cidadania), Marcos Vinícius Bizarro (PSDB), Douglas Willkys (PSB) e Luzia de Melo (MDB); o presidente da Assembleia, deputado José Célio de Alvarenga, o Celinho do Sinttrocel (PCdoB); o diretor de hospitais da Fundação São Francisco Xavier (FSFX), Mauro Oscar, dentre outros.

Celinho do Sinttrocel destacou que o principal foco da reunião e compromisso das lideranças é com a vida das pessoas, de forma a tentar proteger o ser humano, buscando, de forma equilibrada, pensar também na economia. “Conseguimos trazer aqui os quatro prefeitos, queremos pensar de forma conjunta para cobrar do governo do Estado os investimentos necessários e de forma consensual, tirar encaminhamentos para que haja isonomia de pensamento. Não podemos ter divergências e formas diferentes de fazer o enfrentamento à pandemia. Estamos buscando fazer isso com responsabilidade. Se não tiramos um encaminhamento hoje, que possamos fazer um grupo de trabalho, pensando numa ação conjunta e também um manifesto dessa região cobrando ações do governo do estado. Não temos respiradores mecânicos, não temos testes. É preciso pensar em conjunto e agir dessa forma”, reiterou.

O ex-deputado federal e atual suplente no Senado Federal, Alexandre Silveira, lembrou que o objetivo de reunir esse grupo é dar uma resposta à população, que quer das autoridades, no mínimo, cuidado. “E que posterguem suas diferenças, que possam realmente criar uma melhor retaguarda na área da saúde, para que no caso da ascendência da doença como vem acontecendo no Vale do Aço, possam ser oferecidos serviços de qualidade. Vivemos numa região metropolitana e que tem características próprias, as cidades são interligadas, não temos muros para o vírus. As ações têm que ser integradas para que a otimização dos recursos públicos possa dar melhor resposta e esperança para a população”, afirmou.

Wôlmer Ezequiel
Objetivo é buscar unidade nas ações, visando o melhor para a população Objetivo é buscar unidade nas ações, visando o melhor para a população
Prefeitos

O chefe do Executivo de Ipatinga, Nardyello Rocha, pontuou que o governo sempre teve convicção que as decisões deveriam ser tomadas de forma uniforme e que o município tentou fazer isso, mas não foi possível. Ele pondera que cada um (município) tem sua autonomia, e que respeita a decisão de cada prefeito. “Ipatinga está fazendo sua parte, mesmo sabendo que quanto mais as decisões estejam uniformizadas melhor. Para isso, buscamos fazê-lo dentro de nossa micro, que tem 14 municípios. Os principais municípios aderiram à ideia, tanto é que Santana do Paraíso está funcionando somente com os serviços essenciais, Belo Oriente e outros municípios também. Eles entenderam a importância da uniformização”, apontou.

Saturação

Nardyello acrescentou que Ipatinga amanheceu nessa sexta-feira com 120% de UTI’s ocupadas. A saturação no sistema de atendimento se agrava desde a última semana de maio. “Agora no início da tarde estamos com 110%, chegamos a 15 óbitos e estamos batendo próximo de 700 casos confirmados. É um momento muito sério, onde todo Vale do Aço está no mesmo barco, todas as quatro cidades estão com números por milhão de habitantes suficientes para lockdown. Para que isso não venha acontecer, nós temos que trabalhar em conjunto e Ipatinga tem feito sua parte”, assegurou.

A prefeita de Santana do Paraíso, Luzia de Melo, relatou que a principal dificuldade tem sido conscientizar as pessoas. “Nós temos trabalhado, cuidando dos casos confirmados e temos buscado junto ao estado e Ministério Público para que consigamos adquirir testes. Eles irão ajudar nos cuidados com a população. Mas o nosso porém é que algumas pessoas não acreditam que estão com o vírus. Se estão com sintomas, uma equipe da saúde pede para que fiquem em casa, mas temos tido problemas para que cumpram a quarentena”, alertou.

O prefeito de Coronel Fabriciano, Marcos Vinícius, ressaltou que na cidade foi feito aquilo que a Organização Mundial da Saúde (OMS) orientou, fazendo o isolamento até adequar o sistema de saúde. “No momento que nós adequamos, que estamos com os casos controlados, não se vê a necessidade de continuar com esse tipo de isolamento, o horizontal. Claro que o vertical tem que ser seguido, se a pessoa uma vez contaminada, se a gente puder evitar que ele saia na rua contaminada, é o correto. Então em Fabriciano adotamos a política do isolamento vertical, a ampliação de leitos hospitalares e também a retaguarda da atenção básica”, reforçou.

Por sua vez, o prefeito de Timóteo, Douglas Willkys, disse entender que a unidade é extremamente importante para o Vale do Aço. “Sabemos que na nossa região, como um todo, o estilo de vida que o Vale do Aço tem, não dá para avaliar uma cidade de forma isolada. Entendemos que hoje o grande desafio da região, e que todos os prefeitos têm se esforçado nesse sentido, é na expansão dos leitos de UTI”, concluiu.

O Diário do Aço entrevistou as lideranças antes do início do encontro. Até o fechamento desta edição, a reunião não havia sido concluída, não havendo relatos dos encaminhamentos tirados.


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Comentários

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Paulo Assis

13 de junho, 2020 | 14:35

“Praça do Ponto Final do Vila Celeste.

Enquanto o prefeito fica brincando de quebrar lojistas e fingindo se preocupar com a população, a Praça do Ponto Final do Vila Celeste está lotada de cachaceiros e usuários de drogas.
Nada é feito!
Durante a semana a atividade é intensa, mas aos finais de semana a coisa "pega fogo". Alguns, inclusive, urinam na rua! A praça neste sábado está tão cheia que os bêbados estão se amontoando nas calçadas porque não há espaço na praça.
Para além do alegada quarentena e isolamento social, a situação já descambou para perturbação do sossego.
Da minha casa consigo ver algo próximo de 15 pessoas amontoadas em uma calçada da Rua Cipriano Passos com o som do carro em volume extremamente elevado. E claro, a praça simplesmente abarrotada de pessoas.”

Gildázio Garcia Vitor

12 de junho, 2020 | 18:25

“A coisa deve estar mais feia do que parece, pois só isso para explicar a presença do Celinho e do Dr. Alexandre em um mesmo espaço e com objetivos semelhantes.”

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