13 de junho, de 2020 | 00:02
Quando será?
Fernando Rocha
Como diriam os locutores do rádio de antanho: A pergunta que não quer calar é, quando e como teremos de volta as competições e veremos a bola rolar pelos gramados do nosso país”?A resposta curta e grossa é: ninguém sabe. Com mais de 42 mil mortes pelo Covid-19 e caminhando para um cenário cada vez pior, tudo é incógnita na nossa saúde pública, sobretudo pelo desgoverno que grassa a partir de Brasília e que, ao invés de ajudar, atrapalha ainda mais o combate à doença, que não tem cura ou vacina capaz de contê-la.
Nos países nos quais o assunto vem sendo tratado com responsabilidade, parcimônia e competência pelas autoridades responsáveis, o futebol já voltou ou está prestes a isso. Claro, nada será como antes, mas ao menos já dá para satisfazer os anseios dos torcedores apaixonados, ávidos para ver os seus ídolos e clubes novamente em ação.
La Liga
E se já nos demos por satisfeitos com a volta dos campeonatos alemão, português e italiano, o que dirá então do espanhol. Pois La Liga voltou na última quinta-feira (11) com o clássico sevilhano, Sevilla 2 x 0 Betis, praticamente fechando o ciclo dos maiores certames europeus.
Pode-se dizer, sem sombra de dúvida, que agora o futebol pós-pandemia entrou definitivamente em campo, até porque a disputa pelo título entre os dois gigantes, Barcelona e Real Madrid, está muito equilibrada.
O líder Barcelona, apenas dois pontos à frente na classificação, visitou ontem o Mallorca, com Lionel Messi em campo, enquanto o rival Real Madrid entra em campo neste domingo, às 14h30, contra o modesto Eibar (16º), contando com um inegável favoritismo.
Confesso a minha inveja saudável dos espanhóis, alemães, portugueses, italianos, não só por suas governanças no trato do combate à maior pandemia da história universal, mas por terem de volta o esporte que amamos tanto, que nos diverte e traz momentos de felicidade em meio a tristezas tão grandes quanto esta.
FIM DE PAPO
Agora no início, a Espanha realiza jogos com portões fechados. Mas como nada é perfeito, a partir da próxima semana o governo espanhol quer que os jogos já tenham público, liberando 30% da capacidade dos estádios. Se na Espanha, onde as autoridades consideram que a pandemia já está controlada, este ato do governo está sendo muito criticado pelos especialistas da ciência, imagine uma coisa dessas aqui no Brasil, aonde parece que o pico da doença ainda não chegou e morre um cidadão quase a cada minuto?
Então pasmem, pois este é o desejo do prefeito maluco do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, apoiado por dirigentes ainda mais tresloucados. Quando digo ser loucura e insanidade essa ideia de liberar já a volta do futebol com público nos estádios, sobretudo aqui no Brasil, é porque mesmo na Europa não existe ainda certeza sobre as consequências da reabertura sem a torcida presente, ou se haverá uma segunda onda de contágio da população, enfim, o Covid-19 ainda é um mistério para a ciência e desafiá-lo, ou desacreditar na sua letalidade, é coisa de quem nasceu, mas ainda não entendeu o que é viver.
A ideia de retornar aos treinamentos, com todas as medidas cabíveis e sabidas de prevenção, tendo na sequência a volta das competições, mas ainda sem torcida nos estádios, deveria ser uma solução temporária, até que uma vacina comprovadamente eficaz seja colocada à disposição da população mundial. Mas abrir estádios agora, com torcida, eu acho que seria uma excrescência.
Nesse período sem futebol, de muita conversa mole pra boi dormir, os departamentos de marketing do Atlético e Cruzeiro mostram um bom serviço. O Galo lançou com sucesso um concurso intitulado Manto da Massa”, que vai escolher nos próximos dias uma nova camisa, criada pelo torcedor e comercializada numa edição especial.
O Cruzeiro fez uma justa homenagem à sua torcedora-símbolo, Maria Salomé, que faleceu no ano passado, aos 86 anos, após assistir a queda do clube de sua paixão para a Série B. Uma mascote da Raposa foi criada e recebeu os traços característicos e o nome da torcedora querida de todos os cruzeirenses. Mais importante do que o jogo é a jogada. Mais importante do que a jogada é o jogador. Mais importante do que o jogador é o ser humano”. Armando Nogueira. (Fecha o pano!)
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Tião Aranha
13 de junho, 2020 | 14:56Estamos botando muita fé na parceria das pesquisas em andamento dos cientistas brasileiros/chineses/ ingleses. Neste momento, histórico, estamos diante de dois grandes desafios: a salvaguarda da corrupção do poder e a velocidade com que as coisas acontecem: somente elas é que definirão o grau da evolução mais humana que está mais intimamente ligado, / ao que fomos no passado e o que pretendemos ser no futuro/.”