04 de junho, de 2020 | 13:50

Brasileira aprovada em Harvard cria perfil na internet para incentivar os estudos dos jovens

Alagoana que vai fazer intercâmbio compartilha dicas para quem quer estudar no exterior

Arquivo Pessoal
Segundo a estudante, foi a partir de um vídeo no YouTube que essa história começou. Após assistir a um vídeo da Tábata Amaral falando sobre como conseguiu chegar na Harvard, Natália percebeu que aquela também poderia ser a sua realidadeSegundo a estudante, foi a partir de um vídeo no YouTube que essa história começou. Após assistir a um vídeo da Tábata Amaral falando sobre como conseguiu chegar na Harvard, Natália percebeu que aquela também poderia ser a sua realidade

Nas últimas semanas, a estudante do curso de Relações Exteriores, Natália Cecília, 23, de Alagoas, atraiu a atenção da mídia e a curiosidade de muitos estudantes ao anunciar que conseguiu passar no processo seletivo de Harvard, uma das universidades mais conceituadas do mundo. Desde então, Natália já recebeu milhares de perguntas sobre como conseguiu passar e dicas de bolsas de estudo, sobretudo, para cursos de idiomas. Por isso, ela criou uma página na internet para compartilhar seu conhecimento com mais pessoas. Em duas semanas, o seu perfil @nordestenerd ganhou quase nove mil seguidores, pessoas interessadas em aprender com Natália e se inspirar na sua história.

Segundo a estudante, foi a partir de um vídeo no YouTube que essa história começou. Após assistir a um vídeo da Tábata Amaral falando sobre como conseguiu chegar a Harvard, Natália percebeu que aquela também poderia ser a sua realidade. “Por isso eu quis compartilhar minha história nas redes, quis criar uma página, porque eu acredito que a gente sonha com aquilo que a gente conhece. O que eu queria era trazer para a realidade das pessoas, do sertão, do agreste, pessoas como eu, que é possível, é muito mais fácil sonhar com uma coisa quando você tem um referencial de alguém que é parecido com você, que fala como você, que vem do mesmo lugar que você e conseguiu”, explica.

Para a jovem, o impacto da educação na sua vida é muito nítido, refletindo nas conquistas de participações em fóruns e projetos diversos, como na ONU e Brasil Conference 2019. “Tudo isso veio por causa da valorização da educação. Acredito que a educação que transforma é a que oferece oportunidade para os jovens. Por isso, o objetivo da página Nordeste Nerd é fornecer, também, bolsas de inglês para alunos em situação de vulnerabilidade econômica, pois o idioma é uma das principais barreiras para muitos alunos”, conta.

Investir na educação é um dos planos de Natália, que pretende contribuir para a formação de mais brasileiros. Ela acredita que a educação transforma o indivíduo e a sociedade. “A educação que transforma é aquela que é valorizada, que recebe investimentos, a que realmente causa mudança. Quando o aluno se dedica, ele consegue avançar, obtém conquistas e é por essa educação que eu luto”, destaca.

Estudante de Arapiraca em Harvard

Natália foi aprovada para o intercâmbio Visiting Undergraduate Student, da Harvard, e vai estudar Economia por um ano, na Faculty of Arts & Sciences. Desde 2018, ela cursa Relações Exteriores na Universidade Federal de Santa Catarina.

Por enquanto, a estudante permanece em solo brasileiro. A sua ida para Harvard depende de um pronunciamento da universidade sobre os próximos procedimentos. “Eles vão dar uma resposta apenas em julho. Existe uma possibilidade de que (o estudo) seja virtual e possibilidade de que seja presencial”, complementa.

Nascida em Arapiraca, no interior alagoano, Natália sonha em poder contribuir para o desenvolvimento de sua terra natal. “Meu grande sonho é poder ver Alagoas diferente. É poder reduzir a pobreza e melhorar a qualidade de ensino. Quero transformar o lugar de onde venho”, revela.

Chapéu de couro

Em uma das suas experiências internacionais, Natália fez questão de usar o chapéu de couro típico do Nordeste brasileiro. “Toda vez que acontece uma coisa importante na minha vida, uso esse chapéu para lembrar das minhas origens”, afirma. Agora, a expectativa de quem acompanha a jovem é vê-la usando o acessório no seu novo caminho.

(Brenda Chérolet - Agência Educa Mais Brasil)


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