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30 de maio, de 2020 | 08:00

Populares contam motivo de saírem às ruas, apesar da pandemia

Movimento registrado na tarde de ontem se aproximava ao de datas comemorativas

Wôlmer Ezequiel
Avenida 28 de abril às 14h desta sexta-feira (29)Avenida 28 de abril às 14h desta sexta-feira (29)

O Centro de Ipatinga recebeu, ao longo desta sexta-feira (29), um número significativo de pessoas. Apesar do aumento do número de casos confirmados de covid-19 no Vale do Aço, o movimento nas ruas ainda é grande - semelhante ao de véspera de datas como o Dia das Mães e Natal - e chamou a atenção de quem passou pela área central. O Diário do Aço conversou com algumas das pessoas que lá estavam a respeito do motivo de elas estarem naquele local, em plena pandemia.

Letícia Menezes, de 25 anos, por exemplo, informou que precisou sair de casa para ir ao médico. “Não tive opção, por isso vim. Percebi que o Centro está lotado, mais que antes dessa mudança em relação ao funcionamento. Triste foi ver duas pessoas passando sem máscara. Tenho medo de pegar essa doença, apesar de não estar no grupo de risco. Lá em casa meu marido também tem a mesma idade que eu. Meus avós moram em outro local e temos evitado contato em razão da idade”, relatou.

Wôlmer Ezequiel
Maria da Glória, que é autônoma, acredita que o uso da máscara é suficiente para evitar a doençaMaria da Glória, que é autônoma, acredita que o uso da máscara é suficiente para evitar a doença
A autônoma Maria da Glória, de 55 anos, estava no Centro da cidade para resolver questões de cunho pessoal. Mas em geral, vende picolé para sobreviver e por isso está sempre na rua. “Se usarmos a máscara, não teremos problemas. A doença não atinge quem se previne. Eu vendo picolé e preciso desse dinheiro pra sobreviver. Eu só não passei fome porque fizeram uma vaquinha pra me ajudar, e defendo que o comércio abra todos os dias da semana, como sempre foi. O que eu penso é que os comerciários, quem trabalha no comércio, deveriam usar luvas, seria um cuidado a mais”, avalia.

Aproveitando do recurso recebido via auxílio emergencial, Rita de Cássia foi às ruas comprar tecido. “Vou vender máscaras, foi o motivo pelo qual saí de casa. Quero fazer esse valor render um pouco mais, vai me tirar do sufoco. Não fosse isso, não teria saído não. Estou preocupada com o cenário que estamos vivendo. Mas como diz o ditado: ‘enquanto alguns choram, outros vendem lenço’, e preciso costurar para por comida dentro de casa. A máscara será uma boa opção”, destaca.

Aglomeração

Guilherme Machado estava com sua família e, apesar de nenhum deles pertencer ao chamado grupo de risco, a ida ao local foi rápida. “Viemos porque precisávamos e como agora o comércio não abre todos os dias, o jeito é vir de acordo com os dias e horários estabelecidos. O Centro está bem cheio hoje, tenho receio de que as pessoas fiquem aglomeradas por causa dessa mudança. O ideal é resolver o que precisa e ir embora. Espero que as pessoas façam isso”, anseia.

Uso da máscara reduz, mas não elimina o risco de contágio

Em Ipatinga é obrigatório o uso de máscaras em locais públicos, de acordo com Decreto Municipal 9.335, de 27 de maio de 2020. Conforme autoridades da área da saúde, para utilizar a máscara corretamente é necessário higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel antes de colocar o acessório; trocar a cada duas horas ou quando estiver úmida; retirá-la de trás para frente, segurando pelo elástico; após a retirada, lavar as mãos; nunca reutilizá-la sem antes lavar (caso não seja descartável); descartar em um recipiente fechado. Ainda conforme especialistas, a máscara caseira não protege 100% contra o vírus. Sendo aconselhável evitar aglomerações e sair de casa somente quando for imprescindível.
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Comentários

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Felipe

01 de junho, 2020 | 14:19

“todo mundo vai arrumar uma desculpa para estar no centro
depois não adianta colocar a culpa nos políticos
faz uma continha basica:
250 mil habitantes para ser atendidos em 70 leitos (faz a continha aí) da mas de 3500 pessoas por leito
vai brincando vai brincando
tô falando só de Ipatinga kkkkkkk”

Adriano

30 de maio, 2020 | 21:34

“Gente sem noção”

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