21 de maio, de 2020 | 17:29

Discórdia, máscara, dramas, o futuro e o novo normal

Wagner Penna e as novidades do mundo fashion

Reprodução/Divulgação
Proteção de griffe com a máscara GucciProteção de griffe com a máscara Gucci
CALENDÁRIO DA DISCÓRDIA
O assunto do novo calendário da moda após a onda do coronavírus continua rendendo, aqui e na Europa. No Brasil, os paulistas já se organizaram e propuseram novas datas, incluindo até feiras em julho próximo. Em Minas, a coisa anda no ritmo mineiro: ainda não houve consenso sobre o assunto.

Mas entre os europeus que, afinal, decidem quase tudo que acontece na moda pelo resto do mundo, também há muitas discordâncias sobre o que fazer. Tudo começou com a bombástica carta-aberta de Giorgio Armani, pregando um ritmo de vendas menos agressivo e observando que moda também é arte, e não apenas artigo de luxo ou ferramenta de lucro dos grandes grupos.

Algumas marcas internacionais já aderiram à ideia e até colocaram data no assunto, mas as grifes de maior peso não concordaram.

O motivo da discórdia é simples: essas grifes pertencem a fortes grupos financeiros que visam apenas lucro, e as marcas menores querem vender, mas também querem criar. E mais do que isso, querem estabelecer empatia com uma clientela bacana e não apenas consumista.

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Divulgação
Modelo desfila na Minas TrendModelo desfila na Minas Trend
DRAMA FASHION
Os efeitos catastróficos do coronavírus na economia ganharam dimensões cataclísmicas no segmento da moda mundial, com a quebra de sistemas produtivos inteiros em alguns países.

Um exemplo disso é o Vietnam, cujas lembranças da destruição na longa guerra com os EUA ainda não foram sanadas, mas que vinha se recuperando bem economicamente, com a produção de roupas para o resto do planeta. No mesmo ritmo, Paquistão e Índia dependem visceralmente do setor têxtil.

O fato é que os compradores mundiais, na maioria donos de gigantescas redes de varejo, com o espanhol Inditex, dono da Zara, simplesmente cancelaram os pedidos, mas as roupas já estavam prontas. Muitos deles, inclusive, nem irão pagar pelo produto que já está pronto.

O desespero é maior porque aproximadamente 97% do chamado fast-fashion mundial - ou moda rápida, isto é, alta produção contínua – está sob o controle de apenas 20 empresas. E estão todas elas cancelando os pedidos. Um drama total.

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VAIVÉM
* As máscaras estão virando acessório fashion, assim como brinco, colar e pulseira. Há uma disputa por modelitos, estilos e estética da peça. Mas é preciso cuidado com o assunto, pois envolve saúde. Elas precisam ser eficientes e confortáveis. E nesse aspecto, as máscaras descartáveis de TNT (Tecido Não-Tecido) são as melhores, mais eficientes e confortáveis. E não embaçam as lentes dos óculos. ***

* As vendas nas lojas de shopping centers caíram com a crise. E os 44 maiores shopping centers de Minas Gerais fizeram uma carta-aberta dirigida à associação dos malls, a Abrasce, pedindo. Entre as soluções, propõem abrir os estacionamentos gratuitamente aos clientes, escalonar aluguéis e até criar uma linha de crédito para tomar fôlego e terem um futuro. ***

* O crescimento do e-commerce na moda acabou retomando projetos de avanço nos celulares. Um deles permite que texturas sejam captadas e percebidas na telinha do smartphone. Experimentos com peles de crocodilo, pítons e veludo foram positivos. Era o passo que faltava para o reino absoluto do comércio virtual em todo o mundo.

* A decisão final sobre realizar ou não a feira Minas Trend de outubro próximo, em Beagá, será tomada até 60 dias antes da data marcada. Primeiro será preciso ver como a capital reagirá à flexibilização do isolamento por causa da pandemia. Esta a informação mais recente que corre no circuito fashion mineiro. ***

* Nem bem a onda do coronavírus baixou de todo em alguns países e as lojas reabriram e testaram o novo mundo após o drama. A Chanel anunciou aumento de preços para os próximos dias. Resultado: houve grandes filas nas lojas, principalmente na Ásia. Por lá, pelo visto, a turma superou a quarenta e ainda juntou bastante dinheiro. ***

PONTO FINAL - Os shoppings centers estão reabrindo as portas país afora, mas gradualmente. Atualmente, são 54 cidades com ‘malls’ abertos. Em Beagá, isso está prometido a partir do dia 25 de maio, mas depende das variáveis de transmissão do covid-19 serem atestadas pelos infectologistas. Traduzindo: vai abrir, mas pode fechar de novo.
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