
20 de maio, de 2020 | 12:26
Jogador brasileiro Lipe Veloso nada de braçada nos campos da Bielorrússia
Com o futebol parado na maioria dos países europeus, campeonato de pais do Leste Europeu ganhou visibilidade a arrastou meio campista que faz carreira no exterior
O futebol parou no mundo todo, exceto na Bielorrússia (atualmente chamada de Belarus), no Leste Europeu. O calendário esportivo de 2020 foi mantido naquele país mesmo com os efeitos da pandemia de covid-19. E nesse contexto que surge o nosso personagem, o meio campista Lipe Veloso, brasileiro que atua no Torpedo Zhodino.
Em uma entrevista publicada pelo site de aposta esportiva online Betway, Lipe Veloso explica como foi parar no campeonato da Bielorrússia: A oportunidade para ir jogar pelo Torpedo é atribuída pelo jogador à temporada boa que ele fez na Ucrânia, que também é um país do Leste Europeu.
Eles (dirigentes dos clubes e empresários) são muito ligados no futebol ucraniano e eu fiz uma temporada boa lá. Meus domínios foram muito bons e então despertei o interesse no Torpedo. Eu não tinha muita noção do que era aqui e só fui perceber com o passar do tempo, com as informações que as pessoas me repassavam. Isso me motivou a vir para cá", detalhou.
Um fato curioso narrado pelo jogador é que, quando ele chegou recentemente ao país, teve que ir para a quarentena absoluta. Cheguei e fui direto para uma quarentena, em um apartamento, em que eu só podia ver o doutor do clube, que ia lá levar comida medir temperatura, todos os dias. Eu estava ficando maluco”, lembra em meio a risos.

Mas o fato é que, com os campeonatos parados na maior parte do planeta, os holofotes foram voltados para a Premier League da Bielorrússia (Vysshaya Liga), cujas transmissões de jogos ninguém conhecia e que de repente se espalhou pelo mundo. Hoje 16 clubes estão na disputa no campeonato da liga da Bielorrússia.
Público desconfiado
Lipe relata que os jogos do campeonato ocorrem com os portões abertos, mas por causa do medo das pessoas em relação ao coronavírus, os estádios não estão lotados. As pessoas não saem tanto para ir assistir ao futebol nas arquibancadas, mas as transmissões são feitas para dez países diferentes. De repente estão me assistindo na Índia e na Rússia, entre outras nações. Isso é bom para nós brasileiros que estamos fora de casa e buscamos reconhecimento. Acho que esse é o objetivo de todos que trabalham”, avalia.
Por fim, o brasileiro relata que o futebol do Leste Europeu é diferente do que estamos acostumados no Brasil. Para ele, nem tanto. Participei de uma temporada na Ucrânia e já tinha passado pelo Japão. Aqui pratica-se um futebol tático, de força e velocidade. Para quem já está acostumado é bom. O treinador nos dá muita confiança e gosta de trabalhar com brasileiros, o que deixa a gente muito à vontade. Uma das coisas que mais me impressionaram aqui foram as condições que eles dão para os atletas, nos treinos, nos campos, na medicina e alimentação. Isso tudo estimula o trabalho dos jogadores. Gera motivação e prazer em treinar”, conclui o jogador.
Europeu
Com o arrefecimento da pandemia de covid-19, a bola já rolou também na Europa. A Bundesliga, na Alemanha, já retomou o calendário.
Já em Portugal há previsão que a Liga Nos seja retomada em quatro de junho próximo. Nesse mês serão retomados os campeonatos da Itália e da Espanha. Outros países como, Dinamarca, Polônia , República Tcheca e Hungria também já definiram a volta das atividades.
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