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18 de maio, de 2020 | 13:00

Voltou o futebol

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
E o futebol finalmente voltou a dar as caras. Infelizmente, não foi aqui no Brasil, e sim, na Alemanha, aquela terra de onde veio a seleção que aplicou aqueles tristes 7 a 1 na Seleção Canarinho em 2014, de triste lembrança para nós brasileiros.

Mas valeu muito, pois teve o mérito de acabar com a nossa tristeza e melancolia dos fins de semana, que tomou conta de todos os amantes do futebol nos últimos 60 dias, desde que o Covid-19 chegou para valer aqui no Brasil.
Já estávamos cansados das reprises de jogos, os chamados ‘calhaus’, no jargão jornalístico, que além de servir apenas para preencher a grade de programação das emissoras tinham muito mais interesse para os torcedores do eixo Rio-SP.

Bons jogos
E a volta do futebol “ao vivo” no Campeonato Alemão foi considerada bastante satisfatória, teve nove jogos mostrados pela TV fechada com diversas goleadas e mais de 20 gols marcados. Segundo dados divulgados pela Bundesliga, cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo assistiram as partidas, batendo todos os recordes até então existentes.

Os alemães, por tratar com responsabilidade, organização e respeito à ciência o combate a essa pandemia mundial, foram agraciados com a volta dos jogos, mesmo que de forma muito diferente do que estamos acostumados.
Estádios com arquibancadas vazias, sem torcida, proibição de comemorar gols com abraços, o que não foi totalmente atendido, sem o tradicional protocolo na entrada dos times em campo, sem execução do hino nacional e sem cumprimentos entre os adversários.

Alguém pode até dizer que foi duro ter de assistir a volta do futebol ao vivo através dos alemães, por conta dos 7 a 1 que ficará para sempre na nossa lembrança, mas é o que temos para o momento. É pegar ou largar.

FIM DE PAPO
• Tomara que os nossos cartolas, sábios e inteligentes como são, prodígios em arranjar soluções rápidas e eficientes para todos os problemas do nosso futebol, mirem-se no exemplo alemão e dentro de pouco tempo possamos ter a bola de volta nas nossas principais competições. Não adianta ficar só reclamando. Tem que agir, botar o bloco na rua. Voltar aos treinamentos tomando todas as medidas preventivas necessárias é mais do que necessário, até que as autoridades de saúde determinem o momento certo para a volta dos jogos.

• Um dos grandes obstáculos para isso tem sido o negacionismo do governo federal em relação à pandemia do coronavírus, fato que assusta os países vizinhos ao Brasil. Já houve declarações públicas de políticos argentinos e paraguaios, além de dirigentes de clubes, contrários a jogar no Brasil por conta da atual situação descontrolada no combate ao Covid-19.

• Tal situação compromete a continuidade da Copa Libertadores e da Copa Sul-Americana, torneios organizados pela Conmebol, paralisados na segunda rodada da fase de grupos e antes da segunda fase, respectivamente. Para poder terminar a Libertadores vamos precisar de dez datas, além da final em jogo único, previsto para o Maracanã. Não é pouca coisa.

• Cumprimentos agora no jogo de futebol só se for com os cotovelos, que finalmente serviu para alguma coisa. O cotovelo é usado para dizer um “oi”, “beleza”, “valeu”. Teve um beijo na comemoração de um gol do Bayern, deixando claro que, dependendo do grau de emoção do atleta e do momento da partida, esta recomendação será fatalmente desrespeitada. Afinal de contas, como disse Charles Chaplin: “Não sois máquina. Homens, é o que sois!”. (Fecha o pano!)
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