06 de maio, de 2020 | 12:00

Retorno de alunos à sala de aula ainda é incerto

Secretarias de Educação condicionam continuidade do calendário à redução dos índices de coronavírus

Arquivo DA
Estudantes estão sem aula desde o mês de março Estudantes estão sem aula desde o mês de março

O retorno das atividades escolares deve demorar um pouco mais. Segundo informado pela Secretaria de Educação dos munícipios de Ipatinga, Timóteo, Coronel Fabriciano e Santana do Paraíso, a situação é incerta em razão do novo coronavírus (Covid-19). Desde que o governador Romeu Zema publicou decreto no dia 15 de março, criando o Comitê Gestor do Plano de Prevenção e Contingenciamento em Saúde do Covid-19, houve suspensão das aulas na rede estadual. Nas cidades do Vale do Aço, a interrupção ocorreu por volta do dia 18 daquele mês, perdurando até o presente momento.

Em Ipatinga, a secretária Eva Sônia destaca que, no momento, a equipe de assessoria pedagógica elabora propostas, mas não é possível precisar uma data de retorno. “Gostaríamos, mas ainda não temos [data para retornar]. Estamos acompanhando os dias e horas que teremos de repor. Temos uma proposta que iremos apresentar ao conselho de Educação, assim como vamos ouvir sua opinião. Estamos fazendo pesquisa de qual percentual de alunos tem acesso à internet, porque teremos de levar isso em consideração quando formos repor, de forma a abranger a todos. Nossa estimativa é que 15% do calendário tenha sido cumprido até agora. Tivemos aulas em fevereiro e alguns dias do mês de março. Entendemos a preocupação de todos, é uma situação nova e estamos tentando fazer o melhor. Teremos dificuldades, mas vamos vencer”, assegura Eva Sônia.

Em Coronel Fabriciano, a Secretaria de Governança Educacional informa que está analisando vários fatores com relação à educação e bem-estar dos alunos, mas devido à incerteza do cenário da pandemia não há datas definidas. Caso o município decrete a volta às aulas, todas as medidas de segurança serão tomadas e repassadas aos pais. 

Em Santana do Paraíso, a informação é que “como o município não tem um sistema de ensino educacional próprio, a Secretaria segue deliberações da Secretaria de Estado de Educação, ou seja, de acordo com as decisões do órgão", pontuou o Executivo municipal por meio de nota.

Por meio de nota, o governo de Belo Oriente salientou que não há data precisa para o retorno das aulas. “Após a retomada das aulas nas escolas, além das aulas presenciais para reposição da carga horária, está sendo planejado utilizar sábados e recessos escolares; realização de avaliação diagnóstica dos alunos; garantia de segurança sanitária nas escolas, se for o caso fazer busca ativa para evitar a evasão escolar; realizar atividades pedagógicas não presenciais, concomitante com as aulas presenciais, observando sempre o disposto nas leis federais – como Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nos atos normativos do CNE e no Currículo Referência de Minas Gerais e ampliação da jornada escolar diária por 30 minutos em cada turno”.

Timóteo

Em material enviado à imprensa, a administração de Timóteo destacou que a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer está finalizando o planejamento para a retomada das aulas na rede municipal de ensino. Inicialmente a previsão é retomar as atividades presenciais a partir de 1º de junho, mas tudo está condicionado à evolução da pandemia.

A informação é da secretária de Educação de Timóteo, Márcia Lessa, que explica que pelos estudos realizados, e caso se confirme a estabilização e regressão do número de casos de contaminação pelo vírus, é possível cumprir o calendário letivo sem prejudicar a comunidade escolar.

Pelo planejamento, o ano letivo se estenderia até 8 de janeiro de 2021, com uma paralisação programada entre os dias 12 a 16 de outubro. Pela proposta, as férias escolares começariam em 11 de janeiro de 2021 e a retomada das atividades referentes ao calendário educacional de 2021 seria no dia 22 de fevereiro.

A secretária fez questão de reiterar que o planejamento é uma “previsão para o calendário escolar que leva em conta o comportamento da pandemia pela covid-19, além das medidas discutidas e adotadas por recomendação do comitê de enfrentamento ao coronavírus de Timóteo e outras deliberações estaduais e federais”.
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Comentários

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Nilma

09 de maio, 2020 | 19:26

“Estou muito preocupada, como fica a situação do meu filho que está no último ano do ensino médio. Já estamos em maio e até hoje meu filho não teve nenhum dia de aula.
Já está na hora de fazer inscrição pro Enem e agora”

Bruno

07 de maio, 2020 | 07:27

“Ha uma coisa a se pensar , se não for pra escola tem que fazer isolamento também, o que tem de criança achando que está de férias pra rua a fora não tá no gjbi. Se for pra ficar na rua pode voltar pra escola lá tera até mais segurança do que na rua.”

H.

06 de maio, 2020 | 00:34

“Por experiência própria, aula virtual não substitui aula presencial, seja ensino fundamental, médio ou superior. Considero as aulas on-line muito importantes nesse momento para para manter o contato com a escola, mas não dá para considerar como conteúdo dado, como a maioria das escolas que tomaram essa iniciativa vem fazendo. A distração da maioria dos alunos vai lá longe, sobretudo das crianças e adolescentes, que não são todos (talvez a minoria deles) que têm pais capacitados e/ou disponíveis para cobrar e acompanhar. E não, professor não consegue vigiar o que o aluno está fazendo no outro lado da tela, se está acompanhando ou não. Fora os problemas com conexão e estrutura em casa, não são todos que têm um ambiente adequado. 2020 está sendo um ano perdido para os alunos de escolas que consideram como conteúdo concluído. Tenho mais dó de quem vai fazer ENEM.”

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