03 de maio, de 2020 | 07:03

PCMG procura mulher que aparece em vídeo de fake news sobre caixões em BH

Com sotaque artificial de mineira, mulher faz acusações sem fundamento e denuncia o prefeito de "belzonte", Alexandre Kalil

Reprodução de vídeo
Quem souber quem é essa mulher deve informar à Polícia de Minas Gerais pelo telefone 181Quem souber quem é essa mulher deve informar à Polícia de Minas Gerais pelo telefone 181

Um vídeo em que uma mulher aparece fazendo afirmações segundo as quais “caixões estão sendo enterrados com pedras e pedaços de madeira em vez de corpos em BH”, virou caso de polícia.

Com um sotaque notadamente falso de mineira, a mulher fala, mas não apresenta as imagens para provar a situação. Em tom de deboche cita o prefeito da capital mineira, Alexandre Kalil. "Vocês sabem que é o prefeito de Belzonte, né?", indaga.

Pois a assessoria de comunicação da Polícia Civil de Minas Gerais confirmou nesse sábado que investiga o caso. Na nota, a corporação confirma que instaurou procedimento para apurar a origem do vídeo e encontrar a pessoa que aparece nas imagens. “Quem tiver informações sobre essa mulher, é importante denunciar no 181”, diz o comunicado.

No vídeo da informação falsa, a mulher procurada diz que: "mandaram arrancar todos os caixões para poder fazer o exame e ver se é coronavírus mesmo. Sabe o que tem dentro do caixão? Pedra e madeira. Um monte de caixão cheio de pedra e madeira".

Na sexta-feira (1), a Prefeitura de Belo Horizonte já havia se manifestado sobre o vídeo, desmentindo as informações, classificadas pelo governo municipal como “sem fundamento”.

Em nota, a PBH também afirma que "os sepultamentos em cemitérios públicos e privados na capital mineira são realizados, exclusivamente, por profissionais específicos (coveiros) de cada necrópole - utilizando equipamento de proteção individual e adotando as medidas sanitárias cabíveis."

Nos cemitérios municipais da capital mineira, os sepultamentos são feitos mediante a apresentação de atestado de óbito ou da guia de sepultamento emitida pelo cartório em conformidade com as informações contida no atestado de óbito.

"Esta deve ser apresentada no cemitério, acompanhada de documentos pessoais do solicitante - familiar ou pessoa responsável pela solicitação -, que deve comprovar seu vínculo com o falecido (por meio de documentos pessoais e/ou procuração)", finalizou a nota da Prefeitura.

Alerta

O vídeo com a falsa informação foi encaminhado por um leitor à redação do Diário do Aço na sexta-feira. Na fala da mulher é possível perceber que o sotaque não é originalmente mineiro, mas uma imitação grotesca do jeito de falar dos mineiros.

Também no sábado dois moradores de Timóteo compartilharam o vídeo e foram logo alertados que se tratava de informação falsa. Em seguida, um dos cidadãos apagou o compartilhamento. Outro, entretanto, o manteve, mesmo alertado que era fake.
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