
26 de abril, de 2020 | 10:00
Estação Ipatinga completa 90 anos
A Estação Memória Zeza Souto foi registrada e reconhecida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), como ''Museu de Ipatinga''
Nesse mês de abril completa 90 anos da inauguração da antiga Estação Ipatinga, no traçado pioneiro da ferrovia Vitória a Minas no local que décadas mais tarde seria a rua Belo Horizonte, no Centro de Ipatinga. Transformada em museu, atualmente a Estação Memória Zeza Souto recebe exposições de artes, mas tem como papel fundamental manter viva a história do terminal que por várias décadas foi um apoio para o povoamento da região.
O simpático prédio restaurado data do fim da década de 1920, quando os engenheiros ferroviários decidiram que a solução para o problema que enfrentavam para o avanço da ferrovia à margem do rio Piracicaba, era evitar aquele trecho onde se localizava a estação de Pedra Mole (também restaurada recentemente). O terreno argiloso à margem do rio Doce e na vizinhança da foz do Piracicaba era um entrave à construção da estrada. Surgiu a iniciativa de mudar-se por completo o trajeto da ferrovia, a partir do local onde se localizada hoje a entrada para o Aeroporto Regional do Vale do Aço. A estrada de ferro passou a acompanhar, então, as margens do ribeirão Ipanema.
Para chegar ao local onde está hoje o Centro de Ipatinga, foi construído o pontilhão de ferro, sobre o ribeirão. Esse pontilhão atualmente é uma passagem de pedestres ligando o Centro ao bairro Veneza II. Na década de 1920 os trilhos foram transferidos da Estação Ferroviária de Pedra Mole em direção à nova estação, na rua Belo Horizonte. Surgia então a Estação Ipatinga, conhecida hoje como Estação Memória Zeza Souto”.
Os trens que ligavam Minas Gerais ao Espírito Santo pararam na estação da rua Belo Horizonte até 1951. Em 1952, por questão de economia, a empreiteira canadense Morrisson resolveu mudar novamente a estrada, desativando a estação da rua Belo Horizonte, medida que teria feito morrer de paixão o pioneiro Manoel Izídio.
Porém, mesmo desativada, foi mantido, na estação da rua Belo Horizonte, um terminal de trilhos, onde foram descarregados os materiais utilizados na construção da barragem da Usina Hidrelétrica de Salto Grande. O ponto de parada dos trens passou a ser provisoriamente uma pequena estação de madeira entre as ruas Congonhas e Januária, no Centro.
Sala de aula, abrigo, Casa da Memória, Estação Memória e Museu
Depois de servir como estação ferroviária, o prédio da rua Belo Horizonte ficou mais de dez anos no mais completo abandonado.
Uma nova ocupação se deu entre os anos 1963 e 1964, quando a antiga estação foi transformada em escola. Os alunos foram distribuídos na antiga Fazendinha da Belgo Mineira, residência de Manoel Izídio, e na desativada Estação Ipatinga. Mais tarde, em 1979, serviu de abrigo para famílias que perderam suas casas em uma grande enchente do Ribeirão Ipanema.
No dia 30 de dezembro de 1981, pelo decreto nº 1442 do então prefeito de Ipatinga João Lamego Neto, o imóvel foi declarado tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Municipal.
Em fevereiro de 1992 é assinado pelo prefeito Jamil Selim José de Sales, o documento entre a Prefeitura de Ipatinga e a então Companhia Vale do Rio Doce para o início da restauração do imóvel da antiga Estação Ipatinga. Em dezembro de 1992, já na gestão do então prefeito Chico Ferramenta com a participação da Vale do Rio Doce, a restauração do imóvel foi concluída, sendo finalmente, em abril do ano de 1993, aberta à população com o nome de Casa da Memória”.
Posteriormente, foi denominado de Estação Memória Tom Jobim”. Desde então, o local abriga parte do acervo documental e fotográfico da cidade, serve de espaço para exposições de artes e artesanato, além de ter a sua área utilizada para realização de shows e outros eventos.
No ano de 2006, um projeto proposto por José Augusto de Moraes (autor da coletânea Ipatinga Cidade Jardim”.) ao então vereador Lauro Botelho, e aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Ipatinga alterou o nome para Estação Memória Zeza Souto”. Zeza Souto trabalhou na colocação de dormentes da Estrada de Ferro Vitória a Minas e foi bilheteiro da Estação da rua Belo Horizonte.
A Estação Memória Zeza Souto foi registrada e reconhecida pelo Ibram (Instituto Brasileiro de Museus), como Museu de Ipatinga”. A partir daí, participa de todos os eventos: Semana Nacional de Museus e Primavera de Museus, em nível nacional.
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Ipatinga
26 de abril, 2020 | 22:58Virou abrigo de sem teto. Até aí entendo que precisam de um lugar. Porém estão Ipatinga condições lastimáveis. Fazem qualquer lugar de banheiro. Um fedor insuportável. Local inseguro. Para eles, usuários de ônibus pq em frente tem um ponto e para os comerciantes em volta.”
Wilian Junior de Oliveira
26 de abril, 2020 | 16:33So da usuários de crack lá. Deveriao cercar la igual estao fazendo na prefeitura”