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24 de abril, de 2020 | 00:01

Muito otimista

Fernando Rocha

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Fernando RochaFernando Rocha
Com o futebol paralisado há mais de um mês, em razão da pandemia do Covid-19, a pergunta que não quer calar é: quando e como tudo isso irá terminar? Com a mudança na gestão do Ministério da Saúde, que sinaliza para uma flexibilização mais rápida para reativar a economia, a CBF acenou para as Federações estaduais e clubes com uma possibilidade MUITO OTIMISTA, que inclui o retorno do futebol em junho, ou seja, daqui a um mês e meio.

Neste caso, a volta seria apenas para torneios estaduais em alguns Estados onde a pandemia do Covid-19 não estivesse fora de controle, como é o caso de Minas Gerais. O modo como o futebol voltaria é que não está totalmente definido, mas é certo que pelo menos até o fim deste ano não haverá a presença de público nos estádios, além de se tornarem obrigatórias uma série de medidas adicionais de controle ara evitar a doença.

Só incerteza
Quanto às competições nacionais, que deveriam começar em maio, no último encontro da CBF com os clubes, através de videoconferência, ficou praticamente acertado que o Campeonato Brasileiro das séries A e B deverão se estender pelo menos até janeiro de 2021. Há consenso no sentido de manter a fórmula atual de pontos corridos, com 38 rodadas, para não haver quebra de contrato com a TV e perda de receita para os clubes.

A CBF montou uma equipe, que faz reuniões virtuais diárias e elabora esboços os mais variados para o retorno das competições, com dezenas de fórmulas e caminhos prontos com este objetivo. No cenário atual, existe uma grande possibilidade de o Brasileirão ter início em agosto, com término previsto para janeiro de 2021, mas tudo depende do sinal verde das autoridades de saúde, que vão indicar qual o caminho a ser seguido.

FIM DE PAPO
• Um dos maiores dificultadores para o início do Brasileirão das Séries A e B é que, dos 20 clubes participantes, nove são de estados diferentes, exigindo deslocamentos aéreos, hoje reduzidos e sem prazo para volta à normalidade. Maio já é dado como um mês perdido para o início de qualquer competição. Seria ótimo se os times pudessem voltar a treinar, com os jogadores seguindo os protocolos de segurança preestabelecidos pelas autoridades de saúde. Todos terão de passar por testes da Covid-19 e usarem minimamente as instalações ou CT’s.

• Na Alemanha, o país europeu que melhor soube tratar as questões do Covid-19, a Bundesliga se diz pronta para a volta do campeonato nacional em maio. O Bayern de Munique, por exemplo, voltou aos treinamentos com seus atletas divididos em pequenos grupos de quatro pessoas. Cada grupo realiza atividades em horários diferentes e os jogadores respeitam a distância de ao menos dois metros entre eles. Os treinamentos englobam atividades diversas, incluindo condicionamento físico, treinos posicionais e de finalização.

• Nas próximas semanas, a programação prevê aumentar o tamanho dos grupos de trabalho para até sete atletas. Este modelo alemão deverá ser seguido pelos nossos grandes clubes, mas nele há um ponto fundamental, que por enquanto aqui é inimaginável. Os atletas alemães e demais membros do grupo são submetidos a exames sanguíneos ao menos três vezes por semana para identificar e separar os contaminados, coisa que neste momento, no Brasil, é inimaginável, considerando que faltam testes para identificar até as vítimas que vão a óbito ou estão internadas em estado grave nos hospitais.

• Quanto à volta das partidas oficiais, a Bundesliga também serve de parâmetro para o futebol brasileiro. Lá, uma partida só poderá ser realizada com a presença de aproximadamente 240 pessoas, cuja relação inclui jogadores e staff dos clubes, árbitros e oficiais, além dos responsáveis pela transmissão televisiva. Há um problema ainda não resolvido em relação ao VAR, que atualmente fica numa sala única e provoca aglomeração, o que não é permitido. A tendência é que seus integrantes sejam reposicionados na distância permitida, em monitores separados.

• As próximas semanas serão importantes para a evolução do debate sobre o retorno do esporte, principalmente na Europa, com reflexos aqui nos nossos grotões. As mais importantes ligas de futebol, como a inglesa, francesa e espanhola, seguem sem divulgar nada em termos futuros. A Bélgica preferiu uma solução que considerou fácil, mas foi drástica e imprópria: para curar o doente, matou o doente. Os belgas optaram para encerrar a temporada declarando o líder Brugge como campeão.

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