23 de abril, de 2020 | 16:30

Ex-presidente do Cruzeiro gastou R$ 14 mil do cartão corporativo em férias

Vinícius Silva/Cruzeiro

Cerca de 11 meses antes de sucumbir à pressão da torcida e renunciar ao cargo de presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá aproveitou mordomias às custas do combalido caixa do clube. Documentos obtidos pelo Superesportes mostram que o antigo mandatário utilizou o cartão corporativo do clube, em janeiro de 2019, para pagar compras de uma viagem no valor total de R$ 13.956,00.

A ida de Wagner à Bahia, em 2019, foi a comemoração do ex-presidente para o então bicampeonato recém-conquistado da Copa do Brasil, no fim de 2018, que rendeu ao Cruzeiro a premiação de cerca de R$ 62 milhões. A festa era tamanha que o presidente e seus familiares utilizaram as redes sociais para divulgar imagens da paisagem de Arraial D’Ajuda, distrito de Porto Seguro, no litoral do estado.

Nos vídeos mostrados à época, Wagner aparecia quase sempre da mesma forma: aparentemente embriagado, com óculos escuros e fazendo muita festa. As divulgações frequentes deram a ele, pela torcida, o apelido de ‘presida raiz’ - termo utilizado pelas novas gerações para classificar aqueles que vivem como antigamente, sem ‘gourmetizar’ seus hábitos ou atividades. O ex-presidente, porém, pouco tinha de ‘raiz’.

Fatura do cartão de crédito corporativo obtida pela reportagem mostra que Wagner gastou R$ 7.466 com diárias no Mucugê Village Resort, razão social do Kûara Hotel, hospedagem de alto luxo, cinco estrelas, inaugurado no segundo semestre de 2018. De acordo com o site da empresa, "trata-se de um conceito 'hotel pé na areia', que cobre área de aproximadamente 27 mil m²’.

E teve mais. Além de pagar R$ 3.164 a uma operadora de turismo nesta viagem, Wagner utilizou o cartão corporativo do Cruzeiro em Arraial D’Ajuda para consulta no Hospital Neuroccor, em Porto Seguro (R$ 1.267), e para alugar um veículo na Localiza (R$ 325). O montante envolvendo restaurantes, bares e cafés foi quitado da mesma forma. Com o cartão, Wagner fez cinco compras em lojas de alimentação, que totalizaram R$ 1.700. (Superesportes)
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