20 de abril, de 2020 | 15:00
Problemas psicológicos x COVID-19
Marina Franco *Com a chega do COVID-19 no Brasil, podemos notar que o comportamento das pessoas mudou. Surgiu não apenas a epidemia do vírus, mas também a do medo. Somos um povo muito caloroso e receptivo, gostamos de estar junto dos amigos, de participar de comemorações ou do famoso churrasco do fim de semana. No entanto, a doença forçou todo mundo a se isolar e sem poder mais mostrar nosso carinho nem estar presentes no dia a dia, como antes.
O isolamento pode ser, sim, um gatilho que propicia o surgimento de alguns problemas psicológicos. Para que sejam evitados esses quadros, devemos tentar minimamente manter a rotina. Devemos também tentar conversar e manter contato, mesmo que através das tecnologias, com amigos e conhecidos.
Não devemos deixar os idosos sozinhos, porque eles estão no grupo de risco e podem estar com um medo e ansiedade muito maior. Eles podem entender essa ausência de contato como uma espécie de abandono. Temos que estar a todo o momento explicando e informando a eles o porquê do nosso distanciamento, que nesse caso é para protegê-los. Tantos os mais jovens como os idosos devem buscar atividades que os mantenham ocupados e que lhes dão prazer. Procure hobbies, assista filmes, leia livros ou assista aulas na internet.
É muito importante que, nesse momento, as pessoas não entrem na epidemia do pânico para não começarem a sentir sintomas que são do COVID-19, como por exemplo, a falta de ar. Existe um pânico como um transtorno mental individual, que afeta o físico. Existe o medo constante da morte como ainda o pânico cultural”, que é o medo de pensar no que vai ou pode acontecer no futuro.
A falta de ar do pânico surge quando existe o medo de morrer e não se tem controle da situação. Não tem uma causa específica e vem associado a outros sintomas como boca seca, taquicardia, sudorese entre outros. Já a falta de ar do COVID-19 é diferente, pois manifesta sintomas dessa condição junto aos da gripe, congestão nasal, tosse e febre.
Mas o que fazer para não entrar em pânico ou ter crises de ansiedade? Busque somente informações confiáveis sobre o coronavírus e delimite um tempo por dia para ver essas notícias. Caso perceba que está muitas horas em função das notícias, isso pode aumentar a ansiedade e fazer com que fique em estado de alerta, além de mal-estar mental e físico associados.
Precisamos estar atentos às informações corretas, à prevenção e a como podemos fazer para não sermos contaminados. O ideal é que busquemos dados que nos tranquilizem e não que nos deixem mais amedrontados. O importante nesse momento é pensar em tudo que a gente tem controle e no coletivo! O que não temos controle, devemos aceitar e continuar fazendo a nossa parte.
Uma alternativa é atendimento online com psicólogos. Caso você já se consulte com um profissional, pode manter aquele mesmo horário ou o profissional também pode atender pessoas que estejam sofrendo agora em virtudes dessas mudanças na rotina. Os atendimentos são feitos através de canais como Skype, ou até mesmo através de chamadas de vídeo no Whatsapp. Assim como você faz com amigos, você pode fazer uma consulta psicológica online no conforto de sua casa e recebendo um atendimento que, com certeza, vai te fazer muito bem.
* Psicóloga formada pela Universidade Federal de Sergipe; Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental pelo CTC VEDA em São Paulo; Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-SP; realiza atendimento presencial e online. Tem experiência no atendimento com adolescentes e adultos.
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Tião Aranha
20 de abril, 2020 | 18:07Durante essa crise gerada pelo Corona, torna-se quase que tarefa habitual para o psicólogo trabalhar com os pacientes as técnicas psicoterápicas do quadro emocional /comportamental - quando apresentados por pessoas com dificuldades para lidarem com a situação de Insegurança. Donde se conclui que realmente [os valores sócio-econômicos têm o poder de modular as nossas vidas]. Com a grande aglomeração e transporte de pessoas, transportamos doenças, vírus e bactérias de um lugar pro outro. Daqui pra frente, até por uma questão de sobrevivência, esse sistema capitalista selvagem ao qual estamos acostumados, felizmente está-se chegando ao final-, teremos que respeitar o ambiente dos espaços físicos entre as pessoas se quisermos sobreviver; tá parecendo que é mesmo um desafio que vem de Deus. Pois, 'esse maior desafio' será evoluir ao ponto de acompanhar a evolução do mundo cá fora - tirando um pouquinho de quem tem muito e repartir com quem não tem nada; sendo sua missão preparar e ao mesmo tempo extrair a alma de um homem da escuridão da ignorância, da servidão da carne, para a luz e a liberdade dos Filhos de Deus.”
Gildázio Garcia Vitor
20 de abril, 2020 | 17:07Após esta pandemia da Covid-19, os muitos sobreviventes do mundo inteiro, principalmente os brasileiros, teremos que reaprender a viver em comunidade.”