18 de abril, de 2020 | 16:00

O drama continua

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Continua o drama sobre se o futebol volta ou não volta aqui no Brasil, e em todo o continente, com reuniões sucessivas dos dirigentes, sem que se consiga projetar algo de concreto para o futuro próximo.

Um encontro ocorrido entre clubes locais, na sede da Federação Paulista, na última quarta-feira, foi muito aguardado por se tratar do mais importante estadual do país, levando em conta que qualquer decisão tomada poderia repercutir no país inteiro.

Porém, depois de muito “blábláblá” dos cartolas, chegou-se à conclusão óbvia de que eles só poderão retomar os jogos e competições depois que as autoridades da saúde derem o sinal verde, ou seja, depois que o processo de combate ao Covid-19 estiver consolidado.

Nova perspectiva
Tudo caminhava para o encerramento da semana no mais do mesmo até que, na sexta-feira, o presidente Bolsonaro resolveu demitir o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, nomeando para o seu lugar o médico-oncologista Nelson Teich.

Com isso, na visão de uma parcela dos cartolas nacionais, abre-se uma nova perspectiva, pois o ministro Teich chega com novas ideias, mais próximo do que pensa o presidente da República, contrário ao isolamento que vinha sendo praticado.

Até então, a expectativa mais otimista era pela volta do futebol em junho, em jogos com os portões fechados e uma série de restrições, sobretudo com um limite do número de acessos das pessoas aos estádios.
Agora, com o novo comando no Ministério da Saúde, o panorama pode mudar, na visão desses dirigentes, confiantes numa retomada das competições, a começar pelos estaduais, a partir da segunda quinzena de maio.

FIM DE PAPO
• Quem curte o bom futebol e agora está com tempo para isso, ao menos tem sido premiado, neste período de isolamento por conta do Covid-19, com boas reprises de jogos nacionais, internacionais e conquistas da Seleção Brasileira, quando ainda despertava o sentimento que Nelson Rodrigues chamou de “pátria de chuteiras”. Tanto as emissoras de TV quanto as plataformas digitais têm oferecido boas imagens de momentos marcantes, que se tornam um divertimento na falta de mais o que fazer.

• Sempre gostei de rever jogos do passado, alguns que decidiram títulos, pois é uma boa maneira de comparar estilos, esquemas táticos, até mesmo o desempenho de jogadores cuja fama conquistada nem sempre corresponde à realidade do que fizeram em suas épocas. Temos o hábito natural do saudosismo, de achar que o futebol no passado sempre foi melhor do que estamos vendo no presente, o que nem sempre é a verdade absoluta.

• O que não dá para deixar de exaltar como algo realmente fantástico foi a Seleção de Pelé, Tostão, Gerson, Jairzinho, Rivelino e tantos outros craques, que conquistaram o tricampeonato mundial no México, em 1970. A repetição dos jogos durante esta semana, pelo SporTv, nos deu a chance de ver novamente toda esta constelação de craques, além de poder constatar o quanto ainda é atual o esquema tático empregado por aquele time, sob o comando do “velho lobo” Zagallo.

• Já revi várias vezes os jogos da seleção de 1970, mas sempre que assisto novamente vejo algo diferente, o que nos dá um prazer insuperável. A conquista do tri no México está a dois meses de completar 50 anos e, no entanto, para muitos, entre os quais me incluo, dá a impressão de que foi "ontem". Como jogaram aqueles craques, cuja precisão nos passes, nos dribles, nas finalizações, visão de jogo, fizeram com que esta seleção seja considerada por nós e no mundo inteiro, quase por unanimidade, a melhor de todos os tempos. “A tabelinha de Pelé e Tostão confirma a existência de Deus.” Armando Nogueira. (Fecha o pano!)
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Comentários

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Tião Aranha

18 de abril, 2020 | 18:00

“É porque o nosso sistema tático no futebol não mudou, não evoluiu, que continuamos na lanterna só fabricando "estrelas" para o exterior. O momento agora é: Ver, Julgar e Agir.
É a tríade de palavras que na prática está faltando mais na Classe política brasileira que ao invés de ficar só fazendo politicagem deveria se preocupar mais com os interesses da Coletividade - deixar de lado a Demagogia - do que visar e fixar somente seus interesses próprios - o que erradamente fazem. Fora isso o que se vê é só violência, descaso na saúde, na educação e na segurança de seu povo oprimido e humilhado num verdadeiro "salve-se quem puder". Futebol é paixão dos brasileiros, ou melhor 'da pátria de chuteiras' que faz jus ao refrão do Nelson Gonçalves, que, tem a sua maior incógnita futura - se vai ou não vai prevalecer sua hegemonia de estádios sempre cheios - passado o surto do Coronavírus.”

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