10 de março, de 2020 | 18:00

Ultramaratonista irá percorrer mais de 300 km na Itália

Morador de Ipatinga, Henrique Alves vai encarar desafio no mês de setembro

Wôlmer Ezequiel
Henrique Alves destaca importância do planejamento e preparação para a provaHenrique Alves destaca importância do planejamento e preparação para a prova

Frio, calor e todo tipo de obstáculos. No mês de setembro, o ultramaratonista Henrique Alves, de 39 anos, irá à Itália, onde vai encarar 356km de trilhas (trail run). O percurso começa e termina em Courmayeur, no Vale de Aosta e será o maior desafio da carreira do engenheiro.

Henrique pratica atividade física desde criança, já foi nadador da Usipa e, em certa altura da vida, teve de fazer outras escolhas. Em 2011 participou da Volta da Pampulha e ali começou sua história. “Por lá encontrei um amigo e animamos de fazer uma maratona, corri algumas, mas já estava um pouco enjoado do ambiente de rua, que é muito competitivo. Resolvi procurar outro formato, no sentido de finalizar minha carreira como corredor com chave de ouro. Me encontrei nas ultramaratonas, isso já faz uns sete anos”, recorda.

Sua primeira ultramaratona foi a Patagonia Run. Depois disso, começou a correr 100 milhas (160km). “Ano passado fiz uma de 235km, fiquei em terceiro lugar, em Passa Quatro (MG). E resolvi tentar essa vaga, fui selecionado entre os cinco brasileiros que vão para essa Tor des Géants. O trajeto é grande e passamos não apenas em trilhas. Tem alguns pequenos pedaços que cruzam cidades e depois voltam para a trilha. É uma corrida que você faz o seu tempo, dorme e se alimenta quando quer, mas o que é proibido é dormir na trilha, pois pode ser perigoso”, explica.

Seu percurso máximo até hoje foi de 235km e o planejamento de treino é terminar a prova com 100 horas, feito nunca alcançado por nenhum brasileiro. “Mas terminando a prova já é bastante significativo. Me preocupo com detalhes, como consumo de água, que precisa ser dosado. Não se pode beber muito e nem pouco, precisa descansar e também se alimentar. Tem todo um planejamento. Mas se Deus quiser, com 100 horas a gente chega”, estima.

Desafio
O ambiente de montanha é muito incerto, adianta Henrique, que já esteve naquela região, mas do lado francês. “Às vezes ocorre de ter uma temperatura muito alta, como 35 graus, e com 10 minutos pode começar a nevar. Nesse local mudava o tempo sempre. Se tiver neve depositada, mas com sol, a temperatura é agradável”, detalha.

Coronavírus
Questionado se há alguma preocupação com o coronavírus, já que a Itália está em alerta, ele pondera que algumas doenças são mais preocupantes. “A preocupação é mínima, mas se não for controlado, pode ser que a prova seja cancelada, esse é um risco. Mas creio que até lá vai estar controlado, na China mesmo o alarde maior foi algo em torno de dois meses. À medida em que o verão se aproximar, o corona vai se dissipando”, vislumbra.

Vaquinha para ajudar nas despesas

Henrique Alves ainda não tem patrocínio para encarar a ultramaratona e, para isso, criou um post no site vakinha. “Não tenho nenhum suporte financeiro. É um custo elevado, se alguém quiser ser patrocinador, será bem-vindo. Só a inscrição são 750 euros, é puxado. Ainda tem passagem aérea, hospedagem e estou disposto a fazer parcerias, posso palestrar, falar sobre planejamento, enfim. É preciso ter um plano muito bem feito, mesmo que esteja bem treinado, é uma somatória de fatores para chegar ao percurso. E não pode faltar motivação, essa é fundamental. O que eu acho muito bacana nas provas de montanha é que você está em contato com um ambiente natural, hostil, selvagem, com o clima que varia constantemente, além do desafio da longa jornada. Esses são os pontos mais importantes e que vejo como diferença do esporte para a corrida de rua. A diversão é muito maior”, assegura.

Para contribuir com a jornada de Henrique, basta acessar o site vakinha online e pesquisar por ''Tor des Geants – Apoio Henrique Alves Ultra'', ou entrar em contato por meio do celular 99862-6527.
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Comentários

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João Tavares

11 de março, 2020 | 18:06

“358 km.... Nem de carro! Rs! Uma tremenda inspiração, representará bem o Vale do Aço e Minas Gerais. Força! Servirá de inspiração pra muitos encontrarem o caminho da saúde!”

Gervasio Nunes

10 de março, 2020 | 23:54

“Vaquinha pra ajudar um dono de 2 pontos comerciais???? Fala sério!!!”

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