07 de março, de 2020 | 09:26

Ronaldinho Gaúcho passa a noite numa cela

A Justiça paraguaia decidirá se revoga o pedido de prisão preventiva de Ronaldinho e Assis ou se os dois irmãos permanecerão detidos no país

Divulgação/Ministério Público do Paraguai
Ronaldinho Gaúcho e Assis prestaram depoimento na sexta-feiraRonaldinho Gaúcho e Assis prestaram depoimento na sexta-feira

Detido por autoridades paraguaias pelo uso de carteiras de identidade e passaportes adulterados no país, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão, Roberto de Assis, passaram a noite em uma cela da Agrupación Especializada da Polícia Nacional, uma instalação anteriormente usada como cadeia comum mas que atualmente recebe apenas alguns presos de maior relevância.

A informação é do globoesporte.com. A Justiça paraguaia decidirá se revoga o pedido de prisão preventiva de Ronaldinho e Assis ou se os dois irmãos permanecerão detidos no país. O advogado contratado por eles, Adolfo Marin, deixou a cadeia no fim da noite de sexta-feira, mas não deu detalhes da situação:

Ronaldinho Gaúcho e Assis prestaram depoimento na sexta-feira. A audiência com o juiz Mirko Valinotti, do Juizado Penal de Garantias de Assunção, durou cerca de seis horas. Depois de ouvi-los, o magistrado disse que não aceitou a tese do Ministério Público do Paraguai, que considerava os dois brasileiros livres de processo por terem colaborado com a investigação. Valinotti decidiu dar dez dias de prazo para o MP investigar o caso e dar seu parecer definitivo.

Apesar da decisão de Valinotti, Ronaldinho e Assis não tinham, naquele momento, impedimento legal para deixar o Paraguai, e planejavam voltar para o Brasil na madrugada deste sábado. No entanto, após o pedido do juiz Valinotti, o MP paraguaio decidiu solicitar a detenção dos dois irmãos, para impedi-los de deixar o país.

Ronaldinho e Assis tiveram os documentos retidos na quinta-feira, um dia depois da chegada ao Paraguai para participar de eventos promocionais. De acordo com o Ministério Público paraguaio, o uso de documentos públicos com conteúdo falso pode levar a uma pena de cinco anos ou multa. No entanto, o MP entendeu que Ronaldinho e Assis deram vários dados relevantes à investigação, quando ele e Assis admitiram o erro pelo uso dos documentos.

O MP considerou que ambos "foram enganados em sua boa fé". A promotoria decidiu usar o “critério de oportunidade”, recurso no Código Penal paraguaio que deixaria livre de processo Ronaldinho e seu irmão. Ele é usado quando os suspeitos admitem o delito e não têm antecedentes criminais no país. A audiência desta sexta poderia ter resultado em uma pena de reparação social. A sugestão, no entanto, não foi aceita pelo juiz Mirko Valinotti.

Os passaportes e cédulas de identidade paraguaios do ex-jogador e de Assis foram expedidos ao nome de María e Esperanza e depois adulterados para possuírem os dados de Ronaldinho e o irmão. Ambas foram detidas e compareceram à sede da Promotoria contra o Crime Organizado na noite desta quinta, mas permaneceram em silêncio. Elas foram acusadas de uso de documentos públicos com conteúdo falso, e ficaram detidas no Palácio de Justiça. Nesta sexta, María e Esperanza foram colocadas em prisão domiciliar.

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