01 de março, de 2020 | 12:00

Presídio de Carangola passa por expansão e melhorias com trabalho dos presos

Resultados incluem ampliação de vagas em 40%, adequação às normas de acessibilidade e reforço na segurança

Divulgação / Sejusp
Detentos trabalham na construção de celas, muralha, passarela, pátio e salas operacionais e administrativas  Detentos trabalham na construção de celas, muralha, passarela, pátio e salas operacionais e administrativas
Agência Minas
O Presídio de Carangola, na Zona da Mata mineira, passa por obras de ampliação e melhorias, com previsão de término até maio deste ano. Aproximadamente 20 detentos da própria unidade trabalham, há cerca de dois anos, na construção de celas, muralha, passarela, pátio e salas operacionais e administrativas. A execução não onerou o Estado, pois a mão de obra é integralmente carcerária e os recursos utilizados foram obtidos por meio de verbas pecuniárias.

A partir das edificações, a capacidade do presídio crescerá 40%, com a criação de 24 novas vagas. Atualmente, elas somam 60. Outra preocupação da diretoria é com a segurança no espaço: um paredão que vem sendo construído impedirá o acesso dos pavilhões ao pátio. Além disso, todo o prédio está se adequando às normas de acessibilidade, recebendo estruturas como rampas para cadeirantes.

A reforma teve início em 2018, quando foi levantado o pátio para banho de sol. Em seguida, foram entregues portaria, almoxarifado, área de inspetoria, local para vistoria de alimentos e dois ambientes destinados à revista de visitantes, sendo um feminino e um masculino. No momento, estão sendo implantadas quatro celas e uma passarela que liga dois muros.

Ocupação

Para os internos empregados, a principal vantagem é receber remição de pena em troca do trabalho. A diretora-geral do presídio, Ellen Leal, destaca a importância de mantê-los ocupados. "São vários os benefícios. Há um impacto positivo na disciplina de todos os detentos, que ficam interessados em receber a mesma oportunidade. Também gera economia para o Estado, uma vez que a maior despesa da construção civil está no pagamento dos operários", afirma.

Na unidade, existem ainda presos que atuam, internamente, na faxina e na distribuição de alimentos; e externamente, oferecendo serviços a parceiros como a Prefeitura de Carangola e a Ordem dos Advogados do Brasil ou a empresas, por meio de cartas de emprego. Eles desempenham funções como limpeza e capina de áreas públicas e regiões próximas a rios, auxiliando no combate à dengue e em serviços gerais e administrativos.

Timóteo

O Presídio de Timóteo, na região do Rio Doce, também passa por obras de ampliação, desde as últimas semanas de janeiro. Com previsão de término em nove meses, a unidade deve receber 72 novas vagas. Atualmente, elas somam 80. Cerca de dez detentos trabalham na construção, podendo chegar a 18. Eles recebem remição de pena em troca dos serviços prestados.

As verbas utilizadas na reforma também têm origem pecuniária. No entanto, a diretora-geral, Maurice Gonzaga, vem buscando parcerias na área siderúrgica para a produção de grades. Além disso, uma psicóloga tem acompanhado os internos empregados, com objetivo de reforçar a autoestima dos envolvidos.

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Comentários

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Liocina

01 de março, 2020 | 22:41

“Parabéns a essa atitude humanitária de dar as pessoas o valor que elas tem. Não é porque erramos que temos que ser tratados como peso morto. Todos são úteis e precisam ser pra não se sentirem pior . Ah! Se o sistema de correção em nossa sociedade aplicassem esse modo de valorizar as pessoas, mesmo os que erraram e estou pagando por seu erro.”

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