29 de fevereiro, de 2020 | 07:59

É possível amar o filho sem amar a maternidade?

Layane Óliver *


Há uns dias uma seguidora me mandou uma mensagem aflita, dizendo que ama o filho, mais que ela mesmo, mas que não amava a maternidade e todas as bagagens que ela traz.

Ela me perguntou se isso era normal, pois são duas coisas conectadas, mas que ao mesmo tempo tem pesos diferentes. Vocês também já tiverem esse sentimento?

Já se perguntaram se é possível amar o seu filho e não amar a maternidade? Eu já, várias vezes.

Quantas vezes já pensei em situações que seriam totalmente diferentes se eu não tivesse filho. Lembro-me das noites que passava em claro amamentando e com Antônio no colo.

Pensava se algum dia eu voltaria a dormir bem novamente, cheguei até a pensar que eu não daria conta da rotina e que eu não tinha nascido pra ser mãe.

Hoje, o que mais me incomoda na maternidade, é não ter um tempo com qualidade. A sobrecarga é grande e, com ela, vêm as restrições.

Temos tempo limitado pra tomar banho, hora pra acordar (cedo, é claro), almoçamos na correria, não relaxamos pra nada. Isso é o que eu não gosto, mas cada mãe vive uma experiência diferente, cada uma tem uma função que não gosta na tarefa de ser mãe.

Tem mãe que não gosta de fazer o filho dormir, outra não gosta de brincar, dar comida, amamentar e por aí vai. Não gostar de uma função que a maternidade traz, não quer dizer que não amamos os nossos filhos. Você não é uma péssima mãe por isso.

Não existe maternidade perfeita, mas existe a mãe perfeita. Você é a mãe perfeita para o seu filho, do jeitinho que é, mesmo não gostando de fazer certas coisas. Nunca duvide do amor que você sente por ele.

* Jornalista, mãe. Acompanhe no insta instagram.com/layanejornalista


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