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19 de fevereiro, de 2020 | 20:44

Senador Cid Gomes tenta invadir quartel da PM em greve e é baleado no CE

Reprodução de vídeo
Ciro Gomes divulgou que seu irmão foi atingido por dois tiros, mas não corre risco de morrerCiro Gomes divulgou que seu irmão foi atingido por dois tiros, mas não corre risco de morrer

O senador licenciado Cid Gomes (PDT-CE) foi atingido por dois tiros nesta quarta-feira (19), em meio a um protesto de policiais miltiares em Sobral, no Ceará. O caso ocorreu na região norte, em frente ao Batalhão da Polícia Militar. A primeira informação era que o senador fora atingido por tiros de borracha.

A assessoria do pedetista corrigiu a notícia, afirmando que os ferimentos foram provocados por arma de fogo. Cid Gomes foi encaminhado ao Hospital do Coração de Sobral e passa pelos procedimentos de estabilização. A intenção é transferi-lo para a Santa Casa de Misericórdia.

No momento dos disparos, o senador pilotava uma retroescavadeira e tentava furar um bloqueio feito por policiais militares grevistas. O governo do estado do Ceará vem travando uma batalha com os policiais, por causa da greve. Os tiros quebraram os vidros do veículo e feriram o parlamentar. Gravações feitas no momento da confusão mostram sangue na região do tórax.

Pelo Twitter, o irmão do senador, o político Ciro Gomes, disse que Cid foi atingido por dois tiros, mas que não corre risco de morrer. "Até aqui as informações são de que as balas não atingiram órgãos vitais, apesar de terem mirado seu peito esquerdo", escreveu.

Ciro disse, ainda, esperar punição. "Espero serenamente, embora cheio de revolta, que as autoridades responsáveis apresentem prontamente os marginais que tentaram este homicídio bárbaro às penas da lei", completou.

Cid Gomes, que está licenciado do Senado, organizava um protesto contra um grupo de policiais que tenta impedir o trabalho da Polícia Militar. Nesta quarta-feira, policiais em busca de aumentos salariais secaram pneus de viaturas para impedir que os agentes de segurança atuassem na ruas.

Entenda o caso no Ceará

A paralisação dos policiais militares e bombeiros do Ceará é motivada pela insatisfação da tropa com reajustes salariais propostos pelo governador Camilo Santana (PT). A greve foi considerada ilegal.

Segundo a Constituição Federal, militares federais ou estaduais são expressamente proibidos de participar de sindicalizações ou greves. A previsão está contida no artigo 142, parágrafo 3, que diz respeito somente aos membros das Forças Armadas, mas, pelo artigo 42, passa a compreender também as Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares.

O governador do Ceará, Camilo Santana, solicitou ao governo Jair Bolsonaro o apoio de tropas para reforçar a segurança no Estado, após quatro batalhões da Polícia Militar serem atacados. Os ataques foram feitos por pessoas encapuzadas, mas há suspeita de que os responsáveis sejam policiais.

Segundo Santana, as ações foram feitas por homens mascarados que seriam "alguns policiais" e "mulheres que se apresentam como esposas de militares. O secretário de Segurança Pública do Ceará, André Costa, informou que três policiais militares foram presos em flagrante por estarem furando pneus de viaturas em Fortaleza, enquanto um oficial foi conduzido à delegacia em Juazeiro do Norte por estar com um capuz no bolso e armado. Outros 261 policiais estão sendo investigados por suspeita de participação nas ações.

Ministério da Justiça determina envio da Força Nacional

O Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que "está acompanhando a situação no Ceará e analisando as providências que podem ser tomadas".

De acordo com a pasta, equipes da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal foram enviadas para Sobral para garantir a segurança do senador.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, autorizou na noite de quarta-feira, o envio da Força Nacional de Segurança Pública para o Estado do Ceará.

"Recomendo que sejam tomadas as necessárias providências para que o movimento paralisação seja encerrado o mais brevemente possível", escreveu o ministro .

Senado

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, disse que já conversou com o ministro da Justiça, Sergio Moro, e com o governador do Ceará, Camilo Santana, para se informar do ocorrido. “Acompanho com preocupação os desdobramentos do ocorrido com o senador Cid Gomes, na tarde desta quarta-feira (19), em Sobral, no Ceará. Entrei em contato com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e com o governador do Ceará, Camilo Santana, para obter informações e garantir a segurança do parlamentar”, disse Alcolumbre em nota divulgada por sua assessoria.

Cid Gomes está licenciado do Senado, sem pagamento de salário, desde o início de dezembro, para resolver assuntos particulares. A licença do senador do PDT do Ceará é de 120 dias. Durante esse período, Prisco Bezerra (PDT-CE) o substitui no Senado.

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Comentários

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Paulo Felício

20 de fevereiro, 2020 | 23:13

“Eles são marginais, Ciro? E teu irmão é o quê? Não tem que ter punição pra ele também não? Quem cometeu tentativa de homicídio foi ele! Os policiais agiram em legítima defesa!”

Leoncio Simoes

20 de fevereiro, 2020 | 08:25

“O coronel se deu mal ainda temos os coroneis
Ceara. Familha gomes
Bahia. Magalhaes
Ainda temos familha sarney,familha barbalho,
Familha juca,familha nerves.......
I a familha politica onde o cartel e maior.”

Zoio de Zoiar

20 de fevereiro, 2020 | 00:08

“CPM - Decreto Lei nº 1.001 de 21 de Outubro de 1969
Art. 302. Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em outro lugar sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave.
Em tese o Senador cometeu um crime previsto em legislação vigente. O sentinela do quartel apenas repeliu uma injusta ameaça e posteriormente uma invasão em área sujeita a administração militar.”

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