19 de fevereiro, de 2020 | 19:00

Alunos manifestam apoio à greve dos professores da rede estadual

A categoria reivindica propostas de pagamento do piso salarial nacional, a quitação do 13º salário de 2019 e a interrupção de políticas que dificultam o acesso à Educação

Divulgação
O protesto ocorreu em frente à Escola Estadual Amaro LanariO protesto ocorreu em frente à Escola Estadual Amaro Lanari

Estudantes da Escola Estadual Amaro Lanari Junior, no bairro Ideal, em Ipatinga, manifestaram apoio aos professores da rede estadual, que estão em greve há nove dias. A categoria reivindica propostas de pagamento do piso salarial nacional, a quitação do 13º salário de 2019 e a interrupção de políticas que dificultam o acesso à Educação.

Na manifestação na manhã desta quarta-feira (19), a aluna Luísa Inácio Profiro, do terceiro ano, informou que a manifestação contou com a participação de cerca de 30 estudantes. “O protesto teve o intuito de alertar as pessoas sobre a situação das escolas estaduais e de apoiar os professores que estão de greve. Queremos reivindicar também nossos direitos. É preciso ter melhorias na educação”, afirmou.

Balanço
A diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), subsede de Ipatinga, Cida Lima, listou as escolas que estão em greve, conforme o balanço desta quarta-feira. “Em Ipatinga, temos quatro unidades paralisadas totalmente, dentre elas, Canuta Rosa, Maurílio Albanese Novaes, Nilza e Amaro Lanari Júnior. E temos 20 escolas paralisadas parcialmente. Em Santana do Paraíso há três totalmente e três parciais. Fora da subsede de Ipatinga, temos três paralisadas em Coronel Fabriciano e duas em Timóteo, que aderiram à greve de forma integral”, detalhou.

Aprovação de reajuste
Na tarde desta quarta-feira, os deputados estaduais aprovaram, em segundo turno, o Projeto de Lei nº 1.451/2020, de autoria do governo federal, que concede recomposição salarial de 41,7% aos servidores da segurança pública. A emenda que oferece reajuste para outras categorias, incluindo a Educação, também foi aprovada. Com isso, o projeto retornará ao plenário para ser discutido e votado novamente. Caso seja aprovado, o governador Romeu Zema deverá decidir se veta ou não a emenda que recompõe em até 31% os vencimentos da educação básica e até 28,82% para as demais categorias.

O governo estadual também convidou os trabalhadores em Educação para discutir nesta quinta-feira (20) sobre a situação da categoria, em horário ainda a ser marcado.

Assembleia
Para esta quinta-feira, às 14h, está marcada uma assembleia estadual com os professores e funcionários das escolas estaduais, no Pátio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Essa será a segunda assembleia a ser realizada após a paralisação das atividades. A primeira ocorreu na última sexta-feira (14), quando os trabalhadores em Educação decidiram manter a greve, por tempo indeterminado.

Diálogo
Quando a greve dos professores foi deflagrada, no dia 11 deste mês, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou, por meio de nota, que respeita o direito constitucional de greve dos servidores da Educação e reitera que tem mantido um diálogo com representantes sindicais. “Várias agendas foram realizadas, ao longo de 2019, com os representantes das entidades sindicais e do Governo do Estado, nas quais assuntos da área da educação foram debatidos. A SEE reforça que os canais de diálogos continuarão abertos para que as reivindicações da categoria possam ser apresentadas e discutidas”.

Já a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) ressaltou que vem recebendo e dialogando com representantes dos sindicatos de todas as categorias. “Até o momento, 70% dos servidores da Educação receberam o 13° salário integral. Para concluir o pagamento e pôr fim ao parcelamento de salários por seis meses, o Governo do Estado conta com a operação financeira do nióbio”, pontuou.
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Comentários

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Mendes

07 de março, 2020 | 07:57

“Saulo Vinicius Teixeira Marquito, coitados dos alunos? Vc tem é que apoiar os professores que ensinam os seus filhos e nem respeitados são! Se não sabe tudo o que está acontecendo com a classe, cala se!”

Rosimere

27 de fevereiro, 2020 | 14:08

“Os professores reinvicam muito mais que aumento de salário. Senão era mais fácil mudar de profissão. Afinal não deve ser difícil para uma pessoa que ensina e forma todas as demais profissões aprender outra profissão. Eles querem muito mais que dinheiro ou aumento de salário. Eles querem manter a educação básica se do pública e melhorar a qualidade dela. Salários misaraveis não atraem bons profissionais . As crianças não sonham mais em ser professores. Será por que?”

Cidadão

21 de fevereiro, 2020 | 00:44

“O Brasil está mal na educação, saúde e segurança, isso é fato. Professores fazem greve por melhoria na merenda escolar? Saude dos alunos? Segurança dos alunos? Não! Um educador tirar o direito do aluno de receber educação por dinheiro? Tão somente? Quem quer justiça, faz justiça! Do contrário estará meramente equivocado! Os professores podem recuperar o salário deles, mas nunca os seus alunos recuperaram o que deixou de ser ensinado.”

Caramujo

20 de fevereiro, 2020 | 19:12

“Quem educa é pai e mãe. Foi-se a época que escola educava.”

Caramujo

20 de fevereiro, 2020 | 19:11

“Quem EDUCA são os pais, célula da construção do individuo. Escola ENSINA matematica, quimica , fisica,etc. Crianças não podem trabalhar, sendo o trabalho um ato digno e necessario para construção do carater, porem pode fazer protesto com professores que querem mais dinheiro ? Alias, crianças que vem sendo educadas por ensino domiciliar (homeschooling) estão apresentando um melhor rendimento e alfabetização do que as que estudam em escola publicas.”

Saulo Vinicius Teixeira Marquito

20 de fevereiro, 2020 | 18:44

“Coitado desses alunos.”

Os Alunos Organizaram o Protesto Por Conta Própria. Professores Só Foram Convidados

20 de fevereiro, 2020 | 08:17

“A GREVE É JUSTA”

Gildázio Garcia Vitor

19 de fevereiro, 2020 | 20:04

“Parabéns aos estudantes da E. E. Eng.º Amaro Lanari Jr., do Bairro Ideal, pelo apoio ao movimento dos profissionais da Educação deste rico, mas falido (antes do Pimentel), estado de Minas. Para vocês, deixo aqui estes belos versos de um grande Poeta: "Quem sabe faz a hora não espera acontecer/ Vem vamos embora que esperar não é saber". Abraços aos meus companheiros de sonhos e de lutas, amigos e grandes mestres, Denise e Oldair.”

Isabel

19 de fevereiro, 2020 | 19:19

“Só não entendo porque os professores não fazem greve nas férias... esperam começar as aulas e no final prejudica todos os alunos, sendo vítimas tanto do governo como dos professores.”

José

19 de fevereiro, 2020 | 19:14

“educação vem de berço, e dinheiro não é sinônimo de caráter. logicamente faz diferença sim no ensino, mas colocar alunos em via pública para reinvidicar causa própria que é aumento salarial não acho certo. sei que os alunos são estimulados a alegar questões sobre fundo educacional mas sabemos que o real objetivo é o reajuste salarial que o professor busca. deveriam os professores (em peso) irem para as ruas também e não apenas os alunos.”

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