11 de fevereiro, de 2020 | 06:14

Brasil é retirado pelos Estados Unidos da lista de nações em desenvolvimento e perde benefícios comerciais

Em visita de Jair Bolsonaro a Washington, em março do ano passado, o presidente brasileiro aceitou abrir mão de seu status de país em desenvolvimento na OMC em troca do apoio dos EUA à entrada do Brasil na OCDE Em visita de Jair Bolsonaro a Washington, em março do ano passado, o presidente brasileiro aceitou abrir mão de seu status de país em desenvolvimento na OMC em troca do apoio dos EUA à entrada do Brasil na OCDE

Foi publicado na segunda-feira (10), uma decisão do governo de Donald Trump que retira o Brasil da lista de nações consideradas em desenvolvimento e que dava ao país determinados privilégios comerciais.

Para o governo dos EUA, o Brasil está no G20, grupo de economias desenvolvidas e, não poderia seguir com status de emergente.

Além do Brasil, foram atingidos outros 18 países, dentre eles a Argentina, Índia e a Colômbia, que agora podem ser alvo dos EUA caso seja comprovado que eles subsidiam produtos acima de um determinado teto, entre outras ações.

O governo do Estados Unidos explicou, por meio de nota, que a norma visa reduzir o número dos países em desenvolvimento que poderiam receber tratamento especial sem serem atingidos por barreiras contra seus produtos.

Analistas do mercado afirmam, entretanto, que o principal alvo dos estadunidenses é a China, com quem o governo dos EUA trava uma guerra comercial há anos e que também se apresenta na OMC (Organização Mundial do Comércio) como país em desenvolvimento.

Durante a visita de Jair Bolsonaro a Washington, em março do ano passado, o presidente brasileiro aceitou abrir mão de seu status de país em desenvolvimento na OMC em troca do apoio dos EUA à entrada do Brasil na OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico), o clube dos países ricos.

Com a retirada dos 18 países pelos EUA, essas nações perdem, por exemplo, prazos mais longos para implementação de acordos e compromissos, medidas para aumentar oportunidades comerciais, entre outras.

Por outro lado, isso abre margem para os EUA imporem barreiras a produtos brasileiros que antes poderiam estar protegidos pelo status de "em desenvolvimento". (Com agências)

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