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10 de fevereiro, de 2020 | 07:00

Brasileiros resgatados na China cumprem quarentena

Desembarque foi na manhã de domingo (9) e todos estão bem de saúde, informa o governo brasileiro

EBC
Além dos passageiros também a tripulação será mantida sob observação Além dos passageiros também a tripulação será mantida sob observação

Agência Brasil - Brasília
Os 34 brasileiros resgatados na China - são 31 repatriados e três diplomatas - chegaram à Base Aérea de Anápolis, em Goiás, na manhã deste domingo (9). Eles vieram em dois aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) enviados ao país asiático na última quarta-feira (5). As aeronaves pousaram às 6h05 e 6h12 vindas de Fortaleza, última escala técnica no trajeto da chamada Operação Regresso.

O resgate foi feito na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto mundial do coronavírus. As aeronaves também trouxeram quatro poloneses e um chinês que desembarcaram em Varsóvia, na Polônia, um dos locais de escala para abastecimento.

Os repatriados vão permanecer em quarentena por 18 dias, no hotel de trânsito da Base Aérea de Anápolis, que foi especialmente preparado para essa operação. A tripulação –médicos, pilotos, enfermeiros, etc... – que participou do resgate também vai cumprir período de quarentena.

Todos ficarão em apartamentos individuais ou, no caso dos que são pais ou mães de crianças menores, poderão ficar no mesmo quarto. O grupo inclui crianças de 2 e 3 anos e outras de 7 a 12 anos. As visitas estão proibidas.

Os dois aviões da FAB com os resgatados a bordo decolaram de Wuhan, na China, no início da noite de sexta-feira (7). No trajeto para o Brasil, as aeronaves pararam para reabastecimento em Ürumqi (China), Varsóvia (Polônia), Las Palmas (Espanha), e em Fortaleza, já em território brasileiro.

EBC
Avião trazendo brasileiros pousa em Anápolis depois de jornada de quatro dias às China, para resgate de brasileiros Avião trazendo brasileiros pousa em Anápolis depois de jornada de quatro dias às China, para resgate de brasileiros


Quando os aviões da FAB entraram no espaço aéreo brasileiro, ainda sobre o Oeano Atlântico, um áudio do presidente Jair Bolsonaro foi transmitido aos passageiros. "Bem-vindo de volta ao seu país, o nosso Brasil. Ninguém ficou para trás, somos um só povo, uma só raça, somos irmãos", dizia a mensagem.

Por que o Brasil teve que buscar seus cidadãos?

"Se foram para lá trabalhar, que se virem para voltar ou que fiquem por lá". A frase citada à exaustão nas mídias sociais, por alguns cidadãos indignados, é uma manifestação de pessoas que têm pouco sentimento com o sofrimento alheio e aproveitam-se do meio virtual para deixar aflorar o ódio e o desconhecimento.

Operações de repatriação de cidadãos é um exercício frequente dos países civilizados. A repatriação pode ocorrer quando há terremos, ou outras catástrofes naturais, epidemias e guerras, que deixam pessoas em situação de risco extremo. E nesse caso, os cidadãos sitiados em Wuhan gravaram um vídeo em que fizeram um apelo para o resgate.

No caso dos repatriados na Operação Regresso da Força Aérea Brasileira, eles se encontravam isolados na cidade chinesa de Wuhan, epicentro do surto mundial de coronavírus, considerado emergência sanitária pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Atualmente ninguém entra e ninguém sai de Wuhan, a não ser em uma operação especial, como a preparada pelo Brasil.

Como a cidade está sob quarentena, o governo brasileiro precisou de autorização do governo chinês para a retirada dos brasileiros de lá.
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