08 de fevereiro, de 2020 | 08:45
Segundo voo com deportados dos Estados Unidos chega a Confins
Nos últimos dois anos cerca de 17.900 brasileiros foram capturados pelas patrulhas estadunidenses; intenção do governo dos EUA é deportar todos
Um avião fretado trazendo 130 brasileiros deportados dos Estados Unidos aterrizou no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na noite de sexta-feira (7). Esse é o segundo voo dessa natureza, em menos de 15 dias.
O número de passageiros não foi divulgado. Segundo a Polícia Federal (PF), eles foram inadmitidos nos Estados Unidos e a maioria estava presa.
Esse é o segundo episódio neste ano, e voos com essas características podem se tornar frequentes”, diz a PF, por meio de nota.
Ainda segundo o texto, até o momento a polícia não constatou nenhuma ilegalidade conexa à migração dos deportados e continua investigando casos suspeitos.
Conforme apurou a reportagem do Diário do Aço, a onda de deportação de brasileiros é uma ordem do presidente Donald Trump. Entre os deportados em massa estão brasileiros que tentam entrar de maneira ilegal no país cruzando a fronteira com o México ou que estejam em busca de asilo.
No dia 24 de janeiro cinquenta brasileiros deportados desembarcaram no aeroporto de Confins praticamente com apenas a roupa do corpo. A maioria nem sequer bagagem tinha. Alguns viajaram dos Estados Unidos até a capital do México algemados e precisaram colocar todas suas coisas em uma sacola plástica. No mês de outubro de 2019 também houve uma deportação e 70 voltaram para a capital mineira, nas mesmas condições.
Ao todo, 17.900 brasileiros foram capturados pelas patrulhas estadunidenses desde o mês de outubro de 2018. Para deportar todos, serão necessários pelo menos sessenta voos. O governo já divulgou que fretar aviões e enviar os brasileiros de volta fica mais barato do que mantê-los nos presídios.
Quando são presos e, ao pedirem asilo na fronteira são, automaticamente, enviados ao México e ficam apreendidos em um terceiro país, a fim de esperar o término da tramitação do processo.
Entre os deportados estão, inclusive, famílias envolvidas no "cai-cai", em que casais com crianças atravessam a fronteira. Até então o governo evitava manter os pais nas prisões, para evitar a responsabilidade de manter as crianças em abrigos. A mudança na política de imigração, determinada por Trump, agora prioriza a deportação dos casais.
A medida do governo dos EUA tem amparo no programa Protocolo de Proteção do Imigrante (MPP, na sigla em inglês). Os imigrantes têm relatado dificuldades em se comunicar com parentes e denunciam a comida fria e ruim a que são sujeitados durante o tempo em que estão reclusos.
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Marcos Guimarães
10 de fevereiro, 2020 | 07:07Seria "cômico se não fosse trágico";
Estas pessoas venderam tudo o que tinham no Brasil, carro , moto, casas e pagaram um "coiote" para os levar até os EUA.
A primeira decepção já acontece no México onde as bagagens são abandonadas as margens do Rio Grande, e muitos morrem ou atravessando o rio, ou no deserto ou nas mãos dos policiais de fronteira que por vezes, atiram para matar.
O único país do mundo onde o "invasor" é recebido de braços abertos é o Brasil!
A pare desgraçada desta história é que: " quem achava que não tinha NADA no Brasil, e que nosso País não tinha NADA a oferecer, agora, sabe o que é ter NADA, zero!!!!
mais humilhante que os míseros salários que se pagam por aqui, é ser deportado e voltar de mãos abanando e a frustração de um sonho,,,,,,pior, muitos não se deram por vencidos e vão se aventurar outras vezes até dar certo.”