05 de fevereiro, de 2020 | 14:20

Inquérito da PF passa a investigar secretário de comunicação de Bolsonaro

Na mira do Ministério Público Federal, Fábio Wajngarten é suspeito de peculato, corrupção passiva e advocacia administrativa

Anderson Riedel/PR
Wajngarten é sócio de empresa que tem como clientes emissoras de TV e agências de publicidade contratadas pelo governoWajngarten é sócio de empresa que tem como clientes emissoras de TV e agências de publicidade contratadas pelo governo

Por determinação do Ministério Público Federal (MPF) a Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília abriu inquérito para investigar Fábio Wajngarten, chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo Jair Bolsonaro.

A investigação, que mira supostos peculato, corrupção passiva e advocacia administrativa, foi aberta por requisição do Ministério Público Federal, com base em reportagens do jornal Folha de S. Paulo.

Wajngarten é sócio da FW Comunicação e Marketing, dona de contratos com ao menos cinco empresas que recebem recursos direcionados pela Secom, entre elas as redes de TV Band e Record.

O secretário afirmou que os acordos comerciais foram feitos antes do seu ingresso na Secom - o da Band, por exemplo, há 16 anos. Esses contratos, segundo ele, "não sofreram qualquer reajuste ou ampliação" desde então.

Questionado a respeito do assunto, o presidente Jair Bolsonaro já afirmou que não viu, até agora, ilegalidade na relação da FW Comunicação e Marketing, empresa da qual Wajngarten é sócio, com emissoras de TV e agências de publicidade que recebem recursos do governo.

O chefe da Secom utilizou, na noite de terça-feira (4) o canal oficial de TV do governo para se defender da reportagem sobre sua atividade empresarial; emissora está subordinada à sua secretaria.

Wajngarten afirmou que todas as contas dele são "100% abertas", admitiu que não sabia como funcionava o processo de nomeação para o cargo, mas que foi orientado pelos órgãos da Presidência.
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