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25 de janeiro, de 2020 | 16:00

Boa impressão

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Se a primeira impressão é a que fica, independente do resultado do jogo de ontem contra o Tombense, fora de casa, foi animadora a estreia da renovada equipe do Cruzeiro neste Campeonato Mineiro, ao vencer o Boa Esporte, no Mineirão, por 2 x 0.

Com apenas quatro jogadores considerados medalhões no time titular - Fábio, Edílson, Rodriguinho e Léo -, por necessidade, o clube utilizou na maioria os jovens da base, o que derrubou radicalmente a média de idade em relação ao ano passado, de 28 para 22 anos.

Claro, é muito cedo para se tirar conclusões, mas alguns dos jovens lançados pelo técnico Adílson Batista chamaram a atenção, tais como Adriano, 20 anos, que deu 40 passes no jogo e acertou 39 deles; o atacante Welinton (Torrão), autor do segundo gol, que mostrou velocidade e categoria para definir o lance na frente do goleiro adversário; além de Adriano, Alexandre Jesus e Thiago, nomes até então desconhecidos da torcida e da imprensa, que a partir de agora vão estar na boca e nas mentes de todos.

Foi só a primeira partida, mas apesar de toda a crise econômica que afeta o clube, a julgar pela intensidade e entrega dos jogadores, aliado à força da camisa celeste, o Cruzeiro tem, sim, condições de superar esta situação e sonhar em ir mais longe do que se imagina neste estadual.

Meia-Boca
A estreia do novo Atlético, sob o comando do venezuelano Rafael Dudamel, foi o que se pode chamar de meia-boca, não mais que razoável, até porque os jogadores tiveram apenas 15 dias de preparação antes da estreia no Mineiro.

Talvez por conta disso o time só tenha mostrado algo positivo na troca de passes, velocidade, marcação e ofensividade, nos primeiros 30 minutos da partida contra o Uberlândia, quando fez o gol de pênalti através de Fábio Santos, suficiente para vencer por 1 x 0.

Vale ressaltar que o Uberlândia valorizou o resultado e desperdiçou um pênalti, bem defendido pelo jovem goleiro atleticano Michael, que se tornou o melhor em campo com várias defesas difíceis, evitando o empate do time da casa.

Hoje o adversário será o Tupynambás, de Juiz de Fora, no Estádio Independência, um dos piores times da competição, que depende dos gols de um centroavante – Ademilson – que tem 45 anos de idade. Então, o mínimo que se espera é que o time de Dudamel tenha mais liberdade para criar jogadas e esteja melhor fisicamente para aplicar uma goleada no “Baeta”, um dos favoritos ao rebaixamento.

FIM DE PAPO
• Até o fechamento desta coluna, a diretoria do Atlético ainda não havia confirmado nada oficialmente, mas nos bastidores já era tida como certa a contratação do lateral esquerdo Guilherme Arana, 22 anos, que defende o time do Atalanta, da Itália, emprestado pelo clube espanhol Sevilla, que é o dono dos seus direitos econômicos. Trata-se de um bom jogador, jovem, dentro do perfil anunciado como ideal pela diretoria, que pretende revendê-lo depois, tendo lucro. O que não pode é gastar com o Arana recursos que poderiam ser utilizados para contratar um centroavante artilheiro, a maior carência do atual elenco atleticano.

• Parece que o diretor de futebol do Galo, Rui Costa, se equivocou de novo ao dizer que “os olhos dele brilharam” após a primeira conversa de Cazares com o técnico Dudamel, dando a entender que o jogador estaria bastante motivado para defender o clube nesta temporada. Cazares pediu e ficou de fora da estreia no Mineiro, após uma proposta do futebol árabe, e botou a faca no peito da diretoria, pois seu contrato termina no fim deste ano e o Atlético periga não receber nada. O negócio travou porque a diretoria considera baixo o valor de R$ 12 milhões oferecidos pelos árabes para ter o “brilho” verdadeiro dos olhos de Cazares.

• As maiores decepções na primeira rodada do campeonato Mineiro foram o time do Coimbra, considerado favorito ao hipotético título de “melhor do interior”, além do América, que teve ótimo desempenho no fim da temporada passada, manteve a base da equipe e o técnico, contratou reforços, mas ambos só empataram na bacia das almas contra a URT (1 x 1) e Caldense (2 x 2), respectivamente. A explicação para isso é simples: os times do interior estão se preparando há mais de 60 dias, enquanto equipes como o América, que disputaram competições nacionais, só tiveram 15 dias de treinos antes da estreia no Mineiro.

• Em evento realizado na última quarta-feira, o Ipatinga apresentou a empresários, políticos e convidados o plantel com o qual irá disputar o Módulo II e tentar voltar à elite do futebol mineiro em 2021. O Ipatinga, segundo o presidente Nicanor Pires, está contando com a ajuda de parceiros, chamados de “Empresários de Aço”, para bancar todas as suas despesas.

São estes empresários que aprovam os gastos, o que diminui a possibilidade de desacertos, como ocorreu no passado e que quase levaram o clube à extinção. Toda força ao Tigre para que volte a ser protagonista no cenário estadual, onde é o seu lugar. “O passado, alguém já escreveu, é o nosso maior tesouro. Às vezes, diz o que fazer. Às vezes, aponta o que evitar”. Carlos Chagas, escritor, professor e jornalista político (1937-2017). (Fecha o pano!)
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