18 de janeiro, de 2020 | 08:30

Professores avaliam reajuste salarial anunciado pelo governo

A regra está em vigor desde 2009, ano em que o valor de R$ 950 foi o ponto de partida para o reajuste anual

Wôlmer Ezequiel
O acréscimo está previsto na chamada Lei do Piso (Lei 11.738), de 2008O acréscimo está previsto na chamada Lei do Piso (Lei 11.738), de 2008

O piso salarial dos profissionais da rede pública da educação básica em início de carreira foi reajustado em 12,84% para 2020, e passou de R$ 2.557,74 para R$ 2.886,24.

O reajuste foi anunciado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, e pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub, na noite de quinta-feira (16).

O acréscimo está previsto na chamada Lei do Piso (Lei 11.738), de 2008. O texto estabeleceu que o piso salarial dos professores do magistério é atualizado, anualmente, no mês de janeiro. A regra está em vigor desde 2009, ano em que o valor de R$ 950 foi o ponto de partida para o reajuste anual.

Avaliação
Em entrevista ao Diário do Aço, a professora da rede pública estadual, Iara Machado dos Santos, que atua nessa categoria desde 1992, aprovou o reajuste salarial, porém, não acredita que irá ser aplicado. “Na época da gestão do Fernando Pimentel também foi anunciado um reajuste salarial, mas não foi concedido totalmente até hoje. E o salário de professor em Minas Gerais é um dos piores do país, além de ser parcelado. Nós não temos força política como outras categorias. Portanto, não acredito que esse reajuste salarial será repassado integralmente para nós”, afirmou.

Defasagem
Conforme a diretora do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG), subsede em Ipatinga, Feliciana Saldanha, desde 2018 não há reajuste salarial para os professores da rede estadual. “Estamos com a expectativa de que seja aplicado o reajuste e que seja incorporado o abono salarial em atraso. Temos cobrado bastante. Esse assunto já tem gerado mobilização por parte dos profissionais. Inclusive, já vamos discutir, ainda nesse mês, sobre a possibilidade de fazer greve, já no início de fevereiro”, relatou.

Cálculo
O Ministério da Educação (MEC) utiliza o crescimento do valor anual mínimo por aluno como base para o reajuste do piso dos professores. Dessa forma, é utilizada a variação observada nos dois exercícios imediatamente anteriores à data em que a atualização deve ocorrer.

O valor mínimo por aluno é estipulado com base em estimativas anuais das receitas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Para 2019, o valor chegou a R$ 3.440,29, contra R$ 3.048,73 em 2018.

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Comentários

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Gil

19 de janeiro, 2020 | 07:49

“Faltou a matéria a observação que é o maior aumento desde 2012”

Helena A.nogueira

19 de janeiro, 2020 | 01:02

“É TRISTE VER UM ÓRGÃO QUE SE DIZ REPRESENTAR A EDUCAÇÃO ACOBERTAR O GOVERNO DO PILANTREL.O QUAL SAIU E NEM PAGOU OS PROFESSORES,E SÓ ATRASOU O PAGAMENTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS.”

Helena A.nogueira

19 de janeiro, 2020 | 00:59

“Primeira vez um presidente dá um bom aumento aos professores sem necessitar de paralisações ou greves. Como o próprio ministro disse : merecem mais... são os professores heróis.
Reconhecem que o atual presidente pegou o nosso país no buraco e está fazendo de tudo para o melhor .Aqueles que acham que não devem estudar mais um pouco,se informar melhor.
Se estivesse anunciado um contingenciamento já estavam preparando paralisações.”

Tião Aranha

18 de janeiro, 2020 | 22:58

“É verdade, política é a arte de engolir sapo. Pra isso tem que ter uma garganta bem larga.”

Jose

18 de janeiro, 2020 | 09:57

“Professora, como acreditar numa promessa de petista? Pilantrel? aquele atolado até no pescoço em corrupção? Desta vez é diferente. Pode crer.”

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