17 de janeiro, de 2020 | 16:00

Fim das especulações

Fernando Rocha

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Fernando RochaFernando Rocha
O fim do blá-blá-blá dos cartolas e das especulações exageradas sobre eventuais contratações deverá diminuir drasticamente nos próximos dias, com a retomada das competições, a começar pelos campeonatos estaduais já esta semana.

Mas a grande expectativa da temporada fica por conta do desempenho dos vários técnicos estrangeiros, contratados por grandes equipes como o Atlético, Internacional e Santos, que não manteve o argentino Sampaoli, mas trouxe o veterano Jesualdo Ferreira, português de 73 anos de idade.
O Atlético entrou nessa modinha e fez a meu juízo uma aposta válida, coerente com o momento financeiro que o clube atravessa, sem fazer loucuras financeiras que possam comprometer o futuro da instituição.

O Galo trouxe o ex-goleiro e ex-técnico da seleção da Venezuela, Rafael Dudamel, cujo salário está abaixo do padrão do nosso mercado, com perfil de trabalho que inclui a garimpagem de talentos junto à base, cujo sucesso vai depender muito mais do apoio que irá receber da diretoria do que propriamente de suas qualidades profissionais.

Sem volta
Assim como o árbitro de vídeo (VAR), cuja aguardada implantação, em 2019, gerou muitas polêmicas, a chegada dos técnicos estrangeiros, sobretudo do português Jorge Jesus, que obteve grande sucesso à frente do Flamengo, trouxe enormes benefícios ao futebol brasileiro.

Enciumados, treinadores tupiniquins tidos como medalhões e também de alguns ex-jogadores várias vezes tentaram desmerecer o trabalho do treinador rubro-negro, o que só demonstra o atraso técnico-tático do futebol praticado no Brasil, que está direta e umbilicalmente ligado à mentalidade que reina entre boa parte da categoria.
Poucos deles têm coragem e mente aberta para encarar um desafio mais elevado, em nível técnico alto, contra quem vem de fora com ideias novas e métodos diferentes.

Ao invés de calçarem as sandálias da humildade, os nossos “professores” mostram-se ainda mais fracos, na medida em que não reconhecem as próprias limitações do que se propõem a fazer.

Se em campo eles costumam adotar a tática de só defender, ou quase isso, fora das quatro linhas eles se mostram ainda mais ineptos, acuados pela demonstração de superioridade dos estrangeiros e, em vez de buscar conhecimento para igualar o cenário, preferem atacá-los da maneira mais errada possível, indo por um caminho que se tornou irreversível.

FIM DE PAPO
• Depois da agitação provocada com um boato da possível recontratação do atacante Roger Guedes, prontamente desmentida pela diretoria, os torcedores do Galo viveram nova expectativa diante da possibilidade de Diego Tardelli, um dos ídolos remanescentes das últimas conquistas importantes do clube, voltar a vestir a camisa alvinegra. O boato, já desfeito pelo diretor de futebol, Rui Costa, foi turbinado pela postagem de um patrocinador importante, ao replicar uma postagem da rescisão de Tardelli com o Grêmio.

• A volta de Diego Tardelli, hoje aos 35 anos de idade, contraria toda a lógica do planejamento anunciado até agora pela diretoria do Galo, que prega a economia nos gastos e a redução da média de idade do atual elenco. Além disso, o jogador teria que ter uma boa vontade inimaginável para concordar em reduzir o próprio salário, já que recebia quase R$ 1 milhão por mês no time gaúcho. O melhor, para todas as partes, seria Tardelli ir bater a sua bolinha em fim de carreira faturando mais alguns milhões na China ou nos Estados Unidos, enquanto o Galo segue a sua vida.

• Um atleticano, com o intuito de zoar os cruzeirenses, fez uma postagem que chamou a atenção em uma rede social, pelo fato de ter tudo a ver com o momento atual do maior rival: “Qual a última notícia ruim do dia lá no Cruzeiro?”, perguntou. De fato, o que não tem faltado é notícia ruim todos os dias para atazanar a vida da torcida celeste.

• Mas na última quinta-feira finalmente o vento mudou de lado e surgiu uma boa notícia, a confirmação da permanência do goleiro e ídolo Fábio, que, a exemplo do zagueiro Léo e do lateral Edílson, aceitou reduzir o salário e parcelar os débitos do clube com ele.

• E ainda teve outra boa notícia na sexta-feira, o lançamento do plano de sócio torcedor “Reconstrução”, para angariar apoio financeiro de quem se interessa em ajudar o clube a sair desta situação difícil. Por apenas R$ 12 mensais o torcedor pode se tornar sócio e colaborar com a recuperação financeira do Cruzeiro. A meta da atual diretoria é atingir 100 mil sócios, o que daria uma receita mensal de R$1,2 milhão, dinheiro que viria em boa hora neste momento delicado que o clube atravessa em suas finanças. (Fecha o pano!)
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