14 de janeiro, de 2020 | 18:30
Tchô quer marcar seu nome na história do Ipatinga
Meia-atacante disse que seu objetivo é levar o Tigre de volta à elite do futebol
Na tarde desta terça-feira, o elenco do Ipatinga voltou a campo para dar sequência aos trabalhos da pré-temporada, visando à estreia do Módulo B do Campeonato Mineiro, dia 8 de fevereiro contra o CAP, em Uberlândia. No gramado, ao lado dos novos companheiros, o meia-atacante Tchô conversou com a equipe do Diário do Aço e falou da vontade de marcar seu nome na história do clube.
O atleta de 32 anos já passou por mais de quinze clubes, entre eles Villa Nova, Tupi, Guarantinguetá-SP, América, Boa Esporte, Bangu, Marítimo-POR e Atlético, onde disputou a Série B do Campeonato Brasileiro, em 2006. Eu sou de Belo Horizonte e a proximidade de Ipatinga foi um dos motivos que me levaram a assinar contrato com o clube. Passei muito tempo da minha carreira trabalhando longe de casa, e agora será a oportunidade de ficar mais perto dos familiares”, explica Tchô. E também tem o fato da camisa forte do Ipatinga, um time que já esteve na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. A oportunidade de fazer parte da reestruturação do clube, de escrever meu nome na história do Ipatinga e poder dar um calendário cheio para o time de novo é minha grande motivação”.
O atleta também falou da recepção no CT do Tigre e do entrosamento com o restante do elenco. O pessoal me recebeu super bem aqui. No primeiro treino com bola já vi que o time tem qualidade, é uma garotada nova misturada a alguns mais experientes. Creio que isso vai gerar um bom resultado dentro de campo”, destacou Tchô. A minha confiança tá lá em cima, vim com total paz no coração para conseguir esse acesso”.
História no Atlético
O meia-atacante relembrou sua passagem marcante pelo Atlético, clube onde ficou por 14 anos. Fiquei nove anos na base e cinco anos no time profissional. Subi para a equipe principal no ano da queda (2005), mas felizmente pude disputar e conquistar o acesso à primeira divisão”, contou Tchô. Sou muito lembrado nas ruas de Belo Horizonte, por onde eu vou o pessoal me cumprimenta, fala dos lances marcantes da minha carreira no Atlético”, disse.
Um dos lances mais lembrados pela torcida alvinegra é o polêmico pênalti não marcado pela arbitragem em favor do Atlético nas quartas de final da Copa do Brasil, em 2007, contra o Botafogo. O jogo de ida ficou 0 a 0 e, no duelo de volta do mata-mata, o time carioca vencia por 2 a 1, no Maracanã, até que, aos 46 minutos do segundo tempo, Tchô foi derrubado na área adversária.
Considerado pênalti claro por muitos, principalmente pela torcida atleticana, Carlos Eugênio Símon mandou o jogo seguir e o Botafogo conquistou a vaga no torneio. O pessoal sempre lembra desse lance, é um assunto que sempre volta. As pessoas perguntam se eu perdoei o Símon”, se diverte Tchô, que disse nunca mais ter se encontrado com o árbitro. Eu já perdoei porque todos nós estamos sujeitos a erros. Foi um grande erro que ele cometeu. Ele, inclusive, assume que foi o maior erro da carreira dele. Mas enfim... Bola pra frente. Minha meta agora é fazer uma história aqui no Ipatinga assim como fiz lá”, destaca.
Jovens promessas
O elenco de 26 atletas do Ipatinga conta com jovens da base. Entre eles está o goleiro Ramon, nascido em Timóteo. Entrei na categoria de base do clube no fim do ano passado, quando saí do São Caetano”, explica Ramon, falando da diferença que sentiu a treinar junto ao time profissional. É totalmente diferente do que vinha trabalhando na base. O preparador de goleiro é diferente e o trabalho mais pegado. Venho trabalhando firme e forte com os profissionais para chegar ao nível deles. Não é fácil, estava acostumado a treinar uma vez ao dia, e agora são dois períodos. Mas vou me acostumar e me adaptar para, se Deus quiser, ajudar o time”, planeja o goleiro.
Entre as caras novas do Tigre também estão o atacante Gabriel e o meia Vicente, ambos de 17 anos. Comecei na categoria de base do clube com 8 anos e é um sonho estar aqui”, conta Vicente, destacando a chance de treinar com os profissionais. Tem sido uma experiência muito boa pra continuar evoluindo e aprendendo cada vez mais. Ver que tem jogadores de todos os lugares aqui e todos com o mesmo objetivo é muito bom e mantém a equipe unida”, disse o meia.
Gabriel também destacou o trabalho forte da nova rotina. O início é muito puxado porque não estamos acostumados com essa quantidade de treino”, assumiu ele, dizendo que seu foco é evoluir como jogador. Ser titular agora é muito difícil, tem muitos jogadores muito mais experientes do que nós. Meu foco principal agora é evoluir aqui para quem sabe, no ano que vem, poder fazer parte do elenco de novo”.
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