13 de janeiro, de 2020 | 13:44

Polícia Civil aponta mais um lote da cerveja Belorizontina contaminado com substância tóxica

A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (13) pela Polícia Civil (PC), durante entrevista coletiva

Divulgação PCMG
A fábrica da Backer, localizada no bairro Olhos D'água, na região do Barreiro, foi interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoA fábrica da Backer, localizada no bairro Olhos D'água, na região do Barreiro, foi interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Mais um lote da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, foi incluído na lista dos produtos contaminados com dietilenoglicol. A informação foi divulgada na manhã desta segunda-feira (13) pela Polícia Civil (PC), durante entrevista coletiva.

A PC informou que laudos apontaram a presença da substância tóxica no L2 1354 (a contaminação já havia sido informada nos lotes L1 1348 e L2 1348).

O dietilenoglicol também foi encontrado em um equipamento de refrigeração. A Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte iniciou o recebimento de unidades de qualquer loja da Belorizontina nesta segunda-feira. A entrega deverá ser feita até sexta-feira, das 8h às 17h.

Conforme a Secretaria de Saúde da capital serão recolhidas apenas as garrafas compradas para consumo próprio. Não serão recebidos produtos de bares, restaurantes e supermercados. A Backer afirmou que, caso o consumidor queira, poderá devolver a Belorizontina de outros lotes aos supermercados onde a comprou e ser ressarcido na hora, se levar o cupom fiscal.

Com dez casos já confirmados de pacientes diagnosticados com quadro da síndrome nefroneural em Minas, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde, ligada à Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), vai ampliar para novembro de 2019 a data inicial para que os sintomas sejam considerados para gerar uma notificação. Até então, o mês de referência era dezembro, a partir do qual começaram a ser notificados os casos.

O objetivo, de acordo com nota divulgada pela SES/MG, é descobrir se houve, em meses anteriores, casos semelhantes de pessoas que teriam consumido a cerveja Belorizontina, da Backer. O órgão informa que a ampliação do período da investigação epidemiológica é “apenas por medida de precaução”.

A SES/MG emitiu uma nova nota técnica aos profissionais e serviços de atendimento médico do estado informando sobre o novo período de investigação da síndrome, que causa problemas renais e neurológicos.

Nos próximos dias, devem ficar prontos os resultados dos exames de sangue e da necropsia de Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, que estava internado em Juiz de Fora, na Zona da Mata, com insuficiência renal e alterações neurológicas, que podem ter sido provocadas pelo dietilenoglicol, substância encontrada pela Polícia Civil em amostras examinadas da cerveja Belorizontina.

Paschoal Dermatini Filho morreu após uma parada cardiorrespiratória. Morador de Ubá, também na Zona da Mata, o homem veio a Belo Horizonte no fim de dezembro para as comemorações de fim de ano com a família. Segundo familiares, ele teria ingerido a cerveja.

Além dos dez casos da síndrome nefroneural já confirmados pela SES/MG, há um 11º registrado em Viçosa, na Zona da Mata. Uma mulher de idade não informada deu entrada na última quinta-feira (9) no Hospital São João Batista com sintomas semelhantes. A paciente teria comprado a cerveja Belorizontina e consumido o produto durante uma viagem em Guarapari, no Espírito Santo, porém a data do consumo não foi divulgada.

Em nota, a Backer afirmou que o dietilenoglicol não é utilizado pela empresa, mas vai fazer investigações e auxiliar os órgãos. A fábrica, localizada no bairro Olhos D’água, na região do Barreiro, foi interditada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. (Com informações da Rádio Itatiaia e PCMG)


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