CADERNO IPATINGA 2024

21 de dezembro, de 2019 | 00:02

Hora de decisões

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Até o fechamento desta coluna o Atlético ainda não havia anunciado o novo treinador para 2020, dificultando ainda mais a implementação de um planejamento visando a conquista de títulos, o que não acontece há duas temporadas, desde que a atual diretoria assumiu o clube com o discurso de “austeridade e responsabilidade”.

Depois da fracassada tentativa de contratar Jorge Sampaoli, por conta da pedida astronômica do argentino - algo em torno de R$1,6 milhão de reais mensais e investimento de R$ 60 milhões em contratações -, o foco passou a ser o treinador da seleção venezuelana, Rafael Dudamel.

Mais do que isso, a licença para início das obras de seu futuro estádio, obtida na última sexta-feira, trata-se de um marco histórico, um autêntico divisor de águas na história do clube, que irá colocá-lo em outro patamar para alçar voos ainda mais altos.

Até que enfim
A crise no Cruzeiro continua e vai ser assim durante um bom tempo, mesmo depois das anunciadas renúncias do presidente, Wagner Pires de Sá, e de seu primeiro vice, Hermínio Lemos. O 2º vice-presidente, Ronaldo Granata, ainda não havia oficializado a renúncia, mas era questão de tempo.

Por conta da falta de pagamentos dos salários e obrigações trabalhistas, uma avalanche de ações na justiça já começou. O meia e ex-ídolo Thiago Neves puxou a fila, reivindicando cerca de R$16 milhões, vindo logo atrás a revelação da base, Fabrício Bruno, que pede indenização de R$ 4 milhões.

Aqui nos nossos grotões banhados pelo Rio Doce, costumamos dizer que do namoro até o casamento se diz “meu bem”, mas quando o casal se desentende e parte para a separação, aí o tom passa a ser “meus bens”.
Importante é que o Cruzeiro vire logo essa página, o que só acontecerá a partir do momento que todos os atuais dirigentes forem definitivamente afastados, cedendo lugar a outras pessoas com idoneidade e credibilidade a fim de iniciar o processo para sua recuperação.

FIM DE PAPO
• Aqui neste país as coisas só acontecem quando há interesses comuns envolvidos ou se cria a necessidade de dar uma satisfação à sociedade. Assim, só após os atos de vandalismo deploráveis praticados por integrantes das duas principais torcidas organizadas do Cruzeiro, no jogo contra o Palmeiras, no Mineirão, pela última rodada do Brasileiro, foi que as chamadas “autoridades de segurança” saíram do armário e cumpriram seu papel, prendendo vários suspeitos e desmantelando as quadrilhas que usam torcidas organizadas do clube como fachada para a prática dos mais diversos crimes.

• Prisões foram feitas nas sedes da Máfia Azul e Pavilhão Independente, não só em Belo Horizonte, mas em diversas outras cidades do colar metropolitano da capital. Esses marginais vinham brigando entre si há vários meses, provocando baderna e vandalismo dentro e fora dos estádios, sem que nenhuma providência concreta para colocar fim à esta situação fosse tomada. A depredação do Mineirão no jogo que decretou o rebaixamento do Cruzeiro causou prejuízos de quase meio milhão de reais, que deverão ser pagos pelo clube, além de deixar diversas pessoas feridas.

• Levir Culpi anunciou sua despedida do futebol na última semana. Antes, entrou na justiça contra o Atlético reivindicando cerca de R$ 5 milhões em direitos trabalhistas. Colegas que conviveram com ele dizem que se trata de uma grande figura humana, gente do bem, que a meu juízo está saindo de cena na hora certa, a julgar pelos seus últimos trabalhos que não foram bons.

Ele era muito exigente e criterioso quando se tratava das condições de trabalho dos jogadores e da comissão técnica, sobretudo em relação à qualidade dos gramados. No final dos anos 1990, não se opunha à transferência de jogos do Cruzeiro para o Ipatingão, que se transformou na “segunda casa” celeste, mas exigia da administração do estádio que cortasse o gramado com 2 cm de altura, para dar maior velocidade à bola, encaixando-se com as características dos seus atacantes.

• Numa dessas o Cruzeiro veio jogar aqui pelo Mineiro contra o Social de Coronel Fabriciano, que era o mandante da partida. Quando chegou ao Ipatingão, Levir foi conferir a altura do gramado e ficou muito bravo ao ver que estava um pouco acima do que ele gostava. Mesmo assim, o Cruzeiro venceu com facilidade por 2 x 0, mas na coletiva pós-jogo o então ranzinza Levir Culpi não passou pano, e desancou toda a administração do estádio, que tinha como responsável este colunista. (Fecha o pano!)
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Comentários

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Vicente de Paula Lima

22 de dezembro, 2019 | 02:58

“Gosto muito de ler seus comentários do futebol pois traz muitas verdades espero que continue assim em 2020 Feliz Ano Novo Feliz Natal”

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