16 de dezembro, de 2019 | 10:20

Políticos, assessores e empresários na mira do Gaeco em Uberlândia

Vinte vereadores tiveram prisão decretada; assessores e empresários também são investigados

Divulgação
Operação Má Impressão compre mandados de prisão em gabinetes de vereadores, em Uberlândia Operação Má Impressão compre mandados de prisão em gabinetes de vereadores, em Uberlândia

O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), composto pelas polícias Civil e Militar e Ministério Público de Minas Gerais, cumpriu na manhã dessa segunda-feira (16), mandados de busca e apreensão e de prisão contra vinte vereadores em Uberlândia, assessores e empresários.

As buscas da “Operação Má Impressão” foram feitas nos gabinetes de alguns vereadores e em imóveis ligados aos parlamentares, além de gráficas e outras empresas.

A operação é um desdobramento das investigações que apuram um esquema de desvio em verbas de gabinete. Conforme o Gaeco, há indícios segundo os quais os vereadores burlavam o uso do dinheiro usado para ressarcir despesas operacionais dos gabinetes com transporte e publicidade.

Além de vereadores também assessores de gabinete foram presos na operação iniciada nos primeiros minutos da manhã dessa segunda-feira.

A Câmara de Uberlândia já entrou em recesso de fim de ano, com sessões programadas para serem retomadas em fevereiro. Caso até lá os 20 dos 27 vereadores não tenham saído da cadeia, os suplentes serão convocados. (Com informações do MPMG)

Rachadinha

Em Ipatinga, esse ano, sete dos 19 vereadores foram presos pelo Gaeco, por causa da prática de "rachadinha", em que parlamentares recolhiam partes dos salários pagos a assessores de gabinete. Dos sete presos, nenhum permaneceu recolhido, mas além de perderem os mandatos, respondem na Justiça pela prática de peculato, obstrução da investigação e ameaças, entre outros delitos.

Também em Belo Horizonte, o ex-presidente da Câmara de Vereadores, Wellington Magalhães (PSDC), teve o mandato cassado como desdobramentos da investigação de fraude de mais de R$ 30 milhões em licitações da Câmara Municipal entre outros crimes, em sessão no dia 22 de novembro passado.

Em primeiro de agosto desse ano, outro vereador em Belo Horizonte, Cláudio Duarte (PSL), teve o mandato cassado pela prática da “rachadinha”, por meio da qual obrigava assessores de gabinete a devolver parte do salário recebido dos cofres públicos.

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Comentários

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Gustavo Mendes

18 de dezembro, 2019 | 07:44

“Vocês não acham que o gaeco de Ipatinga está muito quieto? Qual será o próximo vereador? Qual será a próxima Cidade? Vocês não vão chegar em Timóteo?”

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