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05 de dezembro, de 2019 | 08:10

Trabalho de educação ambiental será tema de publicação internacional

Ação é desenvolvida por meio do Instituto Interagir junto às escolas da região e será divulgada em revista acadêmica

Divulgação
Alunos acompanham explicação às margens do ribeirão Ipanema Alunos acompanham explicação às margens do ribeirão Ipanema

Por meio do Instituto Interagir, o geógrafo Alessandro de Sá tem atuado junto às escolas da rede pública e particular, com um trabalho de educação ambiental. Após o conteúdo intitulado “A importância de atividades lúdicas na Educação Ambiental para crianças e jovens de áreas rurais” ser apresentado no Congresso Brasileiro de Ecologia, no mês de setembro, o profissional recebeu um convite da revista acadêmica Modern Environmental Science and Engineering, dos Estados Unidos, para publicar o que tem sido feito em Ipatinga e região.

“O convite é para que divulguemos nossa experiência de aplicar a educação ambiental, interagindo com alunos e professores, no ambiente externo. O grande destaque de nossa metodologia é o fato dela ser aplicada há mais de 10 anos e ter resultados, que pudemos levar para o congresso. Como idealizador e coordenador do instituto, vejo o convite como reconhecimento a um trabalho desenvolvido desde 2008, com a proposta de oferecer aos alunos e professores, oportunidade de educação ambiental ao ar livre”, destaca Alessandro.

A metodologia visa ofertar ao aluno e professor o conhecimento sobre a história, geografia e atrativos culturais, turísticos e patrimoniais da região. “Essa forma de educação ambiental foi inscrita dentro do congresso de ecologia, e relatada toda a forma de abordagem. Ao longo dos últimos anos, temos duas, três atividades com as escolas da região, e vamos até a escola, discutimos com o professor um tema multidisciplinar, que ele passa a trabalhar. Depois essa discussão é vista dentro do espaço urbano e rural de Ipatinga. A escola é convidada para sair com seus alunos num ônibus, conhecendo e identificando o que está sendo discutido em sala de aula. Nós conseguimos fazer uma relação da proposta de educação ambiental com os parâmetros curriculares nacionais e com currículo básico comum, aplicado dentro do ensino fundamental”, pontua.

Os interessados em conhecer o trabalho do Instituto Interagir podem acessar a página “Interagir ONG”, onde o conteúdo é registrado. “Temos um ponto de apoio em algumas comunidades rurais, onde mostramos a importância de cada comunidade e sua contribuição histórica e cultural na formação do município. Dentro dessa metodologia, abordamos a criação do município, e marcos históricos, como a estrada de Ferro Vitória a Minas, também a de Pedra Mole, resgatamos essa formação e apresentamos isso para as escolas, assim como o conceito de cidade planejada, siderurgia e como tudo isso reflete no dia a dia do ipatinguense. São vários assuntos que conseguimos interagir com as escolas e a ferramenta da educação ambiental faz com que professor e aluno tenham, na prática, o conhecimento do que está sendo discutido em sala de aula”, avalia.

Frutos
Ao longo dos anos em que a educação ambiental tem sido trabalhada, Alessandro de Sá relata que o conteúdo tem sido absorvido e perpetuado. “Temos universitários que fazem estágio no instituto e que foram alunos que um dia participaram das atividades. Eles ficaram tocados de alguma forma. Quando chegaram a fazer a opção de curso superior, optaram por essa área. É muito legal e gratificante ver isso. A gente fala em educação ambiental em todos os vieses de discussões, seja questão hídrica, queimadas, nascentes ou poluição atmosférica. É muito bom ver os frutos, diante da dificuldade que é trabalhar esse tema e poder envolver escolas e universitários, com o propósito de levar a educação ambiental para além do ambiente escolar. Conseguimos interagir e temos, de certa forma, resultados já consolidados, isso é muito importante”, celebra.

Publicação
No mês de outubro, uma pesquisa na área ambiental, desenvolvida em Ipatinga, também foi reconhecida pela mesma revista. O projeto Mapa da Mina, que tem monitorado a vazão hidrológica em dez pontos, dentro da bacia hidrográfica do ribeirão Ipanema, apresentado no mesmo congresso, gerou um convite para a divulgação internacional trabalho esse que tem a participação de Alessandro de Sá, dentre outros envolvidos.

(Bruna Lage - Repórter)
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