
26 de novembro, de 2019 | 09:00
Sitiante que provocou incêndio na Serra do Machado é multado em mais de R$ 1,1 milhão
Desde o começo da queimada, a Polícia Militar de Meio Ambiente apurava a origem do fogo; Testemunhas afirmavam que o incêndio tinha começado em um sítio localizado no córrego do Machado, ao pé da serra do Machado
O proprietário de um sítio, no córrego do Machado, no município de Marliéria, foi autuado pela Polícia Militar de Meio Ambiente como autor confesso de uma queimada que se espalhou pela serra do Machado, no dia 5 de novembro. O homem vai responder processo na Justiça e recebeu uma autuação de mais de R$ 1,1 milhão em multa.
Conforme divulgado pelo Diário do Aço, o fogo queimou áreas de preservação nos arredores do Pico do Machado, Pico do Jacroá, incluindo a zona de amortecimento do Parque Estadual do Rio Doce, a encosta na cidade de Marliéria, no córrego do Bomfim até as proximidades da cachoeira da Jacuba, onde estão os mananciais que abastecem a cidade de Jaguaraçu. Por causa do fogo, parte do povoado de Santo Antônio da Mata ficou sem abastecimento de água.
Durante mais de uma semana, equipes do Corpo de Bombeiros Militar, com apoio de brigadistas das prefeituras de Marliéria, Jaguaraçu, Instituto Estadual de Florestas e voluntários, com apoio de duas aeronaves, combateram o fogo, que só não avançou mais por causa de uma pancada de chuva, na tarde de 12 de novembro.
Somente no dia 13 o incêndio foi considerado debelado, quando ficou constatado que foram queimados 600 hectares, dentre áreas de pastagens e mata nativa.
Desde o começo da queimada, a Polícia Militar de Meio Ambiente apurava a origem do fogo. Testemunhas afirmavam que o incêndio tinha começado em um sítio localizado no córrego do Machado, ao pé da serra do Machado.
Nessa segunda-feira (25), a 12ª Companhia de Polícia Militar de Meio Ambiente confirmou que o sitiante O.M.O., de 69 anos, confessou ter colocado fogo em sua propriedade para realizar uma limpeza no terreno, e que em dado momento, perdeu o controle da situação, quando o fogo atingiu a base da serra do Machado.
Não houve a prisão do autor confesso pelo fato de não se encontrar em situação de flagrante delito, mas o Boletim de Ocorrência foi lavrado e encaminhado para a Delegacia de Polícia Civil, que dará prosseguimento às investigações.
Das medidas administrativas cabíveis, foi lavrado um auto de infração no valor de R$ 1.113.802,14 e todas as atividades na propriedade rural foram suspensas.
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T m C
26 de novembro, 2019 | 19:50As pessoas acham que é fácil mexer com terra, com plantação, com animal, pensam que ser sitiante é uma brincadeira, dá nisso aí, uma pessoa totalmente despreparada comete um crime desse, isso é muito triste. Nem vendendo o sítio consegue pagar a multa, quero ver a justiça bloquear os bens que esse senhor possui, tem que servir de exemplo, essa notícia tem que ser espalhada, para todas as pessoas pensarem 100 vezes antes de colocar fogo no mato.”
Joanas
26 de novembro, 2019 | 16:29Se ele tiver dinheiro pra pagar esta multa provavel ele vai recorrer como a lei sempre protege o errado que tem dinheiro vai fazer igual a vale nunca paga.”
Bruno Machado
26 de novembro, 2019 | 15:41agora é cobrar o pagamento da multa e mandar o sujeito reflorestar...”
C m m
26 de novembro, 2019 | 09:18Dinheiro nenhum vai trazer de volta o que foi destruído. Mais um sentimento de justiça feito.
Parabéns a Polícia Militar Ambiental, Bombeiros, Polícia Civil, enfim todos que contribuíram para esse combate.
Confiamos na justiça e cremos que nada ficará impune.”