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20 de novembro, de 2019 | 15:30

Seis erros de quem estuda online

Josemary Morastoni *

“Achar que tudo é muito fácil é a primeira e mais comum falha de quem estuda à distância”

“Estudar com mídias sociais e outras distrações por perto não é um erro exclusivo do mundo EAD”

Hoje em dia tudo ocorre online, por meio de computadores, tablets e celulares. Você se comunica, compra, vende, se informa. Então, por que estudar online não pode ser também uma opção? O Ensino a Distância cresce cada vez mais e os resultados do último Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) mostraram que os alunos que estudam à distância tiveram um desempenho mais alto em 7 de 13 áreas de ensino. Mas além de barreiras, como o desconhecimento e a descrença, é preciso driblar alguns comuns de quem estuda online.

Achar que tudo é muito fácil é a primeira e mais comum falha de quem estuda à distância. O fato de não ser presencial não reduz a dificuldade da matéria a ser aprendida e nem o nível de atenção que você deve dedicar à aula, muito pelo contrário. A exigência nos cursos EAD é a mesma que alunos presenciais experimentam, com o agravante de que o professor não está de olho em você e não pode chamar a sua atenção.

A flexibilidade é outro fator importante a ser considerado. Escolher a hora em que vai estudar pode ser a melhor ou a pior coisa para o seu aprendizado. É crucial ter autoconhecimento e responsabilidade para não cair em armadilhas, pois essa história de deixar sempre para depois, acaba virando nunca e aí seu investimento vai por água abaixo e, em vez de conhecimento, você ganha frustração.

A falta de organização, de tempo ou de planejamento também pode prejudicar no andamento do curso, ainda mais se não existe uma hora específica para o estudo. A flexibilidade de horário é uma das maiores vantagens do mundo EAD, mas é preciso que o aluno reserve um momento do dia para aquela atividade e se dedique a isso. Ou seja, dedicação e comprometimento são palavras-chave na Educação a Distância.

Aprender é algo que leva tempo. Não importa como o conhecimento está sendo repassado (com o uso de tecnologia ou de um quadro negro), as informações devem ser absorvidas e sintetizadas - e isso não pode ser apressado. Então, não adianta pular etapas ou deixar de fazer exercícios e trabalhos.

Estudar com mídias sociais e outras distrações por perto não é um erro exclusivo do mundo EAD. Mesmo em salas de aula convencionais, existem mil e uma distrações prontas para roubar a atenção de um momento valioso, mas o aluno é o próprio motivador para focar durante a aula e aproveitar os momentos de interação que o curso oferece.

Achar que um curso EAD é necessariamente algo solitário é outra falha comum. Se uma sala de aula comporta 30 ou 40 alunos, com aulas online, o número de pessoas que podem participar ao mesmo tempo do curso é infinitamente maior. Alunos de todo o país (e até do exterior) podem estudar juntos e isso deve ser aproveitado. Trocas e discussões são uma importante maneira de aprendizado.

* Pedagoga, especialista em formação de professores e Coaching Educacional, mestre e doutoranda em Educação e diretora da Faculdade Positivo Londrina
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Comentários

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Tião Aranha

26 de novembro, 2019 | 12:03

“O mundo EAD foi criado ora todo baseado no passamento das antigas tele salas dos telecursos outrora usados até em escolas-, que tiveram como precursor Roberto Marinho, seguindo as linhas pedagógicas de Dom Helder Câmara, que conheci pessoalmente, dum prof. Darci Ribeiro, Paulo Freire, Anísio Teixeira, e outros grandes mestres que deixaram as suas marcas na Educação; pois, pregavam a condensação e celeridade nos conteúdos ministrados à medida que o aluno aprende mais sempre mudando o ambiente escolar para facilitar à fixação na memória dos conhecimentos à medida que são adquiridos. Há de se levar tb em conta os valores humanos da moral e da ética tão indispensáveis quanto a vivência da boa cidadania. A diferença, hoje, é que se faz com a presença dum computador e de um monitor,/ requer mais disciplina, Educação, muita vontade de organização, e sobretudo, o hábito indispensável de formação do hábito da leitura por parte do educando. É uma pena que não segue este caminho o Ensino Infantil, sem unificação, /quando o que se vê, pro outro lado-, é somente governos estaduais reduzindo turmas, fazendo zoneamento de alunos, com o propósito de "economizar despesas", quebrando todo um ciclo de tradição das boas escolas públicas, muitas até renomadas, que, por décadas preservaram a fama de grandes educandários, como acontece aqui com a Escola Estadual Getúlio Vargas, de Timóteo - MG. Se falta a sequência no aprimoramento de técnicas de aprendizagens, desfazendo a experiência acumuladas dos mais velhos, dos mais experientes mestres no que tange à aplicação da boa aprendizagem, tb falta mais investimento e respeito com a coisa pública, pois em time que está ganhando, não se mexe. Parece que isso tudo tem muito a ver com o método de escolha até dum ministro do MEC, visando mais a formação das futuras gerações. Desculpe-me, se delonguei.”

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