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11 de novembro, de 2019 | 15:46

Todo ruim

Fernando Rocha

Divulgação
Fernando RochaFernando Rocha
Antes do clássico, a maioria dos torcedores dizia esperar um ‘jogão’, embora soubesse que, neste momento, Cruzeiro e Atlético atravessam uma de suas piores fases, com equipes de qualidade muito inferior às suas tradições e possibilidades.

A bola rolou no Mineirão, com 90% dos mais de 40 mil torcedores vestindo azul apoiando a Raposa, mas o jogo não correspondeu ao desejo dessa maioria. Prevaleceu a mediocridade nos dois lados, o baixo nível técnico, e só poderia mesmo terminar empatado e sem gols marcados.

Mas o pior ainda estava por vir, pois tão logo terminou a partida, torcedores dos dois lados se envolveram em brigas que resultaram em dezenas de pessoas feridas e detidas, após uma intervenção enérgica da Polícia Militar, que fez uso de balas de borracha e gás de pimenta para controlar a confusão entre os brigões.

Faltou ousadia
O Cruzeiro foi melhor durante os primeiros 20 minutos, mas a partir daí, sobretudo no 2º tempo, o Galo esteve um pouco melhor, sem, no entanto, obrigar o goleiro Fábio a ter que fazer alguma defesa mais difícil.
Agora o jogo sob a ótica do Atlético: claro que o torcedor alvinegro esperava a vitória. Esperava também uma atuação melhor de toda a equipe, o que não ocorreu. Parece que o técnico Mancini escalou o Atlético para não perder, primeiramente.

Faltou ousadia ao técnico, que pareceu querer o empate ao começar a partida com dois volantes do tipo brucutus - Zé Welison e o paraguaio Martinez -, só alterando o esquema após as entradas dos jovens Bruninho e Marquinhos, quando o jogo já caminhava para o fim.

O Cruzeiro está pior do que o rival na tabela e tinha a obrigação de vencer a partida, mas não fez o dever de casa. Acabou sendo salvo pela derrota do Fluminense para o Internacional, que o manteve fora da zona de rebaixamento.
A agonia do torcedor celeste continua: até quando o Cruzeiro ficará sem reagir, sem vencer, dependendo de tropeços dos concorrentes?

FIM DE PAPO
• O volante paraguaio Martinez, contratado por uma boa grana pelo ‘gênio’ Rui Costa, atual diretor de futebol do Galo, é um intrigante mistério. Não consegue ser titular e na maioria das vezes sequer é relacionado para o banco de reservas, mas tem seu nome cativo nas listas de convocações da seleção do Paraguai. Ele andou contundido um bom tempo, e nas poucas vezes em que entrou no time nada mostrou de relevante. Ou não está a fim de jogar no Galo, ou está escondendo seu futebol ou tem um empresário muito forte, sendo esta última hipótese a mais provável.

• O assoprador de apito gaúcho, Jean Pierre, que era motivo de grande preocupação, mandou bem e saiu ileso desta vez, sem aprontar ‘cuanga’ alguma, fato raro na sua carreira. Só teve um lance duvidoso reclamado pelo Atlético, quando acidentalmente o zagueiro Cacá tocou o braço na bola dentro da área. O VAR analisou o lance e deu razão a Jean Pierre, que não marcou o pênalti. Vi e revi o lance várias vezes, e não cheguei a uma conclusão se foi ou não foi pênalti, mas na dúvida, o réu, neste caso o Cruzeiro, levou vantagem.

• Não vi neste clássico nenhum jogador de destaque, mas no ranking dos piores a concorrência foi grande, e de ambos os lados. No Cruzeiro, destaque negativo para Thiago Neves, o pior de todos, seguido de perto por Robinho, Fred, Dodô, Marquinhos Gabriel, Ezequiel e por aí afora. A lista dos piores no Galo também foi extensa: Martinez, o péssimo dos péssimos, assim como Zé Welison, Otero ‘barbantinho’ e suas cobranças de falta ridículas, Luan e Patric, além do centroavante Di Santo.

• Este atacante argentino, Di Santo, um desengonçado de quase dois metros de altura, outra descoberta do ‘gênio’ Rui Costa, atual diretor de futebol do Atlético, merece uma alusão especial pelo muito do nada que sabe de jogar futebol. Di Santo me faz lembrar uma personagem frequente nas crônicas do grande Nelson Rodrigues nos anos 1960, chamada por ele de “turista branca do nariz de cera”.

Com seu habitual exagero, Nelson conta que a turista fora levada pelo guia a conhecer o Maracanã, completamente lotado em dia de um Fla-Flu decisivo. Sem entender nada do que acontecia, em meio àquela balbúrdia das torcidas, a turista estrangeira perguntou ao seu guia: - Quem é a bola! (Fecha o pano!)
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