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05 de novembro, de 2019 | 09:31

Irmãos comandavam ações do crime no Vale do Aço mesmo atrás das grades

Entre outros delitos, o grupo foi denunciado por organização criminosa, cuja pena pode chegar a oito anos de reclusão

Reprodução de Vídeo
Investigação do Gaeco aponta que mesmo recolhidos na penitenciária Nelson Hungria, irmãos controlavam grupo criminoso no Vale do Aço Investigação do Gaeco aponta que mesmo recolhidos na penitenciária Nelson Hungria, irmãos controlavam grupo criminoso no Vale do Aço

Onze pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Ipatinga após investigações da operação Presente de Grego, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), apontarem o envolvimento de presos em crimes como homicídios, tentativas de homicídios e roubos, que vinham ocorrendo na região do Vale do Aço.

Segundo informações apuradas pelo Diário do Aço, três irmãos de Coronel Fabriciano, mesmo recolhidos em unidades prisionais diferentes, mantinham contato entre si, e arquitetaram extermínios e outros atos, contando com a participação de outros presos e pessoas fora das unidades prisionais, para execução dos serviços do crime. Entre outros delitos, o grupo foi denunciado por organização criminosa, cuja pena pode chegar a oito anos de reclusão.

Foram denunciados os irmãos fabricianenses Elizeu Paulino de Jesus Costa, 33 anos e Eliel Paulino da Costa, 30 anos, ambos recolhidos à penitenciária Nelson Hungria, em Contagem e Elias Paulino da Costa, 22 anos, preso na penitenciária Francisco Sá, em Montes Claros. Além de Ronei Dias Silva, 42 anos e Felipe Cordeiro dos Santos, 22 anos, ambos presos na penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba.

Outros denunciados foram Ronildo Dias Silva, 36 anos, Andreia Dias Silva, 31 anos e Agustinho Vieira Moura, 24 anos, além de Lucas da Silva Evaristo, 19 anos e Walisson Celestino Gomes, 26, recolhidos ao presídio de Coronel Fabriciano e Lucas Mendes dos Santos, 28 anos, da penitenciária Dênio Moreira de Carvalho.

A apuração do Gaeco aponta que esses denunciados, nos anos de 2018 e 2019, estabeleceram conexão em uma organização criminosa para cometer crimes graves, principalmente contra a vida. Ações do tráfico e roubos tiveram envolvimento de menores de idade e o Gaeco cita provas do envolvimento de um agente penitenciário, que “facilitava” as ações dos três irmãos, todos presos por delitos diversos, inclusive, contra a vida.

A investigação estabeleceu o organograma do grupo, com o papel de cada um dentro da organização. Elizeu, por ser o mais experiente de todos, é apontado como o líder do grupo. "Os denunciados se valiam de visitas, bilhetes e telefonemas para a determinação de crimes e para aliciar o agente penitenciário G.V.R., para que introduzisse telefones celulares oferecendo a ele pagamentos em dinheiro, veículos e armas de fogo", aponta o relatório.

O relatório aponta ainda que o mesmo agente penitenciário, que introduziu celulares no cárcere dos irmãos, também passou a correr risco de ser assassinado.

O acompanhamento do grupo conseguiu provas do envolvimento dos seus integrantes com crimes graves, aponta o Gaeco. "Os denunciados Elizeu, Eliel, Elias, Ronei e Felipe tramaram diversos crimes, inclusive, executados pelos ‘soldados’ da organização, Agustinho, Lucas, Walisson e Lucas, além de um adolescente", informa a denúncia.

Entre os crimes cometidos estão tentativas de homicídio e homicídios consumados, tráfico de drogas e planejamento de roubos. "Por fim, tudo evidenciou uma organização criminosa que não só se manteve associada para o cometimento de crimes graves, não sendo o encarceramento da maioria deles obstáculo de dissuasão ou de neutralização dos infratores", observa o Gaeco.

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Comentários

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Repórter

07 de novembro, 2019 | 07:32

“O crime comandando o crime de dentro das prisões. Tipo assim "a gente finge que te prende e você finge que tá preso". A conivência de alguns policiais que até fazem segurança de posto de gasolina...”

Pedrin Perito

06 de novembro, 2019 | 12:26

“Idoniedade, carater vem de berço.Não é justificativa pra ninguém que salário atrasado fomenta atos de criminalidade.Se tiver o dom para ser corropindo, será!”

Jose

06 de novembro, 2019 | 10:39

“Engraçado como comandam.
Eles não mandam msg psicografadas nem por telepatia.
Mais fácil investigar e fazer vistorias nos funcionários do sistema prisional do q morrer tanta gente p depois investigar.”

Marcos

06 de novembro, 2019 | 07:13

“Olha, parabéns!
A verdade é que a sucessão de crimes no entorno dos batalhões da PM se tornaram alarmantes, e isto desmoraliza a patente de qualquer Coronel e Chefe do Estado maior, o que vcs acham que o Sistema vai fazer?
Deram moral pra uma pá de vagabundos e ainda deram a proteção para que agissem de dentro das celas, mas como o crime não tem limites, andaram extrapolando ai.
Este Agente não é o único corrompido, foi só o boi de piranha, a verdade é que salário parcelado e atrasado abre brecha para a corrupção. o Zema finge que paga e a gente finge que trabalha.
As estradas estão liberadas, nem blitze se vê mais, mas a rede de Postos de gasolina, inclusive aquele da bandeira verde no caladinho, controlado pelo Crime, estes são altamente vigiados pela PM.
O GAECO vem cozinhando as ações há tempos, faltava alguém com "bolas de aço" para dar a ordem.
Só faltou transferir os " cascudos" para o Presídio Federal.
Acorda povo, nada é de graça!”

Cidadão José

05 de novembro, 2019 | 13:35

“Mais um servição do GAECO. Parabéns!”

Roberto

05 de novembro, 2019 | 11:43

“Parabéns a gaeco por mais um belo serviço de prender esses vagabundos incluindo o agente .”

Cidadão José

05 de novembro, 2019 | 11:01

“Enfim, mais um servição do GAECO! Parabéns! ???”

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