31 de outubro, de 2019 | 09:15
Justiça nega pedido de pais para mudar nome da filha
Mera inconformidade com nome não justifica mudança
Os pais de uma menina de seis anos não obtiveram autorização para alterar o prenome da filha, acrescentando-lhe a letra "d". A determinação é da 7ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que confirmou decisão de primeira instância e negou o recurso interposto pelos pais.
A mãe alega que, quando do nascimento da filha, o cartório se negou a registrar seu nome como "Brendda", assinalando-o apenas com um "d". Ela defendeu que a menina assina o nome com as duas consoantes, e a subtração da letra, tal como foi registrado, prejudica sua identificação. Alegou ainda que a legislação não impede a alteração e que o ato não prejudica terceiros.
O relator, desembargador Wilson Benevides, explicou que a Lei de Registros Públicos admite alterações no nome em casos excepcionais, verificada a existência de justo motivo, como a substituição do prenome por apelidos públicos notórios ou em razão de fundada coação ou ameaça decorrente da colaboração com a apuração de crime”.
Argumento
Para Wilson Benevides, não ficou demonstrada qualquer excepcionalidade que autorize a medida. Não se apontou erro de grafia, exposição da requerente a situação vexatória, ou mesmo justo motivo”, destacou o relator. O mero desconforto com o prenome não configura motivação suficiente para sua modificação, afirmou o magistrado.
Os genitores tentaram demonstrar o uso constante do prenome com as duas consoantes, por meio de fotos de cadernos escolares da menina e de festas de aniversário.
Citando a decisão da juíza da Vara de Registros Públicos de Belo Horizonte, Maria Luiza Rangel Pires, o relator reafirmou que, por possuir tenra idade, não se pode afirmar ter a criança criado identidade como Brendda e não Brenda, principalmente por não haver diferença fonética entre as duas grafias.
Votaram de acordo com o relator os desembargadores Alice Birchal e Belizário de Lacerda.
(TJMG)
Encontrou um erro, ou quer sugerir uma notícia? Fale com o editor: [email protected]
Alice
31 de outubro, 2019 | 13:13È muito falta de serviço destes pais atrapalhar a justiça com uma palhaçada desta!!!”